❄︎ 23- Também te amo.

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Acho que já faz uns dez minutos que eu e Minho estamos sentados no chão da garagem, abraçados, só curtindo o silêncio confortável que se instalou no cômodo.

Mesmo querendo manter a pose de bravo com ele, eu não consegui, Minho conseguiu me desmontar em questão de minutos, sou totalmente vulnerável a ele.

— Eu sou tipo um prisioneiro morando com meu pai, não vejo a hora de me tornar maior de idade aqui na Coréia, sério.

— Ele é tão ruim assim com você?

— Demais! Ele quer me controlar, vive falando de como eu devo estudar, me empenhar para seguir os passos profissionais dele, não suporto!

— Sinto muito por você - Fui sincero - E pela sua mãe também, ela está péssima desde que você foi embora, Minho.

— Eu sei, eu vou fazer de tudo para matar um pouco a saudade que sinto dela nesses dias eu vou ficar aqui.

— Você sabe quantos dias você vai ficar? Tipo, tem certeza de quantos dias?

— Depende do humor do meu pai né.

— Entendi. - Suspirei.

Minho segurou meu rosto com suas duas mãos e me encarou, sorriu e eu sorri junto.

— Você é tão lindo.

— Não, não sou.

— Você é lindo, Han Jisung! Eu estava com tanta saudade de te elogiar.

— E eu estava com saudade de ouvir os seus elogios.

Contei para Minho as novidades que aconteceram por aqui, e ele fez o mesmo, sem deixar de reclamar do seu pai um único momento. Saber que o Minho está infeliz morando com seu pai me deixa triste demais, Minho merece todo amor e carinho do mundo coisa que ele não está recebendo de seu pai.

— Jisung, quer ir lá para a casa da minha mãe essa noite? Podemos jantar juntos, nós e ela.

— Não vai dar, eu juro que gostaria de ir, mas tenho algo para fazer.

— Ah, tudo bem então.

— Podemos almoçar juntos amanhã se você quiser, o que você acha? Depois que minha aula acabar.

— Sim! Quero! - Respondeu todo animadinho.

— Ai você é um anjo! - Apertei suas bochechas formando um biquinho em seus lábios.

Minho apertou minhas bochechas da mesma maneira que eu estava apertando as dele, e ficamos nos encarando até ele soltar meu rosto e com um impulso para frente juntar nossos lábios. Passei meus braços em volta de seu pescoço e aprofundamos o beijo.

O beijo de Minho para mim é como um grande milk shake de chocolate, meu grande vício.

Fomos interrompidos pelo celular dele tocando, o nome "pai" aparecendo no visor do celular. Minho rejeitou a ligação.

— Ele vai ficar bravo com você não vai?

— Óbvio que vai, mas eu não me importo. Depois eu invento alguma desculpa para ele.

Ficamos mais alguns minutos juntos, conversando, rindo, trocando beijos e carícias até que Minho se despediu dizendo que queria ir logo para a casa de sua mãe arrumar as coisas para o jantar, que ele mesmo iria preparar. Deixar Minho ir embora foi nem difícil, por mim eu ficaria grudado nele vinte e quatro horas por dia.

Depois que Minho foi embora eu pensei que iria me livrar de arrumar a garagem, mas minha mãe fez questão de me prender naquele cômodo junto com ela para arrumarmos aquele monte de bagunça.

Love on ice [minsung]Onde histórias criam vida. Descubra agora