O Caipira| Beauany

🍁 Capitulo 15

Any On

Os braços de Josh me prendiam como duas garras de ferro. Ele segurava minha cintura com força, enquanto com a outra mão embrenhava seus dedos em meu cabelo, me impedindo de fugir daquele beijo. E, pra falar a verdade, eu não queria fugir. Seus lábios eram tão delicados e ao mesmo tempo urgentes nos meus que me causavam arrepios e sensações estranhas, era como se tudo dentro de mim estivesse de ponta cabeça. Eu não sabia mais qual era meu começo, meu meio e meu fim, não sabia meu nome, não sabia de mais nada. Minha mente tinha virado um completo buraco negro e tudo o que eu sentia era Josh Beauchamp  e seus braços que me impediam de cair como uma idiota no chão, já que minhas pernas estavam pra lá de bambas. A pegada daquele homem era - literalmente - o paraíso.

Levei uma de minhas mãos até sua nuca, deixando leves arranhões na mesma, e desci a outra por seu peito, sentindo seus músculos definidos sob meus dedos. Josh me empurrou contra um dos muitos carros que se encontravam ali no estacionamento e me fez sentar no capô do mesmo, se encaixando entre minhas pernas. Naquele momento eu não me importava que meu vestido tivesse subido e que minhas coxas estivessem á mostra, eu estava mais preocupada com o corpo de Josh grudado ao meu. Sua língua explorava cada canto de minha boca e eu me deixava levar pelo seu ritmo, era inevitável. Enquanto Josh possuísse aquela pegada, ele poderia fazer o que quisesse de qualquer garota andando no planeta Terra, inclusive eu.

– Você é um idiota... – murmurei quando ele me deixou respirar, separando nossos lábios.

– Eu sei – Josh respondeu, sorrindo de canto e me dando um selinho demorado. – Um caipira grosso e sem educação...

– Sim, o que mais? – outro selinho.

– Um... – tentei achar outra coisa em minha cabeça, palavras em minha boca, mas eu não conseguia. Era difícil pensar quando Josh estava tão próximo, roçando seus lábios nos meus e acariciando minha cintura com aquelas suas mãos fortes e precisas.

– Um o que, Any? – ele riu, me causando leves arrepios quando mordeu meu lábio inferior e soltou o mesmo lentamente. Era tortura. Josh sabia que suas provocações mexiam comigo e se divertia com aquilo.

– Quer parar com isso? – o empurrei pra longe antes que, em um momento de insanidade, eu agarrasse seu pescoço e o beijasse até que meus pulmões entrassem em colapso pela falta de oxigênio.

– Você sabe quebrar um clima como ninguém – Josh riu, se aproximando novamente e colocando uma de suas mãos em minha coxa, fazendo carinho no interior da mesma. Revirei os olhos, voltando a afastá-lo e me colocando de pé, arrumando minhas roupas e meus cabelos, olhando em volta pra me certificar de que ninguém tinha visto o que havia acabado de acontecer ali.

– Foi muito educado da sua parte me interromper no meio de uma frase com aquele beijo – ironizei, o encarando com desprezo.

– O que eu posso dizer? – Josh sorriu de canto, cruzando os braços e se encostando em um carro - Bons modos realmente não são meu forte – piscou, me fazendo bufar. Aquela sua pose despreocupada e seu jeito de caipira sem educação era mais atraente do que eu achava ser possível. Como ele conseguia?

– Não faça isso de novo se não quiser levar uns tapas nesse seu lindo rostinho – avisei.

– Vai dizer que não gostou? – ele arqueou as sobrancelhas, me desafiando.

– Não – dei de ombros, desviando o olhar. Era mentira. Uma pura, falsa e gigante mentira. Eu gostava dos beijos de Josh mais do que deveria, gostava de como seus lábios eram quentes e do jeito bruto e ao mesmo tempo delicado com o qual ele me tocava. Simplesmente gostava de tudo sobre ele.