Empty Again

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Julie's POV
Sábado de manhã eu acordo com meu telefone tocando no meu bolso, percebo que não faço ideia da onde eu estou, vejo que alguém tirou meu tênis e me cobriu. Luke. Pego meu celular e vejo que é meu pai, atendo e ele me pergunta se eu iria demorar para ir para casa, falo que não e desço correndo para a sala. Encontro todos dormindo do mesmo jeito que estavam ontem, tento acordar Flynn com cuidado, mas acaba que todos acordam, menos Luke, que provavelmente estava dormindo em algum quarto. Falo para Flynn que meu pai estava me procurando, me despeço dos meninos e vamos embora, Willie e Flynn me deixam em casa e seguem para a casa deles. Tomo café da manhã com meu pai e Carlos, esperava que meu pai fosse brigar comigo por não ter mandando mensagem pra ele ontem, mas ele é bem tranquilo com tudo ele sabe que eu não faria nada que não devia. Depois do café decido mandar uma mensagem pra Luke me explicando. 

O fim de semana passou muito rápido, talvez porque eu estava nervosa ou extremamente ansiosa para segunda, mas ela chegou mais rápido que eu esperava. Aqui estava eu na minha primeira aula do dia, com Flynn, Willie e Alex, estava pensando quando eu ia mostrar a fotos para os dois deles dormindo abraçadinhos, mas acho melhor esperar a hora certa para dar esse empurrãozinho neles. A aula passa correndo e quando vejo, já está na hora da aula de música, encontramos Reggie e Luke no corredor e vamos em grupo para a aula. Quando estava chegando na porta Nick chega e me chama.

- Oi Julie, como foi o fim de semana? Está pronta para conversar com a professora? - eu havia contado para Nick o que tinha acontecido na sexta na aula de educação física, ele demonstrou maior apoio, falou que ajudaria no que precisasse para eu voltar para a turma.

- Ei Nick, meu fim de semana foi bom, passou bem rápido e o seu? Bem, sendo bem sincera não sei o que eu espero sabe, foi um ano sem acrescentar em nada nessa aula e do nada agora eu quero voltar, espero que a professora seja compreensiva comigo. 

-Ela vai ser, e eu to aqui pro que precisar, você sabe disso. - ele pisca para mim e entra na sala e pude ver que Luke encarava a gente com um sorriso travesso no rosto. 

- O que foi em? - pergunto para o garoto.

- Alguém tem crush na Julieee. - ele só pode estar brincando com minha cara.

- Você não tem uma aula agora Lukezinho?

- Tenho sim, e você também Jujuba, vem falar com a professora vem. - ele abre espaço para eu entrar primeiro, e vou em direção a professora.

- Sra. Harrison, será que eu poderia dar uma palavrinha com você? - digo, mas algo dentro de mim tinha um pressentimento ruim sobre essa conversa.

- Claro Julie, vamos ali para fora. - saímos da sala - então me diga, o que você deseja falar? É sobre a aula?

- Sim professora, eu queria te contar que segunda passada, depois que você me tirou da turma, eu consegui cantar e queria saber se existe alguma chance, deu ter uma segunda chance. - todas as minhas palavras são bem sinceras, eu só queria uma segunda chance para poder voltar a ter música na minha vida.

- Julie, você sabe o quanto eu gosto de você, mas infelizmente a diretora já completou a sua vaga, eu sei que isso é muito triste, mas eu não posso passar por cima da palavra dela. Me desculpa. - e ela sai e entra para a sala, e a única coisa que me resta é a solidão nesse horário vazio.

Não sei porque, mas essa expulsão da matéria me deixou muito mal, ainda mais agora que tinha os meninos na sala também, e a música tinha voltado para minha vida, mais importante do que era antes. Quando me dei conta, lágrimas rolavam pela minha bochecha, eu só queria poder ir para minha casa, deitar na minha cama e chorar tudo que eu tinha para chorar lá. Sigo em direção ao refeitório, e já consigo controlar minhas lágrimas, mas parece que o buraco, o vazio que tinha se fechado no momento em que eu cantei, se abriu novamente, trazendo toda a dor novamente. Me sinto vazia por dentro, sem sentimentos, completamente vazia. Escuto uma voz atrás de mim conhecida, acredito que fiquei um bom tempo pensando no meu vazio para ele já estar aqui. 

- Vamos sair daqui. - Ele disse. 

- Mas você tem aula agora. - Reluto um pouco sobre a ideia, eu não estava me sentindo bem, mas acho que se eu ficar nessa escola, talvez eu só piore.

- Não ligo, você precisa de um amigo agora, eu estou aqui. E eu já fiz o que precisava na aula.
Eu estava matando aula, na verdade teoricamente eu não tinha aula agora, mas a próxima eu tinha e eu estava matando ela. Isso é tão errado, mas algo em estar com ele me faz não ligar tanto para regras. 

- Para onde nós estamos indo?

- Para um lugar que eu conheci a uns anos atrás, acho que você vai gostar. 

Fico sentada do lado dele, esperando reconhecer onde ele estava me levando, mas depois de um tempo desisti e apenas aproveitei a paisagem, tocava música da rádio no fundo, mas eu estava tão triste que nem ouvir música me animaria nesse momento. Quando percebo o carro para e ele abre a porta para mim.

- Eu não sabia que você tinha um lado cavalheiro.

- Você ainda tem muito para me conhecer, Jujuba. - Luke sabia exatamente como tirar um sorriso de mim, mesmo nos conhecendo tão pouco, ele já era incrivelmente alguém próximo a mim. 

- Me segue. - a gente estava no meio do lada para mim, e começamos a seguir uma espécie de trilha, belo lugar para alguém matar e esconder. Será que ele quer me matar? Rio da minha própria imaginação e ele me olha curioso querendo saber o que. - O que você tá rindo em?

- Estou rindo de porque você vem em um lugar que é claramente o local que alguém jogaria um corpo morto. 

Ele só riu e seguiu andando até um momento que ele para e fala.

- Foi por isso que eu venho aqui. - quando eu olho eu vejo toda a cidade de Los Angeles, estávamos atrás do letreiro de Hollywood, e esse é sem dúvida um dos locais mais lindos que eu já vi na minha vida.

- Meu Deus Luke, aqui é perfeito, eu nem tenho palavras pra falar sobre essa vista. Mas pera, aqui não é acesso proibido? - pergunto olhando em volta procurando grades e a polícia já.

- Essa área que nós estamos ainda é a área permitida, a área do letreiro que é proibida, qualquer dia eu te levo lá. - ele senta e bate a mãozinha do lado dele para que eu me sente também.



Oi gente!! Espero que estejam gostando, só avisando que mudei algumas coisas nos capítulos anteriores, mas não mudei a história, foi mais estética. Então não tem a necessidade de reler com medo de ter perdido algo! Aguardo opiniões sobre a história. 
Isa.


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