capítulo 10

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EU VOU PARA O CANADÁ EM VANCOUVER!!!! VCS SABEM O QUE SIGNIFICA? SIGNIFICA QUE EU VOU CONHECER A SADIE, OH MEU DEUS! ALGUÉM ME AJUDA AQUI, VOU MORRER. SOCORROOOOO

se acalma Millie, não surta ( mais ), calma, Tenho que ter calma... pronto mas... como eu vou falar com a sadie? O filho da puta do meu pai quebrou meu celular, e agora? Mano ALGUÉM ME AJUDAAA!!!! E AIIII Meu olho ta doendo, tudo isso por causa do Aron, aquele nojento que é meu pai!




- Vamos Millie, vai pegando suas roupas que eu vou fazer as malas do seus irmãos - diz


- Tá mãe - digo






Fui pegar minhas mala, minha mãe ma tinha colocado algumas coisas dentro. Eu so vou colocar coisas mais necessárias, como Roupas, coisas de igiene pessoal, alguns sapatos, meu netbook, o carregador, e depois eu iria colocar algumas comidas. So coloquei o essencial. Eu estou muito feliz por um lado, vou conhecer a Sadie cara, a menina que eu sonhei beijando! Mas por outro lado eu estou deixando tudo, minhas amigas, a Mariana que esta aqui agora, minha casa onde eu morei a minha infância toda, a mudança é muito difícil. E não vou poder falar nada para elas porque estou sem celular, não irei me despedir.





é impressionante como o tempo corre, como os dias passam rápido um após o outro e a gente vai mudando e mudando e mudando segundo a segundo sem nem notar que hoje não somos mais quem éramos há um dia, há um ano, há três meses.

até chegar aqui, olha só como a gente cresceu.


Mudança é uma coisa tão difícil para mim. Só que aí eu acabei mudando. E foi mudança aos poucos, porque até hoje me dou conta de coisas minhas que já não estão mais lá e, quem roubou, eu jamais vou saber. O sorriso mudou e a vontade de sorrir pra qualquer pessoa também, graças a Deus. Foi por sorrir tanto de graça que eu paguei tão caro por todas as coisas que me aconteceram. Às vezes me pego olhando ao meu redor e vendo tanta menina parecida comigo. Tanto sentimento gritando de bocas caladas e escorrendo de peles secas. Tanta coisa acontece com a gente. Tanta gente passa pela gente, mas tão pouca gente realmente fica. E eu sei que, talvez, eu tivesse que ficar triste. Talvez eu tivesse que continuar secando lágrimas, abraçando o vento e rindo no vácuo, mas o fato é que eu não consigo. Eu não consigo mais ser triste só para mostrar que um dia eu fui - ou achei que tivesse sido - feliz. Aprendi com os meus próprios erros que sofrer não torna mais poético, chorar não deixa mais aliviado e implorar não traz ninguém de volta. Aprendi também que por mais que você queria muito alguém, ninguém vale tanto a pena a ponto de você deixar de se querer. Eu que gritei para tantas pessoas ficarem, hoje só quero mesmo é que elas sumam de uma vez por todas. E em silêncio, que é pra ninguém ter porque se lamentar.









- Millie, a mamãe mandou você comprar umas pasagens - entra Eliza no meu quarto - e millie, o que deu na mamãe?



- Tudo bem vou comprar - me viro - pega o notebook na minha mala


- o que aconteceu com seu olho? - pergunta perto de mim


- nada agora vai lá e pega - digo voltando ao que estava fazendo









Quebra de tempo







Estávamos no aeroporto esperando a chamada, era uma hora da manhã, Ava e Alec estavam dormindo no colo da mãe e Liza estava no celular ao meu lado. Eu estava morta. Quando saimos de casa o Aron não estava, sorte nossa, porque se tivesse não sei se deixava a gente sair. A win veio com a gente, ela tinha ido comprar algo na lanchonete daqui do aeroporto. Ela não pensou duas vezes em vir com a gente, ela tinha um filho la em Vancouver, ele morava com o pai, ja tinha dois anos que ela não o via, vai ser bom para ela.




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