Ficar ou partir

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Sebastian

Após aquela discussão, Klara vem estado muito agitada, para uma autista coisas como brigas e discussões são coisas muito intensas e não os deixa nada bem.
Eu não pude ver-la pois Ariel estava marcando em cima, ela me via claramente como uma ameaça a irmã dela, mas eu nunca quis e nem quero machucar-la, eu simplesmente quero proteger a Klara, eu prometi isso à ela muitos anos atrás, quando ainda tinhamos uma alcatéia pra chamar de nossa. Quando eu perdi tudo, pensei ter perdido ela também, tinha falhado antes mesmo de tentar.
Enfim, nesse exato momento estou dando aula para as meninas, devo dizer que elas são bastante inteligentes mas também existem coisas as quais elas não sabem como por exemplo, que os vampiros podem ser controlados por magia de uma bruxa ancestral, mas são raras esses tipos de bruxa e muitas das vezes esse tipo de feitiço precisa de muito poder coisa que não pode ser feita por uma bruxa sozinha e a raça das bruxas não confia nas ancestrais pois elas tem um histórico de matar até mesmo a própria raça para fazer seus feitiços.
Enfim, depois de mais uma hora de aula eu liberei todas, Carolina hoje estava bem triste, Lumia não ficou muito tempo na sala dizendo que receberia alguém, e Ariel se retirou assim que falei que estavam liberadas.
Fui ao meu quarto e lá vejo Klara dormindo agarrada no meu travesseiro, usando uma camisa minha em seu corpo. Meu deus! Ela esta muito adorável.
Caminhei até ela e toquei em seus cabelos negro meio bagunçados, ela devia ter entrado aqui tem bastante tempo então. Beijei sua testa e fui tomar um banho.
Quando eu voltei ela tinha mudado de posição e estava com a cabeça em cima do travesseiro. Me aproximei e tirei o travesseiro dela e a levei para o seu quarto deixando ela sobre sua cama adormecida.
Ela é tão linda, parece uma princesa.
Sai de lá e fechei a porta mas logo que me virei vejo meu irmão me olhando em questionamento.

N.- O que fazia lá dentro Sebastian? Sabe que as meninas não são a favor de você ficar se aproximando tanto de Klara.

S.- Eu não posso evitar Nicolae, ela é a única pessoa que eu tenho da minha antiga alcatéia, a Klara é a única pessoa naquele lugar que eu me importei de verdade.

N.- Então pelo seu bem, e o bem dela, sugiro que você a deixe e não tente nenhuma estupidez, irmão, nós estamos preocupados com você, sabemos que Klara é a mulher que você queria ter protegido antes e não conseguiu, mas ela agora é uma Bartholy, não vamos ficar nos metendo justamente com o original mas forte e perigoso que conhecemos.

S.- Ahrg... você tá certo, melhos eu começar a trata-la apenas como minha aluna e nada mais, será difícil mas eu tentarei.

N.- Ótimo, vem vamos beber alguma coisa, eu tô morto de sede.

S.- Haha, certo, vamos irmão.

Descemos as escadas e lá no hall nos deparamos com um homem alto, de longos cabelos prateados e roupas bem vitorianas de época. Ele sorria e abraçava Lumia de um jeito carinhoso enquanto afagava seus cabelos, olhei Nicolae e senti uma forte intensão agressiva dele, isso não era normal.
Toquei no ombro do meu irmão e senti que ele voltou a si, logo depois, Peter e Drogo apareceram e olharam para o homem com agressividade, isso está estranho.
O homem olhou para nós e logo começou a andar a passos calmos, sem tira uma expressão séria de seu rosto.

?.- Como vão meninos?

N.- Você mata meu pai e minha mãe e ainda tem coragem de perguntar isso!?- fala Nicolae irritado.

D.- Viktor! Seu monstro... eu deveria ter arrancado sua cabeça naquela vez!

V.- Vocês são filhos dos meus transformados, eles não podiam me matar e nem vocês podem, não importa que sejam vampiros desde que nasceram.

S.- Você é mesmo o pai delas? Por que salvou a Klara hein!? Vai mata-la quando ela te der algum problema?

V.- Garoto... fale mal de mim, machuque meu ego, mas... NUNCA MAIS INSINUE QUE EU MACHUCARIA MINHA PROPRIA FILHA!- ele fala com sangue nos olhos.

S.- Se não vai machucar-la o que...- sou interrompido.

K.- Papai!

Vejo ela correr para os braços de Viktor o abraçando forte e carinhosamente, ele corresponde e beija o topo de sua cabeça, fazendo ela ficar mas aconchegada nele. Ele a tratava como uma filha... merda, eu me sinto tão incomodado com isso, eu sempre protegia a Klara e agora vejo o monstro que matou meus pais adotivos cuidando dela, isso me deixa... estranhamente incomodado.

N.- Admito que estou surpreso, de tantos com o nome Viktor, não esperava que você fosse o pai delas.

V.- Eu não tenho culpa por seus pais morrerem me protegendo, eu os amava como meus filhos assim como amo vocês garotos.

D.- Me poupa seu idiota sangue-suga de bosta! Eu não vou trabalhar aqui Nicolae, eu vou embora agora mesmo!

V.- Você não irá a lugar algum Drogo, prometi aos seus pais que se algo acontecesse a eles que eu cuidaria de vocês quatro.

N.- Não há necessidade disso Viktor

V.- Nicolae, você pode ser o mais velho dos meninos mas ainda assim sei que sente a perda de seus pais, e sei que me culpa pela sua morte, mas posso tentar compensar você, deixe-me ao menos, pagar meu pecado por ser a razão deles não estarem mais aqui.

N.- Isso ficará nas mãos de Sebastian, não estou com cabeça para isso.

Nicolae saiu e Viktor me olhou, eu realmente tenho ódio pelo Viktor, e jamais o perdoaria, mas... Klara o ama como um pai e o respeita como tal, eu não quero deixar ela aqui sozinha com ele outra vez, não agora que sei que ela está viva.
Com um suspiro profundo eu me aproximei dele e com o máximo de calma que consegui, respondi.

S.- Ficaremos.

¿Contínua?

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