Dancing With Your Ghost

Cap V

Se o amor estiver na sua porta, você abre ou fecha? Convida ele para entrar ou pede para passar mais tarde? Se o amor está na sua frente, te dizendo para tentar, você foge ou se entrega?

Solto seu cinto e ele ajuda tirando o resto, o guio para a cama e sento em seu colo. Passo a perna por sua cintura enquanto me encaixo. Ele tira minha blusa com ansiedade. Beija meus seios ainda por cima do sutiã.

Nossos corpos acendem, os batimentos aceleram, a respiração falha e é preenchida pelo ar do outro.

Eu já estava meio tonta depois de quatro cervejas, mas eu sabia muito bem o que estava fazendo. Estava olhando no fundo do precipício e ele olhou de volta para mim.

As mãos firmes me enlaçam pela cintura com urgência, e uma delas sobe pelas minhas costas e segura meu cabelo, expondo meu pescoço para o beijo ardente que viria. Eu respiro fundo, e um gemido escapa dos meus lábios.

Ele gira meu corpo e me deita na cama. Segura minhas coxas com força e abre minhas pernas, se encaixa, descendo o beijo pela cintura, barriga e quadril. Sua boca encontra minha calcinha de renda já encharcada e nossos gemidos aumentam. Ele me encara, fixamente, me prende em seus olhos enquanto tira minha calcinha. Seus dedos me invadem e seu beijo cala meus gemidos. Rebolo insana em sua mão, desesperada pelo gozo que ansiei todas as noites em que ficamos longe, mas ele não deixava vir.

Ele se aproxima de minha boca mas não me beija, fica só curtindo a minha vontade em tê-lo, recebê-lo em meu corpo...

— Eu quero você, Taylor... Agora...

— Estamos ferrados a partir de agora, você sabe disso, não é?

— Sim! Estamos ferrados! — Eu confirmo.

— Eu quero você, Harper...Não existe outro lugar que eu queira estar mais do que aqui. Eu sabia que eu ia acabar aqui com você.

Ele fala sem afastar a boca da minha.

Ele finalmente se entrega ao meu beijo, os cabelos caem sobre o meu rosto. Um perfume de shampoo, de homem, de pele, invade minhas narinas.

Laceio sua presença até que ela caiba em mim por inteiro. Eu sei que aqui não existe espaço para milagres, a vida está seguindo seu rumo, não posso prendê-lo, nem tentar fazer agora o que não pude fazer antes. E nem nunca vou poder.

Ele me penetra, segura minhas coxas e entra em mim devagar, me torturando lentamente, parte por parte até me preencher por inteiro. Sinto sua pele quente na minha pele, seu peso sob o meu corpo, gritos ecoam pelo quarto e a gente goza.

Eu estou sem ar. Sem chão.

Ainda em cima de mim ele me beija, o rosto suado, a boca quente e macia...

— Desde o dia que eu te beijei naquela piscina, eu sabia que você seria especial na minha vida, Harper! Tentamos esconder nossos sentimentos, mas pelo visto nenhum de nós conseguiu.

— Eu não sou mais aquela garota, eu sou uma mulher muito diferente do que você "sonha". Você sabe, Taylor! Eu não me vejo nesse comercial de margarina que você deseja. Eu não sou boa para você, sou cheia de defeitos...

— Você é perfeita! Eu não consigo me afastar, Harper! Eu não consegui...

Ficamos em silêncio, olhos nos olhos.

Qual a voz que narra o silêncio? Qual o silêncio que consegue ser de fato descrito?

A doçura que ele traz espanta os amargos medos de dentro de mim.

"Eu te amo Taylor", falo mentalmente.

— Vem cá!

Ele me puxa para seu peito e me abraça.