XI - Ômega de TPM

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Nota: opa opa, boa noite.

ainda é domingo né? cheguei tarde, mas cheguei hehehe

então aqui vai um capítulo quentinho pra vocês....

boa leitura e bjs.


Karla tateou o balcão em busca de apoio, sentia-se fragilmente trêmula, e tudo só piorava ao olhar para a alfa e ver que a mesma possuía uma expressão agitada.

— Como assim não passou? – Lauren perguntou em descrença, não conseguia acreditar. Por um segundo achou que fosse Karla Camila fazendo brincadeirinhas, mas a encarando via que se tratava mesmo da verdade.

— Eu...não sei, só não passei. – Foi o de mais concreto que conseguiu falar.

— Deixe-me ver. – Pediu o celular e a ômega o cedeu sem dificuldades, estiva fora de órbita e não conseguia agir para nada.

Lauren leu o e-mail e o releu, tentando achar algum erro ou evidência de que aquela não era a verdade. Estava claro e explícito, era a oportunidade única delas sendo convertida a uma recusa que não podiam controlar. A alfa respirou fundo tocando seu cenho tenso, não sabia o que sentia ou o que falar, não se sentia no direito de ficar brava e nem estava, não mesmo, o que sentia era uma grande bagunça interna.

Não fazia sentido, Karla havia passado as últimas semanas inteiras tão focada naqueles estudos, em tirar o máximo de conteúdos daqueles livros grossos e complexos. A alfa ainda se lembrava de acordar cedinho e vê-la tomando café na cozinha depois de horas sumida e mesmo assim ainda estava de olhos grudados em um livro.

Simplesmente não fazia o mínimo sentido o esforço todo ser em vão.

Karla sentia sua cabeça latejar, sua garganta se fechava com força e ela impedia que seus olhos cedessem.

— Karla Camila... Eu sinto muito, não consigo entender. – Lauren reuniu as melhores palavras que encontrou.

— Não é difícil entender, Lauren. Eu não passei. Ponto. – Sua voz era ácida.

— Eu sei! Só...não compreendo como. – A alfa passou as mãos entre o cabelo e suspirou densamente. Sua mente trabalhava rápido, e seus olhos estavam inquietos. — Posso falar com minha mãe, ela é ômega do Dennis, sabe? Eu poderia pedi-la para falar com ele sobre você e sua situação, você é minha esposa e ele... – Lauren sequer pensou direito antes de começar a falar.

— Lauren, você está se ouvindo? – O tom de Karla denunciou que tinha feito merda.

— Estou apenas tentando ajudar.

— Pois não está funcionando! Acha mesmo que vou aceitar entrar na universidade porque você é filha da ômega do diretor?! Claro que não, porra! Eu odeio isso e odeio essa ideia, Lauren. Eu tiraria a oportunidade de alguém que realmente passou e entraria porque sou sua esposa. – Não dava para negar que o raciocínio da ômega era válido, o que Lauren tinha oferecido era isso, e Karla não podia estar mais ofendida.

Lauren se arrependeu ali mesmo pelo que disse.

Nenhuma das duas havia pensando naquela hipótese, ninguém havia, e se havia, tratou de não avisá-las do risco. Estavam tão confiantes e focadas em o quão boa era a proposta que não enxergaram as chances de dar errado, o plano era bom, era genial, mas agora percebiam que havia muitas falhas.

— Desculpa, tá? Eu só... só quero te ajudar, eu não sei o que fazer, estou tão transtornada quanto você. – Estava inquieta e sua voz era angustiada.

— Não, não está, Lauren. Sabe o quanto eu me esforcei? Sabe o quanto eu estudei, li, passei horas da madrugada repetindo matérias e matérias na minha mente para que nada disso fosse valer! E eu estava tão confiante, sentia que ia conseguir, mas não foi o bastante... Eu nunca sou o suficiente ou faço o suficiente. – Surpreendentemente um sorriso se formou em seus lábios, um sorriso de pura ofensa. — Não sei porque estou surpresa em não ter conseguido isso sendo que sempre fracassei e fracasso. Qual é! Eu sou a Karla da família Cabello! A que nunca conseguiu nada para se orgulhar ou tem o mínimo de dignidade, não tem por que estar tão chocada, certo?

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