Never.H.S.
Já se passou um mês, e vai tudo como o caralho, como se costuma dizer. Eu trabalho num café e o Harry numa papelaria. Não temos tempo um para o outro, pois trabalhamos ambos, sábados e domingos. Eu trabalho á semana até às onze e ele até ás oito, uma diferença muito grande.
Nós temos uma casa. Não é grande, mas é perfeita para nós.
Eu estava a caminho dessa mesma casa, acabei de trabalhar e a casa não é muito longe do trabalho, o que é bom.
Eu e o Harry andamos estranhos um com o outro, não parecemos um casal, mas sim melhores amigos. O que é bastante estranho, para mim.
Sinceramente, estou farta desta vida, deste inferno, de estar ‘sozinha’, sim, eu sinto-me sozinha. O Harry anda bastante distante. Estou farta! Acho que ao virmos para aqui fez com que ficássemos diferentes e distantes.
Procuro a minha chave no bolso do casaco, acabo por as encontrar.
Insiro-as na fechadura, rodando, e um ranger é ouvido.
Entro, limpo os pés ao tapete e caminho até ao cabide, onde penduro o meu casaco.
Observo que a televisão encontra-se ligada, pois vejo a luz dela e ouço.
Vou até á sala, mas o Harry não está lá. Na cozinha também não, no quarto também não.
Onde anda ele?
Não está em casa. Vou ligar ao Jay.
Ele não atende. É o único amigo que temos. Jay.
Estou enjoada, pelo meu nervosismo. São onze da noite e o Harry não está em casa. Mas porque?
Não compreendo.
E se lhe aconteceu algo?
E se o raptaram?
Se o assaltaram?
Se foi preso?
Se está em perigo de vida?
Calma! Calma Penny! Estás a fazer muito drama!
Mas porque é que não deixou nenhum bilhete?
Ai que raiva, que ele me mete!
Vou até á cozinha beber água.
São quatro horas e ele ainda não chegou. O que faço? Passei seis horas a vomitar de nervosismo e a chorar pelos cantos da casa. Onde se terá enfiado?
Eu estou sempre a pensar no meu sonho, de ele me deixar. Em que eu o encontrava morto. Ai meu deus! Ele está bem, eu sei que sim. Só está a passear.
Será que ele está com a Zoe?
Ou com outra qualquer?
Não! Eu confio nele! E ele nunca seria capaz de o-
Um estrondo, interrompe os meus pensamentos. Talvez seja o raptor do Harry, ladrão? Eu pego no candeeiro da minha mesa-de-cabeceira e vou até á entrada. Encosto-me á parede e espreito não vendo ninguém, mas ouço os passos, que parecem não ser corretos, parece não ter um andar certo.
Olho novamente e vejo uma sombra, o meu coração acelera. A minha respiração está a mil. Respiro fundo e decido falar.
“Q-Quem está a-ai?” Gaguejo. Não obtenho resposta.
Avanço, com o candeeiro a ser apertado pela minha pequena mão.
Corro até ao individuo.
“Ahhhhh!” Grito e este grita de volta o que me assusta.
“Ahhhhhh!” E ri-se.
Ac
Eu conheço esta voz. Certo-lhe com o candeeiro no braço.
Vou até ao interruptor, acendendo-o.
Harry. Ele está se a rir. Quando me chego para perto, o cheiro a álcool invade as minhas narinas. Andou a beber? Mas desde quando?
“Harry?”
“Olá coração!” Ele diz e ri-se.
“O que andaste a fazer?” Pergunto.
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Estao a gostar? Gostam da nova capa? :)) B. xx
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NEVER. H.S. (Concluída)
Fanfiction'Nunca digas nunca...' #sente&escrever CONCLUÍDA!