1° Livro da Duologia - O Luar Escarlate.
Entidades demoníacas reduziram a raça humana através de um portal dimensional que trouxe a maré de sangue, terror e caos. Apesar disso, guerreiros com habilidades especiais decidiram confrontar as trevas para...
O que era para ser uma reunião anual entre bruxas e feiticeiros tornou-se uma terrível viagem dimensional para Alex e sua equipe.
Na tentativa de retornarem à Terra, todos os envolvidos enfrentaram uma corrida contra o tempo repleta de exaustão. Exaustão essa que foi causada por longas travessias em florestas ameaçadoras, cavernas malditas, corredores de um labirinto congelante e, por fim, uma montanha com desfiladeiros que estendiam-se desde o firmamento até o topo nublado.
A aparição de uma mulher voluptuosa e seu exército também contribuiu na quebra de expectativas do grupo juvenil. Poderia ser um ato tão imprudente quanto permanecer em campos abertos ao longo de uma tempestade de raios, contudo Elysia planejava entrar no portal dimensional durante a convergência cósmica.
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Levi e Zain assumiram à frente do escudo de pura luz ao perceberem que Gwen não conseguia ficar de pé. O primeiro rapaz permaneceu na defensiva e criou uma barreira com as rochas do pico dos mortos para reduzir o fardo de sua amiga. Por outro lado, o segundo foi mais atrevido e decidiu confrontar a ceifeira, a qual nem sequer esperava um impulso dele para atingi-la através de tantas espirais roxas.
— Você realmente achou que me acertaria assim? — A oponente fez poucos esforços para nulificar a magia arcana com seu instrumento afiado. — Permita-me fazer uma demonstração adequada, querido!
O contra-ataque surgiu quase instantaneamente. Após girar o cabo da foice, três crânios em combustão foram criados atrás de Elysia e estes estouraram com violência quando atingiram o mago, lançando seu corpo na direção das espessas camadas de pedras.
— Que demonstrações são essas? Conheço alguém que pode ministrar um aulão sobre o que é machucar de verdade, querida! — Zain deu um sorriso cínico, negligenciado a dor lancinante no próprio ombro direito.
Não obstante a atitude tomada por ele ter sido arriscada, tudo aquilo foi uma mera distração para a mulher deixar de notar a presença de Albea. Posicionada um pouco acima, a lutadora entrelaçou os punhos a fim de golpear a cabeça de Elysia na vertical, finalizando a descida com um chute na barriga dela e afundando-a no chão em uma fração de segundos.
— Digam adeus ao mundo que tanto desejam retornar! — Elysia parecia um vulcão prestes a entrar na mais desequilibrada erupção. — Não sairão ilesos após me humilharem em meus domínios!
Como consequência, feixes luminosos saíram de suas mãos assim que subiu na montaria alada. A intenção era sinalizar para o grande batalhão liderado com tamanha confiança e o acontecimento habitual daquela dimensão voltou a se repetir, no qual criaturas corrompidas multiplicavam-se aos montes como verdadeiras pragas.
— Era só o que me faltava! Essa lunática está de sacanagem com nossa cara — murmurou a jovem de cabelos rosados, um tanto esgotada devido ao cansaço que pesava em seus ombros, braços e pernas.
— Tente não se esforçar demais, meu coração! — Alex aproximou-se dela e abraçou-a pela cintura. — Vou te dar cobertura para que poupe suas energias.
