Prólogo

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Lindsay

Acordo mais uma vez assustada e com muita dor, ficar viva vivendo nessa bosta  de vida não dá mais. As dores no meu corpo são insuportáveis e logo meus olhos se enchem de lágrimas.


Pensar que nunca vou ter uma vida melhor que essa, já virou rotina, e me olhar no espelho e ver o seu humano horrível em que meu pai me tornou, se tornou aceitável pra mim.


Levanto do colchão inflável com muita dor e vou até o minúsculo banheiro tentar cuidar de meus ferimentos.

Me olho do espelho e não me reconheço mais.


Estou com o rosto inchado e muito vermelho, meus cachos estão revoltados e meus olhos sem vida. Ainda lembro e sinto o cheiro e o conforto dos braços de minha mãe, porem, hoje só quero morrer e viver feliz no céu assim como sei que ela está.

 
Pego um pedaço de algodão e molho no soro, respiro fundo dez vezes e começo a limpar meu rosto. O ardor que o soro causa me faz estremecer dos pés a cabeça, e a dor logo vem com força.

--- Deus quando essa dor vai acabar ? --- suplico por algum sinal.

Assim que termino de limpar todos os ferimentos tiro as roupas sujas de sangue e me deito apenas de lingerie, e em segundos a dor volta a me assombrar. 


Me permito chorar tanto que aos poucos caio no sono.

 
Acordo com meu pai me dando chutes na barriga e tudo vem em minha mente.
Toda a mentirada da minha madrasta e a surra que os dois me deram.

Meu pai me pega pelos cabelos e me leva até a sala onde vejo cinco homens de preto e muito mal encarados. Me encolho no chão pois estou de lingerie na frente de pessoas que nunca vi na vida.

--- levem ela. --- fala meu pai me jogando nos pés daqueles homens e me olhando com ódio e desprezo.

--- não pai por favor --- suplico mas sei que será em vão.

--- Não me chame de pai sua puta, você nunca foi minha filha. --- responde com desdém.

Vejo um dos homens se aproximando para me pegar e começo a gritar e me debater mas é em vão. Ele me pega no colo e me leva para um carro que estava em frente a nossa casa.
Tento me soltar mas recebo um tapa em meu rosto e em seguida eles me jogam no porta mala do carro e me levam para deus sabe onde.

Doce PrisãoOnde histórias criam vida. Descubra agora