Capítulo 2 - Álcool

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"Sem lágrimas,
por favor.
É um desperdício
de bom sofrimento"

HELLRAISER - RENASCIDOS DO INFERNO

xxxxxx

Era tarde da noite e eu estava em minha bicicleta, pedalando em direção a casa de uma pessoa que mal conheço para uma festa

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Era tarde da noite e eu estava em minha bicicleta, pedalando em direção a casa de uma pessoa que mal conheço para uma festa.
A brisa que colidia com meu rosto e fazia meus cabelos flutuarem me fizeram ficar imersa em meus pensamentos de uma forma confortável.

"Festa na minha casa às 22h. Sua presença não é importante mas uma boa festa é uma festa cheia de gente. Beijinhos!!!"

Entrei no local devagar, desviando das várias pessoas amontoadas no caminho. Chego até a cozinha da casa onde algumas pessoas se serviam de bebidas.

— Ei! Que bebida é essa? — Pergunto um pouco alto para que o garoto na minha frente conseguisse escutar.

— Álcool — Diz simplesmente e sai me deixando confusa.

Pela grande janela do cômodo que se podia enxergar tudo que acontecia do lado de fora, vejo Aidan chegar. Vestia uma blusa cinza de manga comprida formando um V que destacava seu pescoço, na parte de baixo usava calça jeans preta e um tênis branco que não consegui identificar. Adentrava o local devagar enquanto arrumava seus cabelos com os dedos de forma descontraída.

Rapidamente pego dois copos e sirvo com a medonha bebida. Saio da cozinha tomando cuidado para não derramar até chegar no garoto.

— Oi — Digo sentando ao seu lado oferecendo o copo.

— O que é isso? — Diz pegando o copo da minha mão.

— Álcool. Seja lá o que isso quer dizer— Sorri.

Aidan beberica o líquido e faz careta com o sabor. Bebo do meu copo em seguida, assim que o faço, consigo entender o gesto.
Era amargo e doce ao mesmo tempo de uma forma totalmente desagradável para meu paladar.

— É pior do que eu pensei — Franzi o nariz.

O vi abrir e fechar a boca algumas vezes como se quisesse dizer algo e tivesse mudado de ideia. Até dizer:

— Quer fazer algo?

— O que?

— Eu te mostro — Disse se levantando e estendendo a mão para mim. A peguei com receio e fui puxada em meio a várias pessoas até o seu carro. Sussurrei pedidos de desculpa a cada vez que esbarrava em alguém e soltava um sorriso frouxo.

— Vai me sequestrar? — Franzi o cenho.

— Vai me perguntar isso toda vez que for entrar no meu carro, Hayley? — Revirou os olhos.

— Certo — Disse em sinal de rendição e entrei no carro.

Dirigimos por um longo tempo até chegar em uma lojinha de conveniência em uma rua deserta e mal iluminada. Aidan estacionou devagar e desceu do carro em direção a porta da loja.

— Vai ficar aí dentro?

— Você disse que não ia me sequestrar.

— Eu não estou te sequestrando, Hayley.

—E então?... — Digo saindo do carro.

Aidan passa por mim indo até o carro e pega um extintor de incêndio. Passa por mim novamente e da um sorriso convencido.

— O que!? Você não vai fazer isso.

— Relaxa, estamos no meio do nada e essa loja foi interditada faz alguns dias.

— Só não... — Revirei os olhos — Só não use isso! — Digo me aproximando da porta e retirando um grampo do bolso na minha calça.

Enfiei na fechadura e rodei o grampo até que a porta se abrisse. Sorri em um ar de superioridade para Aidan.

— É assim que se faz.

O moreno entrou no local já indo na direção dos salgadinhos e pegando alguns. No lado contrário me dirigi até a máquina de raspadinha.

— Morango ou cereja?! — Perguntei.

— Cereja, óbvio — Aidan respondeu.

Faço uma raspadinha de cereja e uma de morango e em seguida saímos do local, não antes de eu deixar uma nota de cinquenta dólares no balcão pelos produtos que pegamos.

— Você deixou mesmo uma nota de cinquenta? — Aidan indagou.

— Óbvio! Paguei pelo que a gente pegou — Bebi minha raspadinha enquanto Aidan revirou os olhos e ligou o carro para que saíssemos dali.

A Cabana de Seres Míticos (Reino Mítico Vol. 1)Onde histórias criam vida. Descubra agora