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Nem bem a porta se fechou atrás de mim e começamos a nos beijar. A Íla era uma mulher de muita iniciativa, ela nem me deu a chance de tirar seu vestido, quando me dei conta ela estava nua com seu corpo grudado ao meu. Ela foi me despindo e logo estávamos nos amando no sofá da sala. Pense em uma mulher que adora dominar tudo, eu estava me deliciando com aquele jeito dela. Ela foi me envolvendo, eu fui sendo conduzida e levada ao máximo do prazer. Ela projetava-se seu corpo sobre o meu de uma forma que eu mal tinha liberdade para me mexer livremente.
Eu não perdia nenhum lance, nossos corpos num balé de puro êxtase, buscavam mutuamente e incansavelmente o prazer, éramos duas mulheres hábeis e conhecedoras do corpo uma da outra, compartilhamos do mesmo desejo e expertise. Dei total liberdade para que ela fosse e fizesse comigo o quem bem quisesse. Ela tinha uma vontade insaciável aliada a habilidades que me surpreenderam, eu me deixei ser possuída e tocada de todas as maneiras que ela poderia fazer. Nos rendemos a exaustão com os corpos embebedado em suor e prazer, caímos uma ao lado da outra em pleno êxtase e volúpia.
Ela de olhos fechado e eu com os meus bem abertos para ter certeza que aquilo era real, eu precisava fixar essa imagem na minha mente para que ela afastasse todos os fantasmas que ainda me habitavam. Cuidadosamente eu a trouxe para que ela repousasse sua cabeça no meu peito, ela prontamente respondeu ao meu toque e aconchegou-se seu corpo sobre o meu, e ali permanecemos. Não sei o que passava por sua cabeça naquele momento, mas eu estava em paz, eu precisava me sentir desejada, precisava me sentir cuidada, importante. Meu coração estava em paz e aberto à novas possibilidades.
Não me pergunte que horas eram, o silencio da noite e calmaria que desfrutávamos do momento era muito bom, acabamos cochilando grudadas e não sei por quanto tempo, mesmo porque era muito bom a sensação que eu estava experimentando, meus sentidos estavam alertar, como se acabassem de despertar de um longo estado de adormecimento. Despertei do nosso ato de pura luxuria e inerte observava o corpo da Íla junto ao meu e era lindo a comunhão que se apresentava diante de mim. Ela ainda cochilava e eu buscava prolongar o silencio o máximo possível, eu não queria dizer ou fazer nada que pudesse atrapalhar ou estragar aquele momento de pura contemplação.
Preenchi meus pulmões com o seu perfume, inspirei e expirei profundamente algumas dezenas de vezes, acarinhei sua pele e ela abriu os olhos que me olhavam com desejo, deixei-me ser tocada, oferecendo meu corpo para que novas digitais o tateassem cada centímetro meu, meus sentidos degustavam e apreciavam novos aromas e gostos que me libertavam do até então posto. Eu precisava me dar o direito de ver o sol nascer e me apresentar a delicia que é viver novamente, olhar nos olhos de outra pessoas e ver que existe uma nova possibilidade e um novo começar. E olha que não espero romance cara leitora, eu preciso me libertar deste encantamento que me escraviza chamado Heloisa.
Estávamos nuas sobre a penumbra deitadas no chão da sala do apartamento da Íla, a cortina da porta de acesso a varanda movia -se vagarosamente com o assopro do vento, eu a abracei mais forte em resposto senti seu corpo arrepiar-se e anestesiada beijei-lhe os lábios, ela correspondeu o meu beijo e antes que tudo recomeçasse ela disse:
- Será que podemos continuar na minha cama?
Eu sorri, me divertindo com aquela pergunta e respondi:
- Olha, recordo-me de ter recebido um convite parecido algumas horas atrás, porém ele não se concretizou, não chegamos ao quarto. Adoraria conhecer sua cama.
Ela puxou-me pelas mãos me colocando de pé, eu dei um passo a frente e a agarrei pela cintura e grudadas fomos para o quarto. Ela me jogou de barriga para cima na cama, acendendo o abajur ao lado da cama dizendo:

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Vidas pra Contar
RomanceDilemas, sentimento, escolhas e consequências. Um marido capaz de tudo para manter a sua família. Heloísa e Fernanda duas mulheres fortes e empoderas, porém cheias de traumas e perdas, terão coragem de romper com os padrões e viver este amor. Vidas...