Epílogo

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Lindsay

1 ano depois.

--- Força! --- Grita a mulher loira entre minhas pernas me fazendo gritar junto.

As contrações estavam cada vez mais fortes e eu me perguntava se aguentaria até o final.
Eu estava deitada no colo de Lia no jardim da casa, e a senhora a minha frente fazia de tudo para eu dar a luz.

--- Vamos Lind, esta quase saindo! --- Diz e pega uma das toalhas que Lia trouxe.

Fiz mais força e um grito extremamente alto saiu da minha garganta, respirei fundo junto aos comandos de Lia e logo fiz mais força, um choro agudo e manhoso se ouviu pelo jardim e respirei aliviada por alguns segundos, meu bebê tinha nascido, um deles.

Marta cortou o cordão umbilical e enrolou o bebê em uma das toalhas, o depositando no gramado, voltou para o meio de minhas pernas com outra toalha e me mandou fazer força.
Eu estava exausta mas aguentaria firme pelo meu bebê.

--- Cheguei! --- Escutei a voz masculina e levantei os olhos.

Ele estava ali, meu marido estava ali.

Ele tomou o lugar de Lia e me deitou em seu colo, segurou minha mão e tirou alguns fios de cabelo do meu rosto.
O dia hoje estava quente demais e o suor escorria por todo meu corpo.
Fiz força novamente e apertei a mão grande, ele secava o suor que escorria em minha testa e sorri com o ato, em um ano de casamento nada havia mudado e isso era bom.

Outra contração veio e Marta gritou para eu fazer força, fiz e em poucos segundos se ouviu outro choro fino, Marta enrolou o bebê em uma toalha e segurou em seus braços, Lia fazia o mesmo com o outro bebê.
Lia me entregou meu menino e deu minha princesa para ele.

A pele de ambos era pálida e mostrava a semelhança com Richard, os cabelos do meu bebê eram ruivos e levemente enrolados oque constatava que seriam cacheados assim como os meus, olhei para Richard que babava na menina em seu colo, seus cabelos eram pretos e bem ralinhos, seriam lisos talvez.

(...)

Olhei para os dois bebês na incubadora e suspirei satisfeita, a 1 ano atrás quando aceitei me casa com Richard não esperava que minha vida mudaria tanto. Depois do nosso encontro no restaurante eu passei uma semana estranha com o mesmo e fiquei pensando se havia feito a escolha certa, fui saber de Heytor e fiquei sabendo por Agatha que o mesmo estava envolvido com Izabelle novamente, larguei de mão e percebi que tinha feito a escolha certa, eu precisava seguir minha vida e vi naquele casamento uma oportunidade de ficar livre e bem comigo mesma.

Um mês antes do meu casamento, Heytor ficou sabendo que eu iria me casar e veio atrás de mim, brigamos como sempre e no final terminamos na cama, fiquei incomodada com aquilo e conversei com Richard, lhe contei oque havia acontecido e o mesmo pensou em quebrar o contrato e me devolver para Heytor, eu gritei, chorei, me humilhei para ele e no final conversamos e o casamento ia acontecer, assim como o mesmo ia lutar contra seu orgulho e tentaria me perdoar, eu lutaria contra meus sentimentos por Heytor e criaria um sentimento por Richard.

Com o passar dos meses vi em Richard o homem que nunca tinha reparado que era, e na nossa lua de mel me senti satisfeita com tudo, ele foi calmo e atencioso comigo e no final tive o melhor orgasmo da minha vida.
Hoje ele havia se tornado o homem da minha vida e Heytor era apenas uma peça do quebra cabeça que era nossa história.

Me levantei da cama com a ajuda da enfermeira e fomos até o banheiro, eu não queria tira os olhos dos meus pacotinhos, mas precisava urgente de um banho.
Richard chegou minutos depois que acabei meu banho e me ajudou a colocar a roupa.

--- não faz isso. --- digo com vergonha, eu ja sentia minhas bochechas queimarem.

Ele gostava de cuidar de mim e havia se tornado uma mania dele, sempre que colocava minha calcinha, antes depositava um beijo em minha intimidade e com isso um formigamento se formava em meu interior, me lembrando do tesão que eu sentia por esse homem.

Voltamos para o quarto depois de ele tentar me agarrar e olhamos nossos bebês, América e Gustavo.
Eu gostava de América, era um nome bonito e diferente, Gustavo era o nome do pai de Richard e ele queria fazer essa homenagem.

Pegamos nossos bebês e fomos rumo ao carro, eu queria apenas chegar em casa e desfrutar dos momentos com meus pacotinhos. Quando descobri que estava grávida fiquei louca, assustada, com medo de tudo, eu queria ter filhos mas não agora, eu tinha acabado de completar dezenove anos e estava ajudando Richard com as empresas dele, não tinha como cuidar de crianças agora, mas com o passar dos meses a barriga foi crescendo e sem que eu percebesse o amor dentro de mim por eles também.
Eu os queria tanto quanto Richard e ele estava radiante com a notícia que seriam gêmeos, um casal, uma menina para eu fazer cachinhos nos cabelos e um menino pra ele jogar bola, esse era nosso combinado, mas parece que a vida nos prega peças e quem tinha cachinhos ja de barriga era Gustavo.

Chegamos em casa e logo Marta veio nos receber seguido de Lia, Marta veio cuidar de mim quando eu estava com seis meses, e Lia haviamos contratados juntos quando compramos uma casa maior.
Subimos com os gêmeos e os deixamos no quarto, era um quarto para os dois, com o tempo montariamos outro para um deles.
Ficamos observando os dois e sem que eu percebesse um sorriso bobo brotou em meus lábios e Richard não estava diferente.

--- a melhor coisa que eu fiz foi entrar naquela boate aquela noite. --- disse baixinho no meu ouvido.

--- Concordo! Eu te amo! --- Digo.

Era verdade, com o tempo eu fui pega de surpresa com meus sentimentos e hoje eu posso dizer, Eu te amo para o meu marido.

--- Eu também te amo! --- disse fazendo um carinho em minha bochecha.

Eu via em seus olhos que era verdade e nos meus eu sabia que não estava diferente, eu o amava assim como amava nossa pequena família.

Fim.

Doce PrisãoOnde histórias criam vida. Descubra agora