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— Meu Deus, Namjoon... — Hayun murmurou, surpresa com a atitude dele.

— Fiz besteira? Desculpa, mas eu não consigo aceitar que alguém te trate assim. — Namjoon disse, sentindo-se culpado pela reação dela.

— Não... você disse exatamente o que eu queria dizer há muito tempo, mas nunca tive coragem. Antes de terminar com ele, eu acreditava nessas coisas. Achava que precisava dele pra ser feliz, mas... né?

— Você não precisa de ninguém pra ser feliz. As pessoas que entram na sua vida são só parte do caminho. Podem causar impactos, bons ou ruins, mas sua felicidade depende de você.

— Eu queria acreditar nisso... mas não consigo. Já tentei, mas sinto que não sou autossuficiente como você. — Hayun suspirou, um pouco derrotada.

— Autossuficiente? Eu? — Namjoon riu de leve. — Não. Eu só tento dar conselhos, mas a verdade é que eu também estou na luta. É difícil pra cacete, mas a gente tenta.

O garçom trouxe a conta, mesmo sem terem pedido. Hayun olhou surpresa.

— A gente demorou tanto assim conversando? — Ela riu, enquanto Namjoon, levemente irritado, pagava a conta sem questionar muito. Ele recusou a oferta de Hayun para dividir o valor.

— Guarda esse dinheiro pra comprar livros. Vai precisar quando começar a dar aulas. — Namjoon disse, se levantando. Hayun sorriu, agradecendo.

Os dois caminharam até a praia, onde Namjoon tirou uma toalha de sua mochila.

— Dessa vez não esqueci. — Ele brincou, estendendo a toalha na areia, e os dois se deitaram lado a lado.

— O céu tá incrível hoje — Namjoon comentou, observando as estrelas. — É por isso que eu amo cidades litorâneas.

— Eu também. — Hayun respondeu, se perdendo na imensidão do céu estrelado.

Uma estrela cadente cruzou o céu, e Hayun, em vez de fazer um pedido, agradeceu mentalmente por estar indo bem. Namjoon, por outro lado, desejou forças para continuar sendo forte.

— Obrigada por me trazer à praia, Namjoon. Hoje foi o melhor dia do meu ano. Quero ter mais dias assim. — Hayun disse, sua voz carregada de sinceridade.

— Eu também adorei. E quando chegarmos no hotel, vou te mostrar algumas mágicas. — Ele sorriu.

A tranquilidade, no entanto, foi interrompida por uma sombra que se aproximava deles. Hayun se virou e, para sua surpresa, avistou Chanhyuk.

Hayun demorou alguns segundos para processar a cena. Como ele tinha chegado ali?

— Chanhyuk?! O que você está fazendo aqui?! — Ela perguntou, assustada, levantando-se rapidamente. Namjoon fez o mesmo, posicionando-se ao lado dela, atento.

— Eu sabia que você tinha um caso com seu professor! É assim que tirava boas notas, não é? — Chanhyuk gritou, sua voz ecoando pela praia.

— Nós não estamos juntos, Chanhyuk! Só fizemos uma viagem. E como você me encontrou aqui?! — Hayun perguntou, incrédula.

— Eu rastreei seu celular, esqueceu? Temos um aplicativo pra isso. — Ele disse, como se fosse a coisa mais normal do mundo.

Namjoon deu um passo à frente, se posicionando entre Chanhyuk e Hayun, claramente em modo protetor.

— Você está ficando louco, Chanhyuk! Nós terminamos, você não tem o direito de ficar me perseguindo! — Hayun exclamou, sua voz tremendo de frustração.

— Louco? Louco é esse idiota que me mandou me foder. — Chanhyuk retrucou, apontando diretamente para Namjoon. Mas antes que ele pudesse dizer mais alguma coisa, Namjoon agarrou o braço dele, puxando-o para mais perto.

Paper airplanes - Kim NamjoonOnde histórias criam vida. Descubra agora