- Você pode dizer novamente, só para confirmar que não estou alucinando?
Era a centésima vez que o rapaz pedia a confirmação e a garota já estava ficando impaciente. Em seu íntimo, ela não o culpava. Para alguém que era tão receosa o tempo todo, contar para tanta gente assim, era realmente algo grande.
- Mais uma vez, Urrea: acho que já está na hora de contarmos para o grupo.
Noah não demonstraria, mas estava em festa. Primeiro porque não aguentava mais desviar das perguntas dos seus amigos, não tinha mais desculpas para inventar e odiava ter que tratá-la igual às outras companheiras de trabalho, quando o que sentia não era, nem de longe, semelhante. Diarra, por outro lado, também estava eufórica para pôr um fim em todas as indiretas. Achava que contar, a ajudaria também a deixar de ser tão cautelosa em relação aos que os dois têm ou terão.
- Você sabe que não estou te pressionando, correto?
- Você está meio neurótico não acha, criatura?
Um sorriso surgiu nos lábios do estadunidense, enquanto ele se aproximava do corpo da garota. Ela estava entretida ajustando a roupa e deu um pequeno sobressalto quando sentiu duas mãos segurarem firmemente sua cintura. Seu corpo foi arrastado até topar em algo rígido e, rapidamente, sentiu lábios depositarem um longo beijo em seu pescoço, enquanto suas narinas eram invadidas pelo cheiro familiar que tanto adorava.
- Você lembra da última noite que fomos na casa do Lamar?
A voz que ecoou era tão baixa e melodiosa, que a fez duvidar que não fosse proposital. Noah sentia-se queimar o tempo todo por Diarra. A atração tomou conta dele de uma forma tão arrebatadora, que não lembrava mais como era não sentir calor e desejo toda vez que se aproximavam. Nunca fora carente ou necessitado, mas ultimamente, parecia que nunca tinha o suficiente.
A sincronia dos dois era familiar demais para acreditarem que não deveria ser. E a senegalesa compartilhava da mesma opinião. O que sentia quando estava junto do parceiro de trabalho de uma forma não profissional, era bom demais para não valer a pena o esforço. A maturidade que faltava aos dois para conversar sobre isso, não os impedia de sentir que pertenciam um ao outro.
- Está falando da noite em que você praticamente me atacou no quarto de jogos?
Ele jogou a cabeça para trás em uma gargalhada gostosa, enquanto a virava para si.
- Então eu que te ataquei? - arqueou a sobrancelha, recebendo um aceno de cabeça como confirmação - Se bem me lembro, foi a senhorita que me beijou primeiro.
- Como você é cara de pau, Jacob! - deu-lhe um tapa leve nos ombros - Você me encurralou na parede e ficou me provocando!
- Você está fugindo do ponto, Sylla - a aproximou mais de si - Não disse que joguei limpo, disse que quem me beijou primeiro foi você!
- E você diz isso tão naturalmente assim?! - passou as mãos pelos seus ombros - É ser muito cínico, viu!
Noah sorriu abertamente, o que fez um sentimento gostoso subir pelo peito de Diarra. Ela adorava esses sorrisos sinceros. Fazia com que se sentisse grata por poder tê-lo por perto e compartilhar momentos com ele.
- Nossa, gatinha. Assim você faz bubu no meu coração... - disse, se fingindo de ofendido.
- Faço o quê?
- Bubu.
- O que diabos é "bubu", gatinho?
- Machucado. Falando assim, você faz um machucadinho no meu coraçãozinho.
A menina não conseguiu controlar o riso, fazendo com que o outro a seguisse. Passaram uns muitos segundos rindo como duas crianças, sem sentir um pingo de vergonha pelas besteiras ditas. Quando estavam juntos, tudo era motivo de piada. Tudo era motivo para falarem algo estúpido e não sentirem culpa por isso. Eles ficavam tão leves na presença um do outro, que se perguntavam o porquê de terem fugido ou terem tentado evitar por tanto tempo.
- Não sei quem é mais imbecil, Urrea... Você com essas suas invenções ou eu por rir de todas elas.
- Acho que somos maravilhosos juntos, isso sim - falou descendo suas mãos e colocando-as nos bolsos traseiros da calça dela - Você está absurdamente linda, inclusive.
- Você sempre diz isso... - respondeu, rolando os olhos.
- A culpa não é minha se você é maravilhosa o tempo todo, garota.
Um sorriso envergonhado surgiu nos lábios cobertos por gloss, ao sentir um beijo carinhoso em sua testa.
- É impossível resistir a você, sabia?
- Então não resiste, Di.
- E se der errado?
Viu o garoto suspirar pesado, antes de colar mais seus corpos e olhá-la nos olhos.
- Diarra, entenda: errado é não ficarmos juntos.
O choque dos lábios o pegou desprevenido, mas logo conseguiu retomar o controle da situação. Uma das suas apoiou-se na base das costas dela, enquanto a outra acariciava a lateral do seu corpo. O beijo era calmo, doce. Quase como se estivessem saboreando os lábios um do outro. As mãos dela trilharam o conhecido caminho até se afundarem nos fios claros que já tanto conheciam, puxando-os levemente logo em seguida. O momento se prolongou até a falta de oxigênio começar a incomodar.
- Então, está preparada para encarar aquele bando de pés no saco? - perguntou, ainda ofegante.
- Não?
Noah riu verdadeiramente enquanto dava um selinho na garota e se afastava, tirando a chave do carro do bolso e entrelaçando sua mão direita na dela.
- Então... Você que lute.
Sylla apenas fez uma cara de tédio, seguida por uma careta e o seguiu.
"Seja o que Deus quiser", ambos pensavam.
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Hello hello!
@AnaClaudiaDrew gatinha, parabéns! (já te disse isso, mas não custa repetir!) Vai conquistar o mundo, porque ele não tá nem pronto para você! Você é luz! Te desejar tudo o que há de melhor, ainda parece pouco para o que tu realmente merece! Voa, meu bem! s2
Boa madrugadaaaa!
Como estamos?
Foi mini, né? Piscou, acabou hihihi
Que comecem os jogos, u.u
Se cuidem, por favor!
Sigam sendo incríveis e eu sigo sendo grata por vocês! s2
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We ain't finished yet. - Noarra
FanficA pandemia passou e o grupo voltou. Algumas coisas mudaram, outras continuam exatamente iguais. Sentimentos se tornaram mais fortes, mesmo que não devessem. Como será essa nova fase do Now United? E como Noah e Diarra estarão no meio disso?