[Primeiro livro da saga: A Cabana de Seres Míticos]
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⚠️ Os Devoratrix...
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Me lembro do dia em que minha mãe me esqueceu em um supermercado de nossa antiga cidade. Eu tinha apenas cinco anos e estava totalmente em pânico. Não conseguia respirar normalmente, minhas mãos suavam e eu apenas pensava que tinha que sair dali, que precisa encontrar minha mãe e que eu estava sozinha apesar de ter várias pessoas transitando ao meu redor.
Quando percebi isso, percebi também, finalmente, as pessoas. Seus rostos pouco familiares. Eu me senti em perigo. Me lembro vagamente de pegar algo comprido e pesado — talvez um taco de baseball que vendiam a 5 dólares na seção de esportes — e levantá-lo para qualquer pessoa que se aproximasse de mim.
Em minha mente de criança, eu achava que não estar com minha mãe significava estar em perigo, e que estar em perigo significava ter que me defender sozinha. Significava ter que fazer tudo que estivesse ao meu alcance para conseguir não sentir o medo que o perigo trazia.
✶⊶⊷⊶⊷❍⊶⊷⊶⊷✶
— Eu não sabia que assassinos entravam pela porta da frente — Me remexo desconfortavel para esconder a faca atras de mim.
Aidan se aproxima lentamente, me colocando na defensiva.
— Infelizmente, você sabe de muita coisa, HayHay — Transpareceu seu sorriso sínico.
O observei continuar a falar. Não me preocupei em dizer algo naquele momento, eu nem ao menos sabia o que dizer.
— Você é uma boa pessoa, me fez companhia... Foi realmente divertido — Se aproximou mais. — Você não tem ideia da confusão que se meteu. Eu realmente sinto muito por isso — continuou.
— Você quem matou ele, não foi? Por que nao admite? — Aperto o cabo da faca.
— Eu não tenho tempo para todo esse surto, Hayley. Alem disso, você com certeza não entenderia.
Tenho vontade de acabar isso de uma vez. De soca-lo até que aquele sorriso idiota saia de seu resto.
— O que quer fazer, Aidan?
Aproximo nossos rostos o bastante para poder sentir sua respiração descompassada em minha face.
— Vai me matar? Me sequestrar? Tentar me convencer que não matou ninguém? Me torturar?! — Meu tom de voz aumentava gradativamente. — Ou quem sabe me usar para roubar lojinhas de conveniência em estradas desertas novamente?!
— Tem um amigo dela no quarto, mas você pode entrar. Fique a vontade querida. Vozes são escutadas do andar abaixo, provavelmente da sala. Eu e Aidan nos olhamos sem mexer um músculo.
