𝐓𝐇𝐄 𝐂𝐎𝐍𝐓𝐑𝐀𝐂𝐓 | +18 | 𝐐𝐔𝐀𝐍𝐃𝐎, em algum momento que foi incrivelmente, e inesperadamente preservado pela minha memória, - ao longo dos meus vinte e três anos - eu escutei de alguém que: "às vezes, nossa vida não é controlada por nós mesmos, pois, nem sempre possuímos todas as rédeas dela" tudo podendo, portanto, simplesmente deixar de ser, e mudar da noite para o dia, eu ri e desdenhei. Como o ignorante, e tolo, que eu era.
Eu, de fato, o fiz. O fiz porque, como não poderíamos ser os cursores do nosso próprio destino? Como algo, ou alguém, poderia impactar tanto, e ter tanto poder assim sobre quem somos, além de nós mesmos?
Aos meus olhos, era impossível.
Afinal, o controle daquilo que é nosso por direito desde o nascimento; sendo esta, a nossa vida, é tudo o que temos.
Eu não poderia acreditar naquilo. Então, segui em frente. E deixei aquele dizer para trás.
Essa foi uma escolha. Patética, sim, mas que comprovava minha tese, que a minha vida era minha. E que só pertencia a mim. E a mais ninguém.
Hoje, entretanto, finalmente compreendo. Porque foi necessário apenas um mero segundo para minha vida toda mudar, uma palavra - falência.
Então, todos os meus planos, atribuídos a uma vida regada de decisões tomadas por mim, foram jogados fora, pela janela. O meu destino sendo traçado por alguém que não fosse eu. Não realmente.
Negar a realidade, fugir dela, não era uma opção. E foi por esse motivo que eu o aceitei: 𝐉𝐄𝐅𝐅 𝐒𝐀𝐓𝐔𝐑. Por isso me casei com ele, e assinei o maldito contrato.
Contrato este, que a partir do momento em que fosse assinado, nos ligava.
A minha vida passando a ser sua, assim como a sua, a ser minha.
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