|| Capítulo 7

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Depois daquela noite, tudo ficou um pouco mais... Íntimo. E estranhamente, tão bom, correto e familiar que às vezes os confundia. Dois dias se passaram depois disso, e na segunda noite Noah apareceu novamente no quarto de alfa fazendo a mesma pergunta. A terceira, quando Noah estava indo para o seu quarto, Josh o segurou pela cintura com cuidado e o convidou para dormir com ele. Agora eles estavam lá, sob a mesma colcha, compartilhando o calor do corpo um do outro. Uma luz fraca vinha do corredor, em uma linha tênue que não chegava onde eles estavam.

Eles estavam cara a cara, olhando um para o outro. Noah, apesar de ser mais baixo do que o alfa, se sentia completamente mais pequeno sob as carícias do mais velho. Josh estava tocando gentilmente seu rosto, passando as pontas dos dedos por sua pele macia, fazendo pequenos círculos enquanto, suspirando suavemente. A atmosfera estava calma, relaxada. O doce aroma de Noah inundou os sentidos do alfa, e ele gostou. Ele gostou tanto que estava respirando com dificuldade para senti-lo plenamente. Sua pele coçava a cada respiração, absorvendo o ômega. Noah acariciou o braço nu do alfa, umedecendo seus lábios com a língua.

Josh: Você é o ômega mais lindo de todos - Sussurrou quase como um segredo entre os dois - Noah, seu cheiro é tão delicioso.

O mais novo estava grato por não haver luz, porque ficou corado até a morte.

Noah: O-obrigado Joshy - Murmurou aceitando a carícia em seu pescoço. Ele ronronou - E você é o melhor alfa que já conheci, o melhor. Gosto de estar com você, assim - Assegurou, com a voz trêmula.

Nestes dias, dormir nos braços fortes do alfa, com o nariz enterrado no peito e abraços amanhecendo e impregnado com o cheiro do outro fazia os dois perceberem que havia algo a mais. Que não eram simplesmente conhecidos compartilhando um lugar e um espaço. Havia algo mais lá, latente e que nenhum se atreveu a dizer por medo da reação do outro.

Josh: Sério? - O peito do alfa inchou de orgulho quando ele ouviu isso do ômega. De seu ômega, Beauchamp tinha certeza disso - O melhor? - Ele perguntou entusiasmado. Noah acenou com a cabeça, mal rindo, envergonhado - Você nunca me disse isso Nô e eu também gosto de estar com você, aqui e assim - Confessou, passando por cima do ombro do garoto até que ele alcançou sua mão e assim entrelaçou seus dedos.

Noah: Sim - Ele concordou - O melhor. Ninguém nunca me deu tanto sem me pedir nada em troca... Nada de... Sexo - Encolheu os ombros - Todos os alfas da minha vida me procuraram para isso, não sei fazer mais nada - Admitiu ele com uma voz embargada.

Josh: Não, não, não diga isso, doce ômega. Por favor - Ele se aproximou do menino, toda vez que se sentia triste, seu alfa o encorajava a ficar mais perto o quanto podia. Ele temia que em um futuro próximo não se afastasse do lindo moreno de olhos verdes - Tenho certeza que você sabe fazer muita coisa, lindo - Noah também se aproximou, estando a centímetros de distância.

Noah: Você acha? - Perguntou e seu coração acelerou com a proximidade, o calor do alfa e seu cheiro forte e familiar.

Josh: Claro que sim - Assegurou - Eu sempre irei respeitar você, sempre. E se eu não fiz nada até agora, é porque eu respeito você e quero que você se sinta confortável perto de mim, e não porque você acha que eu quero algo em troca.

A respiração do ômega engatou. O próprio Josh acariciou seu rosto, cheirando a café e hortelã.

Noah: Ehm... Você... Você jura? - Perguntou um pouco atordoado com a confissão do homem mais velho - Quero dizer, se eu quisesse...

Josh: Se você quisesse, eu diria a todos Nono. Eu gosto de você, ômega. Gosto da tua companhia, do teu cheiro, de estar contigo na cama e de partilharmos calor, gosto de tudo - Confessou tonto com o aroma requintado que o ômega libertou - Desde o primeiro dia que te vi. Quando colidimos na porta do banheiro da... Daquele lugar - Um calafrio percorreu o corpo de Noah com a memória do bordel.

𝐁𝐮𝐫𝐝𝐞𝐥 ° 𝐍𝐨𝐬𝐡 ✓Onde histórias criam vida. Descubra agora