No dia 03 de novembro daquele ano, uma terça-feira, Michelle Lauren Jauregui foi executada por injeção letal no Departamento Policial de Los Angeles às 5:39pm. Sua morte, no entanto, foi dada como um ato de heroísmo ao público estadunidense, para todos àqueles que não sabiam o que acontecia de verdade a alfa havia morrido em combate numa operação de confronto a máfia de Azvil Gharyn, o criminoso procurado pela Interpol por mais de duas décadas.
Era noite quando Jesse via a reportagem nos jornais internacionais da televisão, noticiando que ao mundo que Azvil Gharyn tinha sido pego naquele mesmo dia e fazendo menções honrosas aos agentes que haviam morrido ou se ferido no processo de confronto.
Como um bom agente, Jesse sabia que ali não era nem um terço da real verdade do que acontecia. Eram ocultadas várias informações pelo governo, inclusive os podres da investigação e do final. Ele preferiu não atentar muito naquilo, estava com a cabeça já cheia demais, seu olhar voou até a filha e ele engoliu em seco ao observa-la no mesmíssimo estado de sempre, inconsciente e entubada.
Foi no mesmo momento que Allyson adentrou o quarto do hospital.
— Hey... – Saudou sem muita animação.
— Oi, meu bem. – Aproximou-se e o deixou um beijo no rosto.
Tinha sido a vez da ômega em passar uns dias fora dali para respirar melhor e esvaziar um pouco a mente.
— Você trouxe? – Ele perguntou e a ômega revirou os olhos.
— Sim, aqui está. – Entregou o notebook. Ela tinha o levado porque Jesse estava sobrecarregado e se cobrava muito em buscas por pessoas que não davam em nada.
Diferente das outras vezes, Jesse abriu e decidiu dar foco ao seu trabalho e ver como as coisas tinham ido para chegar à captura de Azvil Gharyn. Foi a caixa de entrada e notou que haviam vários e-mails de agentes que faziam parte da equipe e agora comemoravam o fim de um caso tão longo. Em especial, havia um e-mail que lhe chamou mais atenção, o de Nathalie Emmanuel. O alfa conhecia a mulher há tempos, não foi à toa que ela o selecionou a dedo para o começo do caso, e também havia o tratamento de amizade nas palavras dela a si.
No decorrer do e-mail haviam arquivos e documentos que explicavam o que tinha acontecido de verdade para poderem pegar Azvil Gharyn e seu filho, que era o real assassino do prefeito. Ela explicava que a ajuda tinha vindo de um modo um tanto quanto ambíguo, tinha sido uma mulher alfa que cedera as informações que precisavam.
A alfa chamava Lauren Jauregui. E o nome em si já o deixou atento, era familiar.
Era agente do próprio DPLA para a surpresa de Jesse, e se manteve escondida durante anos de seus feitos para Azvil, a tal Lauren não parecia ter muita estabilidade ao decorrer do que ele ia lendo sobre todo processo. Ela tinha dado todas informações de bom grado e acima de tudo solicitado um julgamento justo para seus crimes, o qual Jesse mentalmente fez uma desaprovação, era claro que não fariam um julgamento justo com tudo que ela tinha feito, ainda mais com alguém como Dylan Bruce no comando.
Jesse o conhecia suficiente para saber que o beta não era das melhores pessoas no mundo.
De qualquer forma, o alfa não pôde evitar se chocar com tudo que tinha se sucedido nas últimas semanas com Lauren Jauregui, ela tinha sido condenada a morte e executada aquela mesma tarde. O que mais o chocou, entretanto, foi quando ele buscou a ficha de análise com todas informações sobre a mulher.
O tipo sanguíneo escrito pareceu brilhar para si...
Tipo Rh nulo.
[...]
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Beyond (AOB)
FanfictionNa busca de oportunidades para alcançar suas metas, Karla enfrenta problemas e acaba precisando de ajuda desconhecida para voltar a seu país, nisso ela encontra uma alfa que a tira mais atenção que o normal, sua postura soturna e reticente a atraía...