Capítulo 9

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ㅡ Não acredito que vocês se voluntariaram para um show de striptease ㅡ Marina foi seguindo Rafael e Maxwell às pressas. Era difícil acompanhar os marmanjos tendo pernas tão pequenas. Os clones do urso Balu de Moogli sendo seguidos pela Judy de Zootopia. ㅡ Eu nem sabia que existia voluntários para isso!

ㅡ Mas existe! ㅡ Rafael respondeu, parando de repente. Sentiu a testa de Mitchell bater em suas costas e ela resmungar baixo. ㅡ Desculpa.

ㅡ Vocês vão me levar para uma boate para me deixar abandonada? Era melhor ter me deixado em casa. ㅡ acariciou a testa com os dedos. Rafael achou fofo a forma como ela abaixava a cabeça e ficava com a expressão inquieta. ㅡ Que maldade.

ㅡ Não é nada disso, Marina. ㅡ Max que disse, olhando a menor dos três com um sorriso charmoso. ㅡ Nós vamos dançar apenas uma vez. Depois voltamos para te fazer companhia.

ㅡ Eu espero mesmo, se não irei embora. ㅡ balbuciou.

ㅡ O carro chegou!

Rafael apontou para o veículo logo à frente. Os três foram em direção ao automóvel e se acomodaram. Max na frente e os dois demais atrás. O motorista confirmou o endereço da boate com desinteresse.

ㅡ Pretendem ficar muito no Bluish Night? ㅡ perguntou a única mulher do carro. Não gostaria de ficar muito tempo em um lugar movimentado e ruidoso, muito menos voltar para casa sozinha.

ㅡ Depende ㅡ Rafael respondeu. ㅡ Qualquer coisa eu te levo para casa e volto. ㅡ Sorriu para a mesma. A Elemental agradeceu. ㅡ Mas tenta se divertir.

ㅡ Concordo com o Rafaelsito. Você anda muito estressada nesses últimos dias, Brotinho. ㅡ Maxwell a encarou por cima do assento. ㅡ Uma noite de bebida, dança e garotos não te fará mal.

ㅡ Prometo fazer o possível para me divertir. ㅡ Marina olhou a cabeleira escura de Maxwell. ㅡ Por que está chamando o Rafael desse jeito?

O mencionado aclarou a garganta, olhando pela janela a movimentação escassa da rua. Deviam manter esse assunto no completo sigilo, trancafiado em paredes de titânio, com a chave da entrada derretida e com diversos equipamentos de segurança e proteção.

ㅡ É uma longa história. ㅡ foi o único que disse, ignorando a risada do melhor amigo. ㅡ Vamos mudar de assunto.

ㅡ Não se preocupe, Mari. ㅡ Maxwell não parava de rir. Esse dia com certeza seria marcado na História. ㅡ Um dia eu te conto.

A garota olhou pela janela depois do assunto encerrar.

De repente, quase em câmera lenta viu uma mulher solitária caminhar na calçada quase deserta. Na verdade, foi o cabelo ruivo que lhe chamou a atenção. Um brilho impossível de não ser reparado. A garota parecia sair de um comercial.

Não demoraram mais de quinze minutos para chegar na boate. O som abafado da música podendo ser ouvido mesmo com as janelas do carro fechadas. Com certeza a noite seria animada. Mas Marina tinha uma leve incerteza.

Saíram do carro.

Maxwell e Rafael fizeram pedra, papel e tesoura para definir quem pagaria a primeira corrida. Quando voltassem para casa fariam a mesma coisa.

ㅡ Saco ㅡ Maxwell tirou a carteira do bolso, removendo uma nota para entregá-la ao motorista, logo aguardando o troco. ㅡ Obrigado.

Marina olhava a entrada da boate cercada por uma fila de pessoas bem produzidas. Deram a volta pela construção, entrando pela passagem dos funcionários. Antes de passarem pelo segurança, Maxwell cochichou para Mitchell algo como "não olhe ele nos olhos, só nos siga".

O Sangue Das Elites Distintas Onde histórias criam vida. Descubra agora