Capitulo doze.

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Hoje eu cheguei bem cedinho. Espero que gostem do capítulo e se gostarem podem encher ele de comentários e votos. Por favor!

Boa leitura.














— Eu acho que isso não vai dar certo, Mingyu.

— Confia em mim, Kyungsoo. – o moreno em sua frente segurou suas mãozinhas e encarou suas orbes castanhas. — Só assim pro meu irmão sacar que gosta de você.

— Mas... mas não dá. Eu não quero que ele se sinta pressionado em relação a nós. – desviou o olhar.

Estavam no banheiro masculino do campus. Mingyu tinha descoberto que eles haviam sido namorados de mentirinha no Natal, mas quando retornou, soube que ambos estavam nutrindo sentimentos um pelo outro.

E queria ajudar.

— Ele não vai, cacete. É só pra dar um susto nele.

Kyungsoo suspirou.

— Tá. Mas o que você pretende falar pra ele?

— Vou ser um babaca, oras. Vou falar um monte de merda sobre você e ele vai querer me bater e tudo mais. Já vou até me desculpando pelo que vou dizer, mas vai ser necessário. – Kyungsoo riu um pouco revirando os olhos. Encarou o sorriso de Mingyu e suspirou. — Ele vai querer me socar e depois vai correr atrás de você achando que te perdeu pra mim.

Em outro momento ele estaria surtanto por conversar com seu crush. Agora, ele só queria estar com a pessoa que era a última em seu pensamento. O moreno de sorriso galanteador e bobinho.

— Tudo bem. Tudo bem. Mas se der alguma merda eu não aceitei isso. Beleza?

— Beleza!!

|..|

— Anota o que eu to falando: Ele vai atrás de você.

Jungkook disse colocando um punhado de pipoca na boca. Estavam no dormitório ajudando Kyungsoo a se arrumar pelo encontrinho que teria.

— Ele não vai atrás de mim. É certo que não.

— Jongin é bem pra frente. Acho que é capaz dele ir. – comentou Lalisa.

— Ah! Eu não consigo ajudar... – Junmyeon fez um bico. — No mesmo tempo que eu acho que ele vai, me aparece coisas dizendo o porquê que ele não vai. Ele pode ir achando que o Mingyu vai fazer alguma coisa contigo. Já ele não vai porque tem medo de estar nutrindo sentimentos por um homem.

— Tá, gente. Vou saber quando chegar lá. – Passou um perfume rapidamente. — Agora eu tenho que ir. Tchau e me desejem sorte.

— Boa merda pra você!


Eles estavam na pracinha bem afastado de todos enquanto tomavam sorvete de casquinha. Até que eles tinham um bom diálogo que fazia com que a conversa fluísse. Ficariam ali até um tempo estimado. Se Jongin não chegasse, Kyungsoo desistiria.

— Era legal quando éramos mais novos...– exasperou. — Taehyung chorava por tudo, eu ficava sem entender o que estava acontecendo e Jongin Hyung pulava pela casa rindo do Tae. – Kyungsoo sorriu. — Depois crescemos e cada um fazia o que bem entendia. Eu ficava jogando, Tata no celular e Nini pintando as artes dele.

— Vocês eram bem unidos, não é?

— Sim. Mas depois que a maioridade chega você começa a ter responsabilidade e se esquece de tudo em sua volta. Eu e meus irmãos não temos mais isso de ficarmos juntos e protegemos um o outro. Agora é meio que cada um por si.

— Entendi. Vocês são bons garotos.

— Pra amizade pode contar comigo. Relacionamento não. – riu pequeno. — Nossas mães nos ensinaram certinho em ajudar alguém e é isso que estou fazendo. Quero ver meu hyung e você juntos.

— Não acha errado? Tipo... é dois homens.

Enfatizou.

— Pra mim, foda-se. Você fica com quem quiser. Se quiser comer cu, que coma. Se quiser dar o cu, que de. A única coisa que eu acho errado é que fiquem dando opinião sobre minha vida, sacô?

— Saquei. – riu do próprio comentário e lembrou-se de Jongin. Ele também tinha mania de falar "sacô". — Antes de viajar com o Jongin eu gostava de você.

— Sério? E por quê parou? – encarou Kyungsoo que sorriu baixinho.

— Nini disse que você não prestava.

Começou a rir do moreno com sua cara incrédula.

— Que bicho nojento, cara. – Mingyu disse rindo, mas inconformado. — Eu aqui ajudando ele e aquele vagabundo falando mal de mim pelas costas.

— Mas olha, eu não teria chances contigo, então foi bom. Mas depois que ele disse isso, eu passei a odiar você e ele.

— Nos odiar?!

Perguntou afobado.

— Eu já não gostava muito do Jongin na época e comecei a não me simpatizar com você depois do que ele disse. Mas agora passou. Não odeio nenhum dos dois.

— Que bom. – suspirou e depois sorriram.

Continuariam a conversa se não fosse pela forte chuva que começou a cair onde estavam. Começaram a correr desesperados à procura de um teto para não se molharem.

Mingyu segurava na mãozinha do menor para que ele não escorregasse no chão molhado.

Jongin o deixaria sozinho e riria se Kyungsoo caísse.

— Caraca! Que merda, cara! – comentou Mingyu depois de que encontraram um bom lugar para ficarem. Estavam sozinho na praça. Todos já entraram em seus carros para não pegarem chuva.

— Acabou com nosso encontrinho fake. – Kyungsoo suspirou colocando as mãos na cintura. — Na verdade, eu tenho que parar com essas coisas falsas. – Virou-se para o Kim ficando de costas para a praça.

— Você se arrepende de ter escolhido ser namorado falso do meu irmão?

— Não. Nunca vou me arrepender. Com ele eu me diverti muito. Fui quem eu nunca seria com outras pessoas. Ele...– Suspirou. — Ele é tão legal. Tão gente boa que me deixa bobo.

— Você gosta dele mesmo, não gosta?

Mingyu perguntou com um sorriso de quem estava aprontando algo.

— Eu amo seu irmão. Como amigo, como um namorado de mentira. Como tudo. Seu irmão era o meu tipo de garoto. – riu pequeno. — Pra mim, o namorado ideal deveria amar a arte assim como eu. E eu encontrei ele... mas eu entendo se não fomos feitos para ficarmos juntos. É a vida, não é?

— Gostaria de saber o que ele pensa? Se é o mesmo que você ou se ele não gosta de tu?

Indagou Mingyu e Kyungsoo o encarou.

— Sim e ao mesmo tempo não. Tenho medo de não ser recíproco e eu ficar mal com isso. – murchou os ombros. — Eu tentei contar pra ele no ano novo. Contar sobre todos os meus sentimentos, mas ele estava bem acompanhado com uma garota.

Sorriu falso lembrando-se da cena.

Mingyu não sabia se encarava o menor em sua frente ou se olhava para trás. A vontade que tinha era de gargalhar daqueles dois garotos idiotas. Era por isso que não namorava.

Um silêncio se estalou até um minutos depois quando uma voz disse:

— Você gosta de mim mesmo, coração?

Família... este é o meu namorado. Onde histórias criam vida. Descubra agora