Eu tento ler através de seu arquivo de estudante, mas as palavras embaralham. Estou muito distraído, cada pensamento meu afunilando em direção a garota do outro lado da minha mesa. Mandei os outros alunos para casa, e agora é só Anahí e eu e esta atração inconveniente.
Seus dedos finos dobram no colo, seu cabelo ondulado e dourado para trás caindo em torno das linhas graciosas de seu pescoço. Um sorriso aporta em seus lábios, uma expressão que parece vir naturalmente para ela, mas este é menor do que os anteriores. Mais frágil. O tipo de sorriso que meninas usam quando elas estão com medo.
Eu solto o arquivo na mesa e inclino para frente, rompendo sua bolha invisível de tensão. — Você está preocupada com o quê?
Eu sei a resposta, mas eu quero ouvir como soa em seus lábios.
— Nada. — Ela escova um dedo contra seu nariz. Esse pequeno gesto me dizendo. Ela está mentindo.
Eu bato um punho sobre a mesa com força suficiente para fazê-la ofegar.
— Essa foi a última vez que você mentiu para mim. — Eu vou chicotear a verdade esquecida por Deus fora dela se eu tiver que fazer isso. — Diga-me que você entendeu.
A saliência vem e vibra em sua garganta. — Sim, eu entendo.
Meu olhar mergulha ao V da blusa, a linha profunda do decote, e o pino de segurança precariamente segurando tudo junto. Tão rápido como posso desvio os olhos, treinando-os no seu rosto. — Agora, responda a pergunta.
Ela esfrega as palmas das mãos sobre as coxas e sustenta o meu olhar. — Você, Sr. Herrera. Você me preocupa.
Ahh, muito melhor. Eu quero que ela colha e alimente sua honestidade para mim, a sua respiração tremula pelo temor. — Explique o que você quer dizer.
Ela balança a cabeça para si mesma, como se chamando sua coragem.
— Você é inteligente e rigoroso como outros professores, mas você tem a abordagem e temperamento de um bárbaro dick... — Ela aperta os lábios.
— A linguagem é admissível em minha sala de aula, Srta. Portilla. - Eu estreito meus olhos. — Contanto que isso esteja sendo usado de uma forma construtiva.
Ela estreita os olhos de volta. — Eu ia dizer dickhead, mas eu não tenho certeza se é construtivo.
Pelo menos ela está pensando sobre um pau.
— Dê-me um exemplo do meu alegado comportamento, e eu vou decidir como construtivo é.
Sua boca cai aberta, como se espantada com a minha resposta. — Como sobre quando estávamos no corredor? Quando eu contei da minha situação financeira, e você... Você sorriu?
Foda-se, ela achou isso?
Eu não posso dizer a ela. Eu sorri, porque sua vulnerabilidade me deixou no alto de luxúria e duro como uma porra de uma rocha. Mas posso dar-lhe sinceridade.
— Você está certa. Eu estava errado, e eu peço desculpas. — Eu pego o arquivo e folheio as páginas. — Vamos falar sobre suas circunstâncias.
Eu analiso a página bio e confirmo o seu endereço de Treme. Saltando sobre o resumo de seu GPA excepcional e resultados do SAT, eu me agarro nos fatos que mais gosto.
Data de nascimento?
Ela vai ter dezoito anos na primavera. Pais?
William Portilla. Falecido. Lisa Portilla. Desempregada.
Isso explica sua falta de fundos, mas não como ela paga a escola privada. Espere...
Eu salto de volta para o nome de seu pai. — William Portilla?
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Dark Notes
FanfictionEles me chamam de vagabunda. Talvez eu seja. Às vezes faço coisas que eu desprezo. Às vezes os homens tomam sem pedir. Mas eu tenho um dom musical, em apenas um ano deixo o ensino médio, e tenho um plano. Com um obstáculo. Alfonso Herrera não apen...