𝕃𝕒 𝕄𝕒𝕣𝕗𝕚𝕒 - Ohanitta

Entregue a mídia

Narrador:

As idas e vindas ao hospital materno foram frequentes, análises e exames, um controle mais complexo sobre a vida da gestante. As ordens de Larissa. Ela queria simplesmente tudo meramente calculado, evitando assim, da forma possível qualquer custo que colocasse a vida de sua esposa em risco outra vez. Tudo que pudesse ser impedido seria.

Quando a barriga passou a ser completamente notável, primordialmente, Ohana passou a evitar as redes sociais e as ruas, queria manter isso o mais privado possível. Convenhamos que o mundo digital muitas vezes é colocado como "terra sem lei", são proferidos inúmeros ataques sem controle, gerando como consequência uma destruição emocional tremenda. Larissa prezava e zelava pelo bem-estar da esposa, assim como a própria, e quando colocaram sua imagem e emocional a risca... a morena não pensou duas vezes em tomar medidas drásticas.

-Larissa: Dinheiro é poder, Otávio. - a morena mencionou com sua voz profana, enquanto finalizava os passos, após chegarem ao píer. - E dinheiro temos de sobra.

A mulher de postura autoritária, que vestia apenas um robe negro, de seda, elevou o copo com whisky aos lábios. Desfrutando do sabor amargo e alcoólico, ele descia por sua garganta como ácido, queimando-a internamente. Mas aquela sensação era adorada por ela.

-Larissa: As pessoas só respeitam o que temem. - soou calculista, enquanto analisava o lago a sua frente. - É necessário que eu continue sendo o motivo da temência delas. Ou não respeitarão minha família.

Seus lábios carnudos deliciaram-se outra vez do amargor da bebida com tonalidade caramelo. Seus olhos escuros e gélidos, encararam a irmã mais nova que a observava com tremenda atenção.

-Larissa: Enquanto houver respeito, haverá poder. Estaremos assim, consequentemente, sempre no topo. - soou com toda sua sabedoria. - Se fraquejarmos, seremos colocados sob vontades alheias. E eu não me submeto a vontades alheias.

Lexa podia analisar seu corpo bem feito, completamente demarcado pelo tecido fino que vestia. Os seios ressaltados, e as finas correntinhas em seu pescoço. O maxilar bem firme, os lábios róseos e fartos. Os cabelos presos em um coque desgrenhado, entretanto a deixava fodidamente linda. A cintura escultural e demarcada, a bunda grande e as coxas grossas. Larissa era como uma raridade sob medida, exemplificada como a pura beleza humana. Aos olhos de Lexa.

-Larissa: Eu farei o possível para manter meus filhos e Ohana intacta. - engoliu em seco, sentindo todo o ódio persuadi-la. - Não haverá jornalista de inferior categoria que me pare. Encontrem a merda da pessoa que deu para a mídia, a informação da gravidez...

Otávio sentiu a respiração controlada em seu ouvido, e rapidamente fechou os olhos.

-Larissa: Eu vou matá-la com todo prazer do mundo. - aquilo soou tão cortante como lâminas afiadas, e Otávio sentiu seu corpo suar frio.

Arielle observou a personalidade que já não via a muito tempo. Aquele olhar frio e protetor, que parecia ter como único objetivo de vida a vontade famélica de matar.

-Larissa: A todo momento chega mensagens de ataque no celular dela, com xingamentos e falas absurdas. Conseguimos manter isso em sigilo até agora, chegamos em silêncio ao 8º mês de gestação e ela estava bem. Não existem fotos, não existem falas de confirmação dela ou minha. Existe apenas a porra de um "contato" que deu a Léo dias o que ele tanto queria. Encontre quem foi.

-Otávio: Eu irei encontrar. - assentiu milimétrico enquanto era posto sobre o olhar odioso, severo e firme.

(...)

Lauren cuidava da mãe no andar principal da mansão, Ohana encontrava-se bem fisicamente. Mas emocionalmente essa já era outra história. Havia desvencilhado-se do aparelho telefônico e qualquer outro meio que a conectasse com o mundo digital social.