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Oi, gente, voltei!! Muito obrigada por esperarem pela atualização! :D
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Namjoon pegou o carro e dirigiu até a casa de Wheein, sua mente inquieta. Ele queria ver o filho, mas o estresse sempre vinha junto quando precisava lidar com a ex-esposa. Quando finalmente chegou, começou a bater na porta e esperou, mas a espera se alongou demais, e a irritação começou a subir. Seu coração acelerava de impaciência, e ele sentia o calor subir em suas bochechas, ficando vermelho de raiva.

Dez minutos se passaram até que finalmente a porta foi destrancada e aberta. No momento em que viu Wheein, a raiva diminuiu, mas a tensão continuava ali.

— Que demora foi essa?! — Namjoon não conseguiu esconder a frustração.

— Não te interessa. — Wheein respondeu friamente, desviando o olhar para o filho. — Qualquer coisa, me liga, Minsung, que eu vou te buscar na mesma hora.

— Tá bom, mãe. — O garotinho sorriu, inocente, mas tentando aliviar o clima pesado.

Namjoon respirou fundo. Ele odiava o conflito constante entre eles, especialmente por causa do filho.

— Eu acho que deveríamos tentar fazer as pazes, sabe? Para não ficar esse climão toda vez que eu for ver o Minsung. — Namjoon sugeriu, mas quando viu a expressão de desdém de Wheein, desistiu. — Esquece. Vem, filho.

Ele pegou a mãozinha de Minsung e, sem esperar resposta, deu as costas. Assim que ouviu a porta ser fechada com força, sua raiva voltou a crescer por um instante, mas o toque suave da mão de seu filho o trouxe de volta ao presente. Tudo o que importava era ele.

No carro, Namjoon tentava relaxar, mas uma pergunta o corroía por dentro.

— Sua mãe te trata bem, né, filho?

Minsung assentiu com a cabeça, inocente, sem perceber a seriedade da situação.

— Uhum, mas eu gosto mais de você...

O coração de Namjoon derreteu naquele momento. Era como se todas as preocupações desaparecessem, pelo menos por um instante.

— Ownt. — Ele sorriu largamente, emocionado com a resposta. — Mas fico tranquilo por saber que você gosta da sua mãe também.

Minsung sorriu de volta, mas logo voltou a se concentrar na paisagem lá fora.

— Você viveria comigo? — Namjoon perguntou, sem conseguir esconder a expectativa e o nervosismo na voz.

— É mais legal. A mamãe passa o dia fora de casa... — O menino respondeu, pensativo. — Não sei por que ela reclamava tanto quando você chegava atrasado para a janta...

Namjoon soltou uma risada amarga.

— Isso se chama hipocrisia, filho. Ela reclama do que eu fazia, mas faz igualzinho.

Minsung suspirou, como se estivesse tentando entender o que aquilo significava.

— Eu queria ir na casa do Jisung hoje... — Ele comentou, tímido, mudando de assunto.

Namjoon viu a oportunidade de fazer algo especial pelo filho.

— Quer que eu te deixe lá?

Os olhinhos de Minsung se iluminaram, mas ele hesitou.

— Mas a mamãe não deixou...

Namjoon sorriu, disposto a quebrar essa regra.

— Mas quem está cuidando de você hoje sou eu. Se quiser, eu te busco às 19 horas, ou na hora que preferir.

O entusiasmo de Minsung era contagiante, e Namjoon sentiu uma alegria intensa ao ver o filho tão feliz.

— Sério mesmo, papai? — Minsung perguntava, quase sem acreditar.

— Sério. Vamos ver esse endereço aí. — Namjoon respondeu, rindo ao ver o filho todo animado pegando o papelzinho do bolso.

Enquanto dirigiam até a casa do amigo, Namjoon se sentia mais leve, feliz por dar a Minsung a chance de experimentar algo que ele próprio adorava quando criança. No entanto, assim que deixou o menino, a dúvida voltou. Ele fez certo? Será que Wheein iria causar problemas? Mas, por ora, decidiu confiar que havia tomado a melhor decisão.

De volta em casa, Hayun o esperava, com uma expressão confusa.

— O Minsung não veio com você?

— Não, eu deixei ele na casa de um amigo. Ele estava tão feliz — Namjoon explicou, e Hayun logo sorriu em compreensão.

— Eu acho que vou pedir a guarda total dele — Namjoon confessou de repente, meio ansioso, mas com seriedade. — O Minsung já disse que gosta mais de mim do que da mãe. Acho que ele deveria ter o direito de escolher...

Os olhos da Hayun brilham de alegria.

— Você ficaria tão feliz se ele morasse contigo... E dá para ver o quanto ele te ama. Eu te apoio, mas vai ser uma burocracia imensa, não?

— Vale a pena. Vou consultar uns advogados para ver o que eles acham. — Namjoon sorriu, mas uma sombra de preocupação cruzou seu rosto. E se ele não fosse bom o suficiente? E se Minsung se sentisse sozinho?

— Eu ajudaria na rotina — Hayun ofereceu.

Namjoon ficou surpreso com o gesto, seu coração se enchendo de calor.

— Sério que você faria isso?

— Claro! Eu quero fazer parte da sua vida, da sua família um dia... — Hayun respondeu, seu coração batendo mais forte ao admitir algo tão profundo.

— Eu aceito. Também quero isso — Namjoon disse, emocionado.

Eles se abraçaram, um beijo terno selando a promessa silenciosa de amor. As preocupações de Namjoon foram momentaneamente substituídas por uma sensação de pertencimento. Ali, com Hayun, ele se sentia completo.

Paper airplanes - Kim NamjoonOnde histórias criam vida. Descubra agora