Host Family - 2º Temp. [hes]

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Sophia Montenegro

E o calor do Brasil nos invadiu, era bom ver placas com sua língua natal, nos ajudaram com as malas enquanto Harry carregava Jade no colo, os dois com as mesmas caras de perdidos. Nos levaram até uma sala particular, e quando entramos.

— MÃE. — Falei em português, indo abraçar ela. — Oi pai. — Abracei ele, que me levantou e me rodou. — Meu deus Laurel, olha o seu tamanho, ta maior do que eu. — Ela me abraçou e chorou, não consegui conter as lágrimas. — E quem é você?

— Sou o Felipe mas pode me chamar de Lipe.

— Mas em que época da minha família você entrou que eu não vi.

— Ele é meu namorado Sophia, não começa. — Olhei para ela e ergui minhas mãos.

— Não começa. — Imitei. — Você tem quantos anos, Lipe? — Ironizei seu apelido.

— 14, senhora.

— Deixe o garoto em paz Sophia. — Minha mãe falou, sendo o suficiente para eu ficar quieta. — Você está diferente, sua energia.

— Como assim?

— Parece que você está gr...

— Nem termina essa frase, eu já não aguento mais as pessoas me falando isso.

...

Estávamos indo em direção ao sítio do meu avos que ficava na praia, em um carro ia eu, Harry e Jade.

— É tão calor.

— Tá soando branquelo europeu? — Ri sozinha, ligando a seta e parando no posto de gasolina. — Vou ir buscar uma água pra você, quer vir filha?

— SIM.

Enquanto o carro abastecia, fui na conveniência, pegando coisas suficientes para o resto da viagem, do lado tinha uma farmácia, observei que ainda não tinha acabado de abastecer e entrei, indo direto na sessão de fraldas, pegando 3 testes de gravidez.

— Não conta pro papai.

— Contar o que? — Ela perguntou curiosa, sorri ao ver a inocência da minha filha, toquei seu nariz com a ponta do meu dedo.

— Nada, vem. — Voltamos para o carro.

— Papai, a mamãe pediu para eu não contar uma coisa. — Arregalei os olhos.

— Aé filha? — Me olhou divertido. — O que é?

— Não sei, ela também não me contou.

Comecei a gargalhar colocando em uma rádio qualquer, que tocava Pericles, sorri cantando junto.
Chegamos no sítio do meus avós e fui direto abraçar eles, que choraram ao me ver.

— Esse daqui é minha netinha? — Jade se escondeu atrás da perna do pai, me abaixei em sua altura.

— Sim, essa é sua bisavó filha. — Expliquei em inglês e ela logo foi abraçar, estava tudo meio complicado traduzir para o Harry e para Jade mas até que estava dando certo.

— Mãe, pode vir aqui? Chama a Laurel também. — Entrei no banheiro, já fazendo xixi no potinho e colocando os três testes.

— EU NÃO ACREDITO. — Minha mãe gritou ao ver o que eu estava fazendo.

— Calma mãe, nem saiu o resultado ainda, certeza que vai dar negativa.

— Larga de ser burra Sophia, você está com cara de grávida.

Passamos uns 10 minutos conversando sobre assuntos completamente aleatório, tentava me distrair.

— Meu deus. — Laurel foi a primeira a falar, enquanto eu estava paralisada.

Três testes e os três testes deram positivos.

— Você e o Harry vão ser papais novamente, parabéns filha. — Me abraçou. — Mais de 3 semanas.

E então, minha barriga revirou e rapidamente meu cérebro começou a fazer contas.

— Que merda. — Falei bufando me apoiando na pia.

— O que foi?

— Pode não ser do Harry. — Falei sentindo meus olhos transbordarem de água, aquilo não podia estar acontecendo.