Capítulo 6 - Faca

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"SONHE COMO SE FOSSE VIVER PRA SEMPRE. VIVA COMO SE FOSSE MORRER AMANHÃ"
— Prisioneiro da Morte

 VIVA COMO SE FOSSE MORRER AMANHÃ"— Prisioneiro da Morte

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POV's/AUTORA

Depois de ter injetado a substância em Hayley, Aidan agora dirigia até um canto afastado da cidade. O dia já estava amanhecendo e a garota dava indícios de acordar a qualquer momento.

O garoto estacionou o carro em uma garagem abandonada e pegou a garota no colo, logo entrando na floresta fechada e localizando uma cabana em uma clareira.

Aidan abre a porta da cabana e deposita a garota em um sofá que havia logo na entrada.

Aidan viu Hayley se remexer no sofá e então se aproximou dela. Ela abriu os olhos e se sentou em uma ação rápida. A morena estava desnorteada e um pouco assustada. Olhava para Aidan como se ele fosse um cadáver totalmente perfurado com facas e suas tripas saindo para fora.

— Ah, você acordou, que bom! Achei que tinha morrido — Ele da de ombros e vai até a cozinha que ficará no mesmo cômodo.

Hayley estava em estado de choque e não conseguia formular palavra alguma.

Aidan vendo a expressão da garota, foi até ela com um copo de água e a entregou.

— Isso tudo é medo de mim?

— Eu apenas tive um pesadelo.

— Olha só, queria dizer que eu estou fazendo isso para te proteger — Ele pegou nas mãos da garota — Ele sabe que você sabe, e não vai ignorar isso.

— Sei do que? — Ela o olha sem expressão aparente.

— Você sabe do corpo, sabe de mim, das manchas pegajosas pretas... Não vou machucar você.

— Mas injetou uma seringa em mim! — Ela fala dando um tapa na cara de Aidan e respirando fundo.

— Eu fiz isso para proteger você — Ele fala pausadamente enquanto respirava fundo — Tudo bem — Ele a olha — Eu compreendo.

   Eles ficaram em silêncio por alguns minutos. Hayley tinha muito para digerir e fazer mais perguntas só encheria a mente naquele momento.

   — Acho melhor dormirmos.

   Aidan traz cobertores e almofada para a garota no sofá.

   Ela não sabia o sentido daquilo tudo, e nem por onde andava sua sanidade mental. Um louco a sequestrou, injetou uma seringa nela, Ela teve um... sonho maluco? E agora está em uma cabana no meio do nada.

   Sentiu seus olhos pesados com tantos pensamentos misturados e então adormeceu.

✶⊶⊷⊶⊷❍⊶⊷⊶⊷✶

   Um barulho de metal colidindo com o chão ecoou em toda minha mente, me fazendo acordar.

   — Desculpe. Te acordei? Fiz o café da manhã

   Ouço Aidan dizer e pegar uma panela que havia caído no chão. Dou uma risada.

   — Não me trate como se tudo isso fosse normal e não tivesse me sequestrado, drogado e ameaçado. Não somos amigos — Respondi.

   O vejo desligar o fogo dos ovos mexidos e dar um longo suspiro.

   — Teremos que nos dar bem se quisermos aguentar ele.

  — Do que você está falando? — Perguntei o vendo pegar uma chave que estava em uma caixa na parte de cima da lareira, e ir embora trancando a porta.

   — Certo. Agora eu não posso ficar aqui esperando minha sentença de morte — Falei para mim mesma indo em direção a cozinha e pegando uma faca.

   — Deve ter uma chave reserva em algum lugar aqui.. — Procuro nos lugares mais óbvios como debaixo de um vaso de plantas ou do tapete escrito "welcome" na porta da entrada. Como se isso fosse uma cabana vintage de férias de uma família feliz. Que ironia.

   Ouço barulho de passos e portas sendo destrancadas. Havia ficado tanto tempo pensando em como conseguir uma chave que não percebi as horas que havia gastado para aquilo.

   — Eu deveria sair ou quer fincar uma faca em mim? — Perguntei ao ver ele entrando com um sorriso sínico.

   Ele passa por mim me ignorando e vai em direção a cozinha. Vejo seu semblante mudar lentamente de sínico, para surpreso e depois para furioso enquanto olhava o balcão de madeira.

— Está faltando uma faca.

   Não acredito que fui tão burra ao ponto de não pensar que ele notaria que uma faca havia sumido.
   Me aproximo dele lentamente e passo minhas mãos em suas costas. Aproveito a deixa e abro a gaveta devagar e silenciosamente coloco a faca ali dentro

   — Bom, não vou ficar menos tensa vendo várias facas em meio ao balcão — Eu disse. Ele se virou para mim fazendo nossos rostos ficarem perto, até demais — Está na gaveta —Digo me afastando.

   Eu poderia ter pego aquela faca e enfiado naquele corpo cheio de ego. Mas do que adiantaria? Eu não sabia o que estava acontecendo e quem estava com ele. Isso só me daria alguns dias até uma pessoa aparecer e me sequestrar novamente.

   — Eu não nasci ontem — Ele diz sem expressão. Me fazendo virar lentamente em sua direção

   — Desculpe? — Digo tentando entender ou ao menos desejando não ter entendido.

   — Eu estou tentando te ajudar, e você quer enfiar uma faca pelas minhas costas — Nesse momento eu sinto o arrependimento de não ter enfiado a faca no meio daquela bunda.

   — E por que eu faria isso? — Suavizo a expressão — Você me sequestrou e me dopou!

   Minha fala é interrompida por uma escuridão repentina e vento forte.

   — Crianças, por favor não briguem.

   Sinto um arrepio por todo meu corpo ao ouvir aquela voz.  Me viro devagar, dando de cara com ele.

A Cabana de Seres Míticos (Reino Mítico Vol. 1)Onde histórias criam vida. Descubra agora