Passavam das 5 da manhã quando cheguei em casa, por sorte meus pais estavam dormindo, entrei na ponta dos pés, subi para o meu quarto, tomei um banho morno para relaxar, vesti o primeiro pijama que achei no guarda-roupa e deitei.
Acordei por volta das 14:00, havia um post it amarelo grudado no meu celular, peguei para ler e reconheci a letra da minha mãe:
"Oi filha, eu e o seu pai fomos para a casa do Tio Rafael e da Tia Laura, voltamos a noite, deixei o almoço na geladeira, qualquer coisa liga, beijos."
Apesar de amar a presença dos meu pais em casa, era muito bom ter um momento sozinha. Sai do quarto, desci as escadas e fui direto para a sala, conectei o Spotify na TV apertei o play na primeira música da minha playlist, esquentei o almoço e passei toda tarde jogada no sofá escutando música e lendo o livro que peguei emprestado na livraria.
Por volta das 18:00 meu pais chegaram e trouxeram pizza, sentamos na mesa de jantar e comemos conversando sobre a festa e sobre como tinha sido na casa dos meus tios, até que a campainha tocou e eu levantei para ver quem era.
- Oi Lou. - disse a Molly, ela estava com uma expressão estranha. - Posso ficar essa noite aqui?
- Claro. - falei. Ela entrou, fechei a porta, peguei a mochila das costas dela e coloquei no sofá.- Vem, estamos comendo pizza.
- Oi, boa noite! - ela disse entrado na cozinha.
- Oi Molly, querida, como você está? - minha mãe cumprimentou enquanto segurava uma fatia de pizza. - A Lou não avisou que você viria..
- Eu decidi vim de surpresa, desculpa, a Lou também não sabia. - ela disse com um sorriso fraco.
- Aceita pizza? - meu pai perguntou empurrando uma das caixas de pizza em direção onde a Molly havia sentado.
Ela assentiu e pegou um pedaço. Terminamos de comer a pizza conversando sobre filmes, depois meus pais decidiram assistir algum, eu sabia que a Molly queria conversar algo, então dispensei o filme com eles, peguei a mochila da Molly no sofá e subimos para o meu quarto.- Aconteceu algo? - perguntei. Ela estava sentada na cama olhando o celular, sentei na cadeira da escrivaninha e fiquei observando-a.
- Não... - respondeu. - Quer dizer... - ela me olhou com os olhos cheios de lágrimas. - Promete que não vai me julgar?
- Ei. - sentei ao lado dela na cama, ela colocou a cabeça no meu ombro e começou a chorar, passei o braço em volta dela e a abracei. - Eu estou aqui para tudo, já te disse, nunca vou te julgar.
- Eu ferrei tudo Lou, nosso trabalho de verão...- ela estava falando o trabalho extracurricular de verão que íamos fazer fazer juntas para ganhar pontos para a faculdade. - Eu ferrei meu namoro, meu futuro...
- Molly, o que aconteceu? - ela enxugou as lágrimas e levantou a cabeça, respirou fundo, passou alguns segundos em silêncio e me olhou. - Estou atrasada.
- Como assim? - no momento não consegui raciocinar o que ela estava falando. - Atrasada em que?
- Minha menstruação, Lou. - as lágrimas voltaram e eu senti o quanto ela estava com medo e preocupada, a Molly gostava das coisas planejadas, ela que estava cuidando de tudo para o nosso verão, sempre com tudo planejado, mas dessa vez ela não conseguiu prever.
- Quantos dias?
- 5 dias.
- Você fez algum teste?
- Não tive coragem.
- Vamos pesquisar. - peguei o celular e digitei no Google quantos dias atrasados poderia ser sinal de gravidez. - Aqui diz " É possível que aconteça um atraso qualquer por motivos fisiológicos. Porém se a menstruação atrasada 5 dias persistir por mais alguns dias, sejam eles 1 semana ou mais, aí sim, devemos considerar a hipótese de gravidez." - ela me olhava atenta escutando cada informação. - Podemos comprar o teste e tirar logo essa dúvida.
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Never Be Alone
FanfictionLouise Marin é tímida e reservada, passa despercebida pelos holofotes da escola, apaixonada pela literatura, é a melhor amiga de Molly Gilinsky. Jack Gilinsky, irmão da Molly, típico garoto popular jogador de basquete, com problemas com a ex-namor...