Capítulo 28 - De que sabor é o meu chá?

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"Todas as religiões
são a verdade sagrada
para quem tem a
fé mas não passam
de fantasia para
os fiéis das outras religiões."

ISAAC  ASIMOV

Hayley Hindergrass

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Hayley Hindergrass

Do salão principal conseguia ouvir burburinhos de conversa e música clássica tocando ao fundo. Lolla e Charl me ajudavam a escolher acessórios para implementer a roupa que eu usava.

— Tudo bem... — Charl parou em minha frente analisando minha vestimenta — Está perfeita!

— Você fez uma ótima combinação de peças — Lolla disse terminando de aplicar blush em suas bochechas. Eu observava pelo espelho em minha frente o vestido de seda azul escuro com uma fenda na saia e que mostrava parte da barriga. Era lindo.

— Eu não vou esperar vocês se arrumarem — Charl correu para a porta depois de verificar que eu não precisaria mais de sua ajuda — Quero fazer uma entrada dramática. Vou indo — acenou saindo.

Lolla alisou seu macacão prateado e brilhante. Se olhou por alguns segundos no espelho do meu quarto — que segundo Charl era maior e melhor para se arrumarem — e respirou fundo.

— Certo. Te vejo lá embaixo Hay — Lolla saiu sem ao menos esperar uma resposta minha.

Assim que saímos da loja no final da tarde, fomos direto para a mansão começar a nos arrumar. Segundo Lolla, se dependesse de Charlotte demoraríamos horas para ficarmos prontas — mas valeria a pena —

Sai finalmente do quarto, descendo as escadas para o salão principal da casa, sem cerimônia.
Alguns olhares se fixaram em mim por breves mas agonizantes segundos, cessaram assim que terminei de descer.

— Aceita uma bebida, senhorita?

Um belo garçom com vestimentas em preto e branco, segurando algumas taças de drinks em sua bandeja, se aproxima de mim.

— Não obrigada. Eu não bebo.

Observo meu redor e vejo minhas irmãs perto de uma fonte de chocolate. Charl conversava educadamente com um jovem rapaz de cabelos ruivos e Dalolla tentava não revirar os olhos ao ser ignorada pelos dois.

Continuei procurando com os olhos, sabendo que não era as meninas quem eu procurava, quem eu queria ver. Meus olhos estavam sedentos por aquela visão maravilhada que eu virá todos os dias desde aquela tempestade na escola.

Aqueles lindos e malditos olhos verdes! Aqueles olhos que me observaram escancaradamente na hora do intervalo no meu primeiro dia de aula na cidade nova.

Por aquele garoto maluco e com um passado tão conturbado e cheio de figuras místicas. O garoto que fez minha vida virar de ponta cabeça de uma forma incrivelmente boa.

A Cabana de Seres Míticos (Reino Mítico Vol. 1)Onde histórias criam vida. Descubra agora