Tredici

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@writtenmay esse é para você, gatinha. Obrigada por toda a paciência em me explicar e me atualizar nas coisas, obrigada pela abertura que temos onde posso falar tudo o que penso sem medo. E obrigada também por transformar um mês de conversa em 3 anos de conversa kkkk Espero sinceramente que você goste!

Noah's POV

Não via Diarra há mais dez dias. Digo, não a via pessoalmente. Nós nos falamos por vídeo chamada durante todos esses dias. Talvez a frase: "não beijo Diarra há mais de dez dias" descreva melhor a nossa exata situação. Sinceramente, não sei qual das duas é pior. O tempo que ela passou em minha casa, beirou a perfeição em tantos níveis, que nem sei. Do mesmo jeito que nem sei quantos banhos gelados tive que tomar aquele dia, e como sua risada soava tão contagiante toda vez que ela me via entrando no quarto.

Essa garota me desmontou inteiro. Ela literalmente foi tirando camada por camada até que chegou em um lugar que só ela alcançou. Que só ela ocupou. Nunca fui santo, tive outros relacionamentos. Alguns até achei que foram bem intensos. Mas, estando com Diarra, aí sim conheci o verdadeiro significado da palavra intenso. Claro que não batemos o martelo em que tipo de relação nós temos, concordamos em não colocar rótulos nisso. E concordamos com a não exclusividade, o que é uma baita de uma palhaçada.

Claro que seria, porque fui eu quem sugeri.

Obviamente não porque quero beijar outras bocas, mas porque não queria assusta-la. Depois que falei, percebi que soou meio cachorro que quer ter todas, mas paciência. Agora era torcer para ela não ter conhecido algum francês irresistível e não voltar achando que sou muito menos do que precisa.

Como prometido, ela chegou para a passagem de som. O problema é que tudo foi absurdamente corrido, então não tivemos contato nenhum, além de um abraço trocado no meio de todos nossos amigos. Josh estava sendo um absoluto pé no saco, jogando indiretas sobre o meu "chove não molha" com a Sylla e sobre o fato de não termos contado para ninguém sobre nós dois. "Nem precisa falar nada, todos nós do grupo sabemos. Só fingimos demência", foi o que ele disse. Apenas o olhei com cara de tédio e nada disse.

O trato seguia firme e forte: não nega e nem confirma, só ignora.

As meninas passavam tempo demais se arrumando, o que também não ajudava em nada o fato de não podermos ficar a sós. Antes de entrarmos no palco, Kyle relembrou que algumas músicas foram trocadas de ordem. Todos nós rolamos os olhos, era a centésima vez que ele falava sobre isso. Fora os e-mails que mandou. O cara é realmente profissional.

Eu devia respeitar mais as coreografias dele, inclusive.

Antes de entrarmos no palco, fizemos um círculo e colocamos um dos braços estendidos no centro, como sempre fazemos. Fiz questão de ficar ao lado de Diarra e, no meio do momento, segurei rapidamente sua mão e sorri para ela que piscou rapidamente para mim, antes de nos juntarmos aos outros e gritar.

- É um casal bonito demais... - Bailey e sua falta de noção.

- De que casal você está falando, mesmo? - perguntei, enquanto ajeitava meu ponto de microfone.

- Bancando o desentendido, Noah? - rebateu - Não é como se seu rosto não tivesse iluminado quando Diarra chegou... Parecia que tinha voltado à vida, moleque.

Que merda, viu. Quero saber quando foi que esse cidadão ficou tão observador assim. Realmente é muito bom você brincar com a desgraça dos outros. Antes que pudesse falar algo, Sabina se aproximou de nós.

- Não queria ter que concordar com o May, Deus bem sabe que isso vai contra minha religião - o filipino fez um careta - mas ele está certo nesse ponto. Você parecia irritado, estava com um semblante pesado que dava até medo de chegar junto. Foi Diarra pisar no palco, para você sorrir tão abertamente que não sei como sua boca não rasgou - disse.

We ain't finished yet. - NoarraOnde histórias criam vida. Descubra agora