Narrador:
Alguns dias depois...
Ultimamente o carinho entre as duas havia crescido, as demonstrações físicas afetuosas, como beijos e abraços constantes.
Uma compilação de sentimentos insanos e incontroláveis levavam Larissa a agir com civilidade, educação e gentileza com Ohana. Seus olhos pareciam mais fortes, vivos, intensos. Sua fala já era mais constante e seu jeito frio havia se derretido por completo quando estavam a sós.
Era visível sua vulnerabilidade e isso podia ser algo negativo.
No mundo terrível que Larissa vivia, tendo como cargo principal a responsabilidade de cuidar de uma máfia na América Latina inteira, vulnerabilidade era algo tremendo.
Vulnerabilidade significava fraqueza, fraqueza significava falta de poder e intimidação... e falta de poder e intimidação, levavam a morte.
Levavam a morte porque o fim trágico só era esse. Larissa sempre soube. Alguém como ela nunca poderia ousar ter paz, isso era inquestionável. Estava sempre indiretamente fugindo da polícia, seja com propinas, crimes ocultados ou vez ou outra colocando outras pessoas na jogada, as traindo e empurrando em direção ao presídio.
Era melhor que fosse eles, a ser ela em uma cadeira esperando por uma injeção letal.
Otávio via Ohana como uma ruína para a irmã e não queria que Vinícius, o amor de sua vida passasse a ser a sua ruína. E vê-la sozinha na sala de casa foi um ótimo momento para confronta-la.
-Otávio: Você é tão imbecil.
-Larissa: Cala a porra da sua boca! - ela disse tediosa. - "você é tão imbecil" - ela repetiu com voz infantil, tanto quanto debochada. - Já parou pra perceber o quanto me irrita?!
O moreno se aproximou um pouco, e com seus rostos a milímetros se manteve encarando Larissa. A morena não relutou ou sentiu medo se levando a rendição. Se manteve estática, mantendo o olhar controlador.
-Otávio: I HATE YOU! - seu gritou foi grosso, tremendo.
O moreno sorriu de canto, frustrado.
-Otávio: Não pode fazer tudo que acha que pode! Sou seu irmão, não pode continuar controlando minha vida como a porra de um jogo divertido pra você! - ele dizia extremamente alto a milímetros do rosto da irmã.
Larissa assumiu a postura rígida e fria, agindo com palavras maldosas. Era assim que costumava agir quando questionavam suas ações ou duvidavam dela.
-Larissa: Posso. - ela disse em um tom audível, sem irritabilidade ou estresse. - Eu sempre pude e você sabe disso.
-Otávio: Sou o injustiçado, que comete milhares de erros mas nunca o lamentado. E enquanto você tem tudo o que quer eu tenho essa fodida família egocêntrica que não se importa se estou vivo ou morto! - ele dizia em um timbre vocal rouco, grosso e alto.
-Larissa: Cala a boca! - o tom de Larissa aumentou o empurrando até a parede segurando o pelo pescoço. - Todos nós sofremos, todos nós fomos injustiçados!
-Otávio: Vai me sufocar até a morte? Como faz com quem confronta você. - ele questionou em um fio de respiração. - Vai em frente, Lari, me mata. - disse com dificuldade.
Larissa o encarou por alguns segundos travando o maxilar, e engolindo em seco. Soltando-o em seguida. O moreno sem forças enquanto chorava silenciosamente deslizou até o chão sentando-se, ainda respirando descompassado.
-Larissa: Não vou matá-lo idiota. - ela disse severa. - Apesar do seu comportamento ainda é meu irmão.
A morena virou-se de costas para sair mas foi impedida.
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𝕃𝕒 𝕄𝕒𝕣𝕗𝕚𝕒 - Ohanitta
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