-Kou atrás– falei vendo que minha mãe tinha feito um toque pro fundo da quadra.
Ele recuou e caiu de cara na grama mas não conseguiu pegar a bola, eu ri de leve vendo que ele ficou deitado no chão por alguns minutos antes de se recuperar.
-Foi um belo passe meu amor – Meu pai disse da varanda com uma xícara de chá.
-Parece que eu ainda levo jeito – ela disse, Dan a abraçou pelos ombros beijando sua cabeça em seguida.
-Você é tudo mãe. – ele comentou, e eu ajudei o meu amigo se sentar. Não sei como que dividimos em dupla desse jeito, na verdade eu sei bem, minha família estava fazendo um complô contra mim.
-Hey juiz você não está sendo imparcial – reclamei.
-O que eu posso fazer se o amor da minha vida está jogando desse lado da quadra – ele deu de ombros, minha mãe soprou um beijo pra ele.
-Ah vocês dois me dão dor de cabeça – falei e me virei pro meu amigo – Oh você está com um arranhão.
-Estou? – Bokuto passou as costas da mão no rosto deixando uma mancha, era uma linha bem fina quase imperceptível mas que estava sangrando.
-Melhor encerrarmos por hoje – minha mãe disse – Deve estar quase pronto o jantar, venha querido vamos desinfetar esse seu corte.
Minha mãe o chamou e Bokuto olhou pra mim como que pedisse uma permissão sorri em resposta – Vai lá.
Minha mãe apoiou a mão nas costas dele e o guiou pra dentro de casa. Eu tinha certeza que ela ia dar uma de psicóloga pra cima dele afinal era a profissão dela.
Assim que o visitante saiu do meu campo de visão franzi o cenho – Qual é o problema de vocês todos? Não podem simplesmente cuidar da própria vida de vocês?
-Você faz parte da minha vida – meu pai respondeu aéreo, velho incorrigível.
-Vocês dois sabem do que eu estou falando – e olhei para Dan – Você principalmente sabe as minhas motivações e sabe que eu não vou abrir mão do meu objetivo por romance, agora.
-Agora? – ele perguntou – Quer dizer que depois vai então?
-O que vocês querem de mim um tipo de confissão? Vocês querem que eu diga que eu ame ele ou algo do tipo? – Talvez eu tenha falado um pouco mais alto do que eu deveria, coloquei a mão na minha boca e olhei pra porta da casa, eu esperava do fundo do meu coração que ele não estivesse ouvindo.
-Porque vocês não deixam eu resolver as minhas coisas do meu jeito, que saco. – falei rápido - Estou cansada de ouvir, você deveria fazer isso, porque não fala aquilo, fala pra ele... Mas e eu fico, como?
-A sensação de queeu não estoudandoomeumelhoretenhoum compromissocomotimeesenãodercertoaSoravaime-
-Wow, wow, wow – Dan se aproximou e colocou as duas mãos uma de cada lado do meu rosto e me forçando a encostar a cabeça no tórax dele – Respira capitã.
Só então percebi que eu tinha falado tão rápido que não tive tempo para respirar, respirei fundo enquanto sentia meu coração batendo acelerado a sensação era de que ele estava batendo dentro do meu ouvido.
-Tudo bem, desculpe. – Dan disse - Não vamos mais pegar no seu pé por causa disso okay, respira fundo.
Soltei o peso dos meus ombros, eu odiava ser cobrada de uma atitude que eu não estava pronta pra tomar, é egoísta por "n" motivos e eu sei disso, mas não adianta fazer algo para agradar os outros e ficar de mal comigo mesma...
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Champions - (Bokuto x [Nome])
Fanfiction*Sequência da História Legends O segundo ano começou, o time de vôlei feminino está com novos ares. E com mais sede de vitória do que nunca! Mas antes disso o renovado Grupo Fuyumi de treinamento faz a sua estreia no seu primeiro acampamento de trei...