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parte dois

♥| 𝐂𝐚𝐥𝐥𝐢𝐞

Eu termino de cantar a estrofe mas antes que tenha chance de começar o refrão Arizona me beija, mas não era um beijo frenético e louco, era um beijo com amor e carinho como se tudo que ela quisesse dizer estava ali.

Eu seguro sua cintura porque ela estava caindo, isso provoca um sorrisinho na loira. Quando sinto falta de ar dou um selinho nela e nos afastamos lentamente, a extensão azul de seus olhos continuam a me fitar com imensa intensidade que sinto borboletas no estômago, suas mãos estavam em minhas bochechas quentes e coradas e isso me da vontade de ataca-la novamente, mas ela suspira e diz:

- Obrigada - eu a olho intrigada  - obrigada por ter entrado na minha vida Calliope, quando eu estou ao seu lado eu me sinto a mulher mais sortuda do mundo...

Ela não consegue finalizar e com isso olha para baixo, eu subo minhas mãos até suas costas e a abraço com força, sinto as lágrimas ameaçarem a sair novamente então com a cabeça em seu ombro e o único cheiro que eu conseguia sentir era de seu perfume, eu digo:

- Eu sei que nos conhecemos a dois meses, mas desde a primeira vez que te vi pensei que meu coração ia sair do meu corpo - ela da uma risada, eu me desvencilho do abraço e decido olhar seus lindos olhos azuis pelo qual eu sou tão apaixonada. Uma lágrima escorre pela suas bochechas coradas e eu a seco - eu não sabia se podia dar o primeiro passo, mas quando você me beijou naquele banheiro... nada mais importava, eu sabia que você pertencia a mim e eu a você.

Eu encosto as nossas testas e fico admirando seu rosto, desde suas linhas até o sorriso mágico lindo que brotava em seus lábios nesse exato momento.

Um silêncio se predominou, até ela quebra-lo me fazendo voltar a olhar em seus olhos:

- Acho que achamos nossa música Calliope... - assinto sorrindo - vou fazer você cantar ela todos os dias pra mim com essa sua voz de anjo.

Eu rio e ela se afasta um pouquinho vendo a minha reação, eu digo:

- Com enorme prazer loirinha - sorrio.

[...]

Estávamos sentadas no chão da sala conversando e bebendo um pouco de vinho.

Depois de falar sobre algumas historias de trabalho e sobre outras coisas, agora estávamos falando sobre minha vida (não me pergunte como chegamos ai):

- Bom, eu nasci no México e morei lá até os meus 16 anos, eu e minha família nos mudamos para Florida e foi meio difícil para mim no começo para me adaptar, mas lá foi onde eu passei os melhores anos da minha vida - eu faço uma pausa lembrando das coisas que passei lá e Arizona me olha intrigada, continuo: - eu trabalhei em dois hospitais lá e depois de dois anos de concluir minha residência eu recebi essa oferta de emprego - finalizo sorrindo.

Ela faz sinal para eu esperar enquanto ela tomava seu vinho, ela estava sorrindo.

- Então, se você tivesse recebido essa oferta logo depois de acabar sua residência nos teríamos chegado no hospital ao mesmo tempo - ela diz me olhando com uma cara de surpresa, eu rio - você disse que  teve seus melhores anos quando se mudou para Florida - assinto -  não sei como te perguntar isso... - ela suspira - foram seus melhores anos porque você estava com alguém ou...

Eu rio e ela me olha ainda esperando pela resposta, eu me aproximo mais dela deixando a lateral de nossos corpos grudados. Eu viro a cabeça para observa-la e seus olhos estão curiosos, eu dou um sorriso fechado e respondo:

- Foram os melhores anos porque eu fiz amizades que me apoiaram pelo que eu sou e também eu sai do armário para os meus pais logo depois que nos mudamos e eles também não me julgaram por isso - digo enquanto olhava para o chão, mas sentia o olhar dela sobre mim - eu finalmente podia ser eu mesma, não precisava mais esconder aquilo. E isso é uma sensação muito boa.

VOCÊ PERTENCE A MIM - CalzonaOnde histórias criam vida. Descubra agora