A manhã se passou preguiçosa. Eu e Alec ficamos jogados no sofá jogando conversa fora e relembrando alguns momentos que passamos juntos, incluindo os natais dos últimos anos e os meus amores de natal.
— E a paixão desde ano, Valen? Você não chegou me dizendo que estava apaixonada por ninguém — Quase engasgo com a pergunta, já que ontem quase achei que pudesse ser Alec a minha paixão de natal.
— Ainda não apareceu — Dou de ombros. — Talvez essa coisa tenha perdido o encanto.
— Bem, o natal ainda não acabou.
— Quem sabe um dos seus primos não seja a minha paixão de natal?
— Duvido.
— Ué, por quê?
— Vincent vem com a namorada, Arthur e Michael não virão esse ano — Ele enumera nos dedos enquanto fala. — Meus outros primos ou são mais velhos ou são crianças.
— Nenhuma das suas primas vai trazer algum amigo solteiro?
— Por que elas trariam, Valentina?
— Eu sou sua amiga e vim passar o natal com a sua família — Dou de ombros. — Natalie ou Julie podiam fazer o mesmo.
— Se você não conhecer ninguém nesse natal, a gente sai pra algum lugar no ano novo.
— E se ainda assim eu não conhecer ninguém?
— Aí quer dizer que você vai ser uma pessoa normal que não se apaixona todos os anos no natal. Quem saiba assim você não possa aproveitar o carnaval ou o dia dos namorados. — Jogo uma almofada nele.
— Eu sou normal tá? — Ele arqueia a sobrancelha como se dissesse "certeza?". — Vamos mudar de assunto, vai.
— Tá bem — Alguns segundos depois ele me joga outra almofada e ficamos assim por certo tempo, até estarem os dois caídos no chão, com todas as almofadas espalhadas pela sala.
A última almofada — e a que estava mais perto de nós — estava a alguns centímetros de mim. Me estiquei para pegar, mas Alec se lançou em cima de mim pela almofada marrom.
O resultado foi ele praticamente em cima de mim, segurando minhas mãos e eu tentando empurrá-lo com os pés. Exatamente do jeito que ficávamos quando fazíamos guerra de travesseiros na nossa infância. A diferente é que eu nunca tinha notado o quão perto as nossas bocas ficavam quando estávamos assim e... Espere! O que raios eu estava pensando? Na boca do meu melhor amigo?
— Vocês ainda parecem as duas crianças que estudavam juntas — Uma voz soa perto de nós, o que me fez dar um leve salto de susto e me levantar quando Alec se virou.
— Oi, pai.
— Oi, tio Richard — Eu disse.
— Quanto tempo eu não te via, Valentina. Está tão adulta! — Soltei uma risada e Alec também.
— Eu ainda apreço aquela criança ou estou tão adulta? — Questiono.
— Os dois, querida — Sorrio e abraço o pai de Alec. Ele e tia Claire sempre foram maravilhosos comigo.
— Richard! Venha logo! — Uma voz autoritária soa da cozinha. — Alguém precisa me ajudar nessa cozinha se quiserem comer hoje.
— Já vou, querida! — Ele respondeu indo em direção a cozinha.
— Acho melhor irmos ajudar sua mãe, Alec.
— Ah, Valen... — Ele reclamou indo em direção ao sofá.
— Nada disso — Puxei-o pelo braço. — Vem — Seguimos até a cozinha, onde Richard e Claire estavam na bancada com alguns preparos. — Querem ajuda?
— Ah, querida, não precisa se incomodar — A morena respondeu quando nos viu.
— Tá vendo, Valentina, a gente não precisa fazer nada — Meu amigo reclamou do meu lado.
— Eu disse que a Valentina não precisa fazer nada, ela é visita. Você podia muito bem ajudar lavando a louça, Alec.
— E a Valentina é visita desde quando? Ela vem aqui desde sempre!
— Ela mora nessa casa? — Ele balança a cabeça. — Então sim, ela é visita. — Diálogos como esse eram comuns entre a família Lautner, e eu adorava. Eu os via como minha família, e sabia que era vista assim por eles.
Inconformado, o moreno ao meu lado seguiu até a pia. Ele começou a lavar os pratos e talheres enquanto os mais velhos voltavam a cozinhar.
— Deixa que eu seco — Peguei o pano de prato do ombro de Alec.
Ficamos ali por um tempo, até Alec fechar a torneira e eu colocar o último prato de volta no armário.
— Pronto.
— Você esqueceu uma coisa, Alec.
— O quê? — Ele percorre o olhar pela pia e, no momento em que se vira pra mim, passo a mão com sabão nele.
— Tá sujo aí — Digo rindo alto, o que atrai os olhares de Claire e Richard, que riem também.
— Você não deveria ter feito isso, Valentina...
— Por quê? — Digo ainda rindo apoiada na bancada. — O que você vai... — Sou interrompida quando o moreno abre a pia e joga água no meu rosto.
— Isso me pareceu um chamado pra guerra — Richard disse para a esposa.
— Aposto que ainda vai sobrar pra gente... — Enquanto eles conversavam, eu e Alec nós atacamos com água e sabão, molhando boa parte da cozinha, e, ao fim, Richard e Claire também. Aquele foi o ponto alto da tarde e rendeu boas risadas para os quatro.
Atrasei mas cheguei! E aí, gente, tudo bem com vocês?
Esse capítulo da Valen e do Alec foi tudo pra mim, sério. Agora quero saber o que vocês acharam. Me contem!
Ah, e o principal: a Valentina disse que não encontrou o amor de natal desse ano... O que vocês acham disso?
Vejo vocês em breve com mais um capítulo, ok? Fiquem bem, beijos e até mais ❤️✨
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Amor de Natal
RomantizmVocê já deve ter ouvido falar sobre amor de carnaval, não é? Mas e amor de natal? Valentina Olsen sofre de algo que ela carinhosamente chama de amor de natal. Todo ano, nas festas de fim de ano, ela se apaixona por alguém. Mas a paixão nunca dura a...