Callie Torres se mudou do Mexico para Seattle e começa a trabalhar como ortopedista no hospital Seattle Grace.
Em seu primeiro dia de trabalho encontra com a loira mais bonita que já viu e com um sorriso mágico que faz qualquer um se derreter: Arizo...
Eu estava na sala de descanso como sempre faço tomando meu café conversando com Teddy:
- Tenho uma cirurgia daqui a 40 minutos - ela fala conferindo no relógio - então, você estava falando da ortopedista.
- Calliope...
Teddy me olha e começa a rir.
- Você tá apaixonada na ortopedista Robbins - ela sorri e eu nego com a cabeça bebendo meu café, uma desculpa para não falar nada - Como vocês se conheceram?
- Eu estava fazendo um check-up no recém nascido que eu tinha feito uma cirurgia e ela estava la fora olhando eles, com aqueles olhos lindos... enfim, então fui me apresentar! mas ela saiu correndo - 911 - então eu voltei a olhar os bebês e...
Sou interrompida por um enfermeiro.
- Dra. Robbins
- Sim?
- A Dra. Torres esta te chamando, algo sobre o paciente com o câncer no fêmur - assinto e ele se retira.
- Falando no diabo... - Teddy fala me acompanhando.
[...]
Vejo ela enquanto estava lendo o prontuário do paciente, ela me vê e vem na minha direção.
- Um enfermeiro disse que você estava me procurando, Calliope - eu a olho - o que houve?
- Eu estava olhando o prontuário do Jason e vi que você vai retirar o câncer diretamente no fêmur, mas eu estava fazendo uma pesquisa e eu vi um jeito que tem mais chances de todo o câncer ser retirado. Basta retirar o fêmur e...
Eu a interrompo:
- Eu sei do que você está falando e não, nós não vamos fazer isso é muito arriscado - eu pego o prontuário de suas mãos e vou em direção ao quarto do paciente para os exames diários.
Callie toca no meu ombro e eu me viro novamente, ela estava com um sorriso debochado nos lábios.
- Como assim: não vamos fazer do seu jeito, é muito arriscado? Você me chamou para esse caso e eu estou dando a melhor opção para o meu paciente.
- Se seguimos seu procedimento a função motora da perna dele talvez nunca mais seja a mesma e também a chance de ele passar por essa cirurgia é de menos de 5% - faço uma pausa - não quero arriscar.
- Então por que me chamou para trabalhar com você? - ela eleva a voz aparentemente irritada - se você sabe o que é melhor para oseu paciente, então não precisa de mim.
- Eu não te chamei para você fazer o que bem quiser com o paciente eu te chamei porque...
Não consigo terminar a frase, eu também não sabia o exato motivo. Bom, é óbvio que ela é uma das melhores ortopedistas do país...
- Por que me chamou Dra. Robbins? - ela fala mais alto ainda.
- Que gritaria essa toda é aqui? - Bailey fala se aproximando, salva pelo gongo! - Isso não é lugar para discussão. Vocês são medicas, se comportem como tal!
Nós assentimos e ela se afasta, eu olho para Callie que estava tão envergonhada quanto eu.
- Desculpa, eu...
Começo mas sou interrompida pelo bipe: era o quarto 4028, Jason.
- Merda! - falo
Nós corremos em direção ao quarto, ele estava tendo uma convulsão.
- Bipa a Shepherd agora! - falo me aproximando do menino e o ajudando - esta tudo bem, olhe para mim Jason esta tudo bem.
As convulsões param e eu me viro para a enfermeira próxima a mim:
- Agende um OR por favor.
- Pode deixar, Dra Robbins - ela fala se afastando.
Eu olho para Callie e ela estava com a mesma cara de preocupação que a minha.
[...]
Eu estava apreensiva, Jason estava estável mas se Amelia não terminasse logo sua parte da cirurgia iríamos perder ele.
- Amelia... - falo me aproximando dela - precisamos começar a cirurgia no fêmur, se não vamos perder ele.
- Calma, dois segundos... - ela fala pausadamente ainda olhando para o cerebro - pronto! ele esta pronto para fechar, se precisarem de mais alguma coisa me chamem.
- Obrigada, Amelia - digo voltando ao lado de Callie.
Amelia fecha a cabeça do paciente e se retira. Eu me viro para a auxiliar e peço a lâmina 10.
Quando abro ele percebo que a situação esta bem pior do que estava no Raio X, o câncer tinha aumentado muito e isso não era nada bom.
- O que a senhora vai fazer Dra. Robbins? - o residente que estava a minha frente me pergunta.
Eu olho mais uma fez para o fêmur, é não há mais nenhuma opção.
- Vamos fazer do jeito da Dra. Torres.
Callie me olha com um brilho nos olhos e isso me deixa por algum motivo: feliz.
- Obrigada, Dra. Robbins - ela fala e eu sorrio.
Mas não era qualquer sorriso, era um sorriso besta e que bom que havia uma mascara cobrindo minha boca naquele momento.
[...]
Depois de algumas horas eu saio do OR e Callie sai atrás de mim.
- Arizona eu...
- Não precisa agradecer, não havia mais nada o que eu poderia fazer a não ser o seu procedimento - eu falo com um sorriso - que foi muito bom por sinal.
- Obrigada Dra Robbins.
Ela estica a mão, mas eu a abraço. Ela fica um pouco sem reação mas depois retribui.
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- Pode só me chamar de Arizona, Calliope - nós nos desvencilhamos do abraço e começamos a ir em direção a cafeteria - devíamos sair pra comemorar algum dia.
- Sim, algum dia...
Ela me olha e eu dou um sorriso fechado, pensando na possibilidade de sair com a morena.
