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Bakugou encarou Izumi no telhado. Estava deitada sobre um cobertor, observando o céu.

- OI! - Chamou sua atenção.

- Bakugou? - Ela se sentou. - Ah me desculpe! Eu esqueci completamente! Entre aqui! A porta está aberta!

- Você deixa a porta aberta para qualquer um entrar?

- Você não é qualquer um! - Ela riu. - Entre logo!

Bakugou resmungou, entrando logo na casa de Izumi. Subindo até seu quarto, achou os livros que procurava em cima da cama.

Seu quarto era branco. Haviam algumas decorações com plantas esverdeadas e suas paredes eram repletas de prateleiras com action figures dos seus heróis favoritos. Neles estavam incluídos All Might, Eraser Head e Mirko.

A verdade, era que seu quarto era definitivamente muito legal.

- Tch. Matéria idiota.. - Reclamou, enquanto guardava os livros em sua mochila.

Por impulso, decidiu ir até ela, caminhou até a varanda, subindo ao telhado.

- O que está fazendo aqui em cima? - A questionou.

- Hoje é o dia da chuva de meteoros. Fique aqui, vamos ver juntos!

Após resmungar durante um tempo, finalmente ficou em silêncio, olhando para o céu

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Após resmungar durante um tempo, finalmente ficou em silêncio, olhando para o céu. Com certeza, aquele era o fenômeno mais bonito que já tinha visto.

- Por que achou que eu gostaria dessa porcaria? - Reclamou, se sentando ao seu lado.

O toque repentino em seu corpo, o fez levar um pequeno susto.

- Esse troço é seu?

- Oh sim! Esse é Kuroo, é o nosso gato. - O felino preto esfregou-se em sua perna e Bakugou não excitou em toca-lo.

- Os meteoros me lembram sua individualidade

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- Os meteoros me lembram sua individualidade. - Izumi sorriu, segurando seu próprio rosto com as mãos. - As faíscas são tão bonitas quanto as suas.

Novamente, o silêncio pairou sobre os dois. Atentamente Bakugou observou suas próprias mãos.

Por que Izumi não tinha medo dele?

Por que toda vez que ela falava algo assim, ele se sentia tão bem?

- O que aconteceu naquela manhã com o meio a meio? - Perguntou, após lembrar do ocorrido de semanas atrás.

Um suspiro saiu dos seus lábios e Izumi se deitou.

- Eu perdi o controle. Endeavor e Todoroki me lembram a mim e meu pai. Ele tem o mesmo olhar de medo e raiva que eu tinha anos atrás.

Talvez, não devesse ter perguntado.

- Olha feiosa, você não precisa falar mais nada.

- Está tudo bem... Minha mãe morreu a quatro anos, no trágico acidente na ponte.

Katsuki lembrava de vê-lo na tv

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Katsuki lembrava de vê-lo na tv. Foi um grande desastre. Muitas pessoas ficaram feridas e muitas perderam suas vidas.

- Meu pai era uma pessoa ruim. Ele a magoou e a machucou muito. Quando eu olho para Todoroki consigo vê-los daquele mesmo modo. Eu não consegui salvar minha mãe naquele dia. Minha individualidade não estava completamente desenvolvida e toda vez que eu tentava usá-la a força, eu machucava as pessoas ou me machucava.

Izumi respirou fundo, tentando se lembrar.

- Enquanto meu irmão lutava para proteger os civis e minha mãe, eu fui jogada ao mar por um dos individuais ruins, não pude fazer nada... Meu irmão, era um herói, já formado pela UA. Ele se culpa até hoje por não conseguir salva-la e eu acho que no fundo, eu também. - Suspirou. - Aquela foi a primeira vez que eu pude sentir de verdade, minha individualidade me consumir. A água salgada, fez com que o gelo que se espalhava pelo meu corpo, me queimasse quase até morte. Por sorte, Aizawa me salvou. Ele é alguém muito especial pra mim. Desde o ataque, ele me visita e em todos estes anos, sempre que podia, me levava até a UA, para treinar e aprender a me controlar. Consequentemente este ano, atingi a única coisa que faltava para que eu pudesse entrar para a academia.

Havia atingido todos seus limites e deveria se orgulhar disso.

Era uma garota corajosa e forte, Bakugou admirava isso. Mesmo passando por tanta dor, ela ainda queria se tornar uma heroína, para defender a todos. 

Depois de tantos anos, Izumi se abriria e finalmente, não se sentiria mal por isso.

Tudo com Bakugou, parecia tão diferente.

- Foi meu pai quem fez com que minha individualidade fosse tão descontrolada. Ele forçava a mim e a Bokuto no intuito de seguir seu modo de vida e de pensamento, mas nós nunca conseguimos.

- Onde ele está agora?

- Espero que bem longe daqui. Após o acidente, nunca mais vimos ele novamente. Não há mais ninguém comigo além de Bokuto e Aizawa.

- Sua história é uma droga. - Bakugou murmurou, levantando os braços. - Sinto muito por sua mãe. De verdade.

- Obrigada e me desculpe.. Acho que você não esperava ouvir algo tão ruim hoje.

- Eu não ligo. Já está tarde, tenho que ir. - O mesmo se levantou. Fazendo um rápido carinho em Kuroo.

Se movimentando rapidamente, ele desceu o telhado.

- E cabeça de nuvem! - Izumi o encarou, se surpreendendo pelo novo apelido. - Enquanto eu estiver aqui, ninguém vai te machucar. Nem mesmo seu pai.

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Eletric Love - Katsuki BakugouOnde histórias criam vida. Descubra agora