Never.H.S. - Capitulo 34

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Never.H.S. 

Já se passou um mês, e vai tudo como o caralho, como se costuma dizer. Eu trabalho num café e o Harry numa papelaria. Não temos tempo um para o outro, pois trabalhamos ambos, sábados e domingos. Eu trabalho á semana até às onze e ele até ás oito, uma diferença muito grande.

Nós temos uma casa. Não é grande, mas é perfeita para nós.

Eu estava a caminho dessa mesma casa, acabei de trabalhar e a casa não é muito longe do trabalho, o que é bom.

Eu e o Harry andamos estranhos um com o outro, não parecemos um casal, mas sim melhores amigos. O que é bastante estranho, para mim.

Sinceramente, estou farta desta vida, deste inferno, de estar ‘sozinha’, sim, eu sinto-me sozinha. O Harry anda bastante distante. Estou farta! Acho que ao virmos para aqui fez com que ficássemos diferentes e distantes.

Procuro a minha chave no bolso do casaco, acabo por as encontrar.

Insiro-as na fechadura, rodando, e um ranger é ouvido.

Entro, limpo os pés ao tapete e caminho até ao cabide, onde penduro o meu casaco.

Observo que a televisão encontra-se ligada, pois vejo a luz dela e ouço.

Vou até á sala, mas o Harry não está lá. Na cozinha também não, no quarto também não.

Onde anda ele?

Não está em casa. Vou ligar ao Jay.

Ele não atende. É o único amigo que temos. Jay.

Estou enjoada, pelo meu nervosismo. São onze da noite e o Harry não está em casa. Mas porque?

Não compreendo.

E se lhe aconteceu algo?

E se o raptaram?

Se o assaltaram?

Se foi preso?

Se está em perigo de vida?

Calma! Calma Penny! Estás a fazer muito drama!

Mas porque é que não deixou nenhum bilhete?

Ai que raiva, que ele me mete!

Vou até á cozinha beber água.

São quatro horas e ele ainda não chegou. O que faço? Passei seis horas a vomitar de nervosismo e a chorar pelos cantos da casa. Onde se terá enfiado?

Eu estou sempre a pensar no meu sonho, de ele me deixar. Em que eu o encontrava morto. Ai meu deus! Ele está bem, eu sei que sim. Só está a passear.

Será que ele está com a Zoe?

Ou com outra qualquer?

Não! Eu confio nele! E ele nunca seria capaz de o-

Um estrondo, interrompe os meus pensamentos. Talvez seja o raptor do Harry, ladrão? Eu pego no candeeiro da minha mesa-de-cabeceira e vou até á entrada. Encosto-me á parede e espreito não vendo ninguém, mas ouço os passos, que parecem não ser corretos, parece não ter um andar certo.

Olho novamente e vejo uma sombra, o meu coração acelera. A minha respiração está a mil. Respiro fundo e decido falar.

“Q-Quem está a-ai?” Gaguejo. Não obtenho resposta.

Avanço, com o candeeiro a ser apertado pela minha pequena mão.

Corro até ao individuo.

“Ahhhhh!” Grito e este grita de volta o que me assusta.

“Ahhhhhh!” E ri-se.

Ac

Eu conheço esta voz. Certo-lhe com o candeeiro no braço.

Vou até ao interruptor, acendendo-o.

Harry. Ele está se a rir. Quando me chego para perto, o cheiro a álcool invade as minhas narinas. Andou a beber? Mas desde quando?

“Harry?”

“Olá coração!” Ele diz e ri-se.

“O que andaste a fazer?” Pergunto.

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Estao a gostar? Gostam da nova capa? :)) B. xx

NEVER. H.S. (Concluída)Onde histórias criam vida. Descubra agora