❄︎ 18- Bem vindo ao pesadelo.

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Ter Minho chorando em meus braços se tornou para mim uma das coisas mais difíceis de se suportar.

Minho não quis ir para a casa dele pois não queria ficar lá, ele disse que ficaria lembrando do seu pai e iria chorar ainda mais, então o arrastei para minha casa, rezando para minha mãe não estar em casar e vim com várias perguntas para cima de nós quando visse o estado de Minho.

— Minho, eu sei que é difícil, mas se acalmar ok? - Joguei minha mochila no chão perto da minha cama e fiz Minho sentar.

— Jisung, eu não acredito que ele está fazendo isso novamente. Ele realmente quer me separar da minha mãe.

— Ele não vai conseguir separar vocês dois, Minho. - Agachei em sua frente e segurei suas mãos - Qualquer pessoa pode ver o quão forte é seu relacionamento com a sua mãe, como vocês se amam, se apoiam.

— Tenho medo do meu pai inventar alguma coisa, não sei, ele é louco, Jisung! Ele vai fazer de tudo para conseguir minha guarda!

— Eu sei que é difícil, mas vamos pensar positivo ok? Eu estou aqui do seu lado para te ajudar nesse momento ok?

— Você é incrível, Jisung.

— Eu não sou, mas por você eu posso tentar ser pelo menos cinco por cento incrível.

Minho levantou da minha cama e sentou ao meu lado no chão, me sentei corretamente, encostando na minha cama e puxei Minho para ele deitar em minhas coxas.

— Como foi sua aula hoje?

— Horrível como sempre.

— Felix e Changbin saíram juntos?

— Óbvio né, eles não vão se desgrudar mais.

— Aguentar um Changbin apaixonado é horrível.

— Te garanto que aguentar um Felix triste por causa do Changbin é bem pior.

— Ele realmente ficou mal naquela época? Que o Changbin deu um fora nele?

— Felix ficou horrível! Parecia que tinha passado um caminhão em cima dele, ele passou por vários estágios, os principais foram tristeza, saudade e ódio, nessa ordem.

— Na época eu briguei com o Changbin por conta do que ele fez. Ele gostava do Felix de verdade naquela época, mas se negava a gostar, ele me irritava demais.

— Agora eles vão irritar nós dois com o grude deles.

— Mas amor, nós também vivemos grudados.

— Claro que não, Minho.

— Claro que sim né. - Suspirei - Mas eu não estou reclamando tá bebê.

— Para de me chamar de bebê.

Ficamos mais alguns minutos sentados daquele jeito no chão, eu puxando todos os tipos de assunto que eu poderia me lembrar para fazer Minho esquecer um pouco a situação de sua família.

Permanecemos a tarde toda em meu quarto, só saímos para buscar alguma coisa para comermos em meu quarto. Insisti para Minho tomar um banho e colocar uma confortável minha emprestada, no começo ele negou dizendo que eu estava tratando ele igual uma criança, mas eu acabei vencendo sua teimosia.

Nem percebemos quando caímos no sono no meio do terceiro filme que estávamos assistindo.

Acordei às quatro da manhã, com a minha televisão já desligada, certeza que foi minha mãe ou meu pai que desligou quando chegaram em casa e viram nós dois dormindo. Minho estava deitado todo confortável em minha casa, com um semblante sereno e eu sorri com a cena.

Love on ice [minsung]Onde histórias criam vida. Descubra agora