Entre pecados e virtudes

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Passaram-se duas semanas até o general Harry entrar em contato com o 14° esquadrão anti-demoníaco para informações relacionadas à nova missão. O grupo foi em direção à base principal ora empolgados, ora tensos enquanto Zain e Cerise haviam viajado para outro lugar e ninguém tinha notícias deles, apenas a breve esperança de revê-los em breve.

— Bom dia, guerreiros! Depois de uma investigação, identificamos uma intensa atividade demoníaca vinda de um portal dimensional. — informou o general, em seu escritório. — Precisaremos de toda ajuda possível, então escalei nove esquadrões para irem com vocês até lá.

Os seis jovens assentiram sem pensar duas vezes. Embora libertar humanos das garras de monstros fosse diferente de refrear um portal, eles deveriam impedir o possível desastre. A energia negativa que emanava de lá era capaz de matar qualquer pessoa com poucos esforços, pois o ar era pesado e o ambiente propagava hostilidade, além de um exército de demônios vigiarem o território, havendo possibilidades dos mitos sobre bestas guardiãs da fenda dimensional serem reais.

Ocorreria uma reunião antes do grupo partir. Todos aguardavam impacientemente o chamado de seu superior em uma sala branca e quase vazia, tendo somente poltronas cinzentas e um grande monitor na alvenaria. Apesar disso, a base principal era confortável, tecnológica e encontrava-se submersa em uma zona marítima distante de áreas terrestres, onde o oceano com um profundo azul transmitia serenidade e os peixes nadavam próximos aos seres humanos, sendo vistos pelas grandes janelas de vidro laminado.

Uma voz surgiu no interfone, pedindo aos esquadrões para direcionarem-se à ala B a fim de discutirem sobre a perigosa missão. Chegando lá, Alex e os outros contemplaram a enorme sala de reuniões em formato de trapézio e aproximaram-se de uma grandiosa mesa circular para aguardarem o discurso de Harry.

— Em primeiro lugar, eu gostaria de agradecer a presença de vocês e em segundo lugar, apresentá-los formalmente uns aos outros. A próxima missão de vocês será arriscada, não vou ocultar essa informação. Com sorte, o trabalho em equipe será o melhor aliado de todos aqui reunidos. — disse ele, em tom sério.

— Sorte? — uma voz masculina foi ouvida ao fundo, vinda de um brutamontes. — Poupe a gente dessa conversa fiada! Só os mais fortes serão capazes de fazer alguma coisa.

Os olhares desviaram-se para o homem em total sincronia, roubando as atenções desejadas. Inclusive a do general, que fez questão de demonstrar seu olhar severo, parecendo fuzilar sua vítima sem remorso. O brutamontes de pele bronzeada tinha olhos azuis, cabelos loiros somados a um corte moicano degradê nas laterais e usava roupas casuais em tons pastéis, além de expressar uma feição decidida e séria.

O falatório do brutamontes foi interrompido por uma mulher que levantou-se da mesa, pedindo para todos acalmarem os nervos. Ela era africana, além de ser uma mulher muito formosa. Seus cabelos trançados deslizavam enquanto ela andava pela sala, sucedendo no silêncio de todos os esquadrões.

 Seus cabelos trançados deslizavam enquanto ela andava pela sala, sucedendo no silêncio de todos os esquadrões

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