O fim da garota prodígio

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Prodígio.

Um nome que todos associavam a garota loira.
Talvez pelo fato das notas ou pela mesma ter um QI avançado que orgulhava seus professores.
Mas não era só isso.
Adora Grayskull Primeiro nada mais era do que um sonho de professor, a garota era simplesmente boa em tudo, notas, xadrez e jogos como o basquete da sua escola.

Mas é claro que era proibido meninas se sujeitarem a esse tipo de coisa o que fazia com que a garota se contentasse com o xadrez e algumas atividades de educação física que o maldito Ditador não tenha proibido.

E é aí que vamos ao assunto principal.

Me digam: O que a garota prodígio da Escola de Lua Clara fazia ali na Biblioteca da Escola em pleno sábado depois de ter enganado a Bibliotecária Casta?
A resposta é:
Nem ela sabia.

Adora estava preocupada e com muita raiva do irmão naquele momento.
Ah é mesmo...
Ela tinha um irmão. E assim como a irmã, o mesmo brilhava naquele colégio.
O desejado Adam.
Adam Grayskull Primeiro.

Ambos filhos de pessoas importantes, o próprio sobrenome indicava isso. Aliás não é qualquer um que carregava um sobrenome daqueles.
Os primeiros eram e ainda são a famosa família que veio de uma linhagem real da Europa. Que com o passar dos anos foi esquecido que aquela porcaria de país já teve um Rei.
O Reino de Áustria mais precisamente.

Bom, isso não impedia dos seus futuros herdeiros fazerem história.
A linhagem sempre se envolveu com a política e por se meter com pessoas e poderes pesados, os atuais Primeiros foram assassinados á sangue frio deixando os gêmeos órfãos.
Não tão órfãos, já que na carta que seu pai deixou, lá dizia que sua vó Razz ainda estava viva e era a única que tinha a guarda legal dos dois.
Ainda novos os dois foram ao Brasil morar com a vó que havia ido para o continente sul americano á fim de escapar da guerra da Alemanha do maldito nazismo.
Descendentes de alemães, os Grayskull eram a "raça" pura que todos tinham inveja.
Loiros, olhos azuis e sangue azul(claro).

Só tinha um problema: abominavam a guerra.
E atraiu atenção de inimigos. A regra era clara.
Se não apoiassem o nazismo então a pena para os alemães seria a morte.
Dito e feito.

E bom... Agora, "ele" estava metido nessa também.

Seu querido irmão Adam estava assinando sua cara no mapa dos nazistas que a essa altura estava a todo vapor querendo caça-lo.

Mas o mesmo o tranquilizava dizendo que era só dinheiro que queria, nada mais.
E assim, com sua namorada recém grávida ele se mudaria para outro lugar, quem sabe que lugar seria esse, seu irmão não disse, não queria envolve-la. Alegava que quanto menos souberem, menos risco as duas corriam.

Adora e Razz estavam preocupadas, mas se era só o dinheiro que o irmão queria para sair livre daquele movimento, então ele teria.
Depois que descobriram sobre a real morte dos pais, Adam resolveu montar um movimento contra o nazismo dentro do Brasil, na época o mesmo sofria uma ditadura também então ele estava lutando pelos dois países ao mesmo tempo já que o nazismo e a ditadura eram similares.

Não queria envolver a irmã, mas precisava do dinheiro para fugir dali.
Com a ajuda de Casta, Adam marcou de se encontrar com Adora na Biblioteca.

Por isso a mesma estava aquela horário esperando a chegada do irmão que estava demorando.
Demorando até demais.

Adora bufa e passa a mão na saia de pregas abaixo dos joelhos como um gesto nervoso para controlar sua ansiedade.

Aperta com o braço esquerdo o pacote amarrotado de maços de dinheiro que sua vó a muito custo conseguiu e suspira pela milésima vez.

O crime de Bright MoonOnde histórias criam vida. Descubra agora