NEVER.H.S.
'Olá querida Penny, vai tudo correr bem. O futuro está nas vossas mãos. Eu sei que vai correr tudo bem. Só tens é de fazer as melhores escolhas. Eu sei que vais escolher as mais certas. Eu estarei aqui para o que for preciso! Amo-te!'
Acordo sobressalta. A minha mama está comigo. Eu tenho de fazer as melhores escolhas. Eu farei.
Olho para o meu lado e vejo o meu anjo. Não é meu. Ele é tão giro. Mas não é para uma rapariga como eu. Eu nunca terei uma pessoa fantástica comigo. O meu futuro vai ser sozinha, virgem, solitária, gorda, feia, com uns 7 gatos em casa e sempre a ver filmes românticos, comendo gelado e a chorar com um final feliz. Sim, esse será o meu futuro. Eu odeio-me. Odeio o mundo. Odeio tudo e todos. Mas não posso dizer do mesmo em relação ao Harry e ao nosso mundo. Mas eu tenho medo de entrar no mundo dele. É perigoso tal como o meu.
Ele está agarrado a mim pela cintura. Eu estou a deter-me para não lhe mexer na sua bela face. Ele é lindo. Eu não o quero acordar, só o quero apreciar. Nunca dormi com ninguém. Nunca olhei tanto tempo para ninguém. Nunca deixei que tocassem como ele toca. Nunca me ri tanto como ri-o com ele. Nunca fui tão feliz. Quando o conheci, o meu mundo solitário e odiado já não existe. Agora ele é feliz e cheio de amor, que só ele sabe dar.
"Humm...Penny! Não! Não! Uhm...ahmmm, não fujas. Eu amo-te!" Ele está a sonhar comigo? E a dizer que me ama? Oh meu Deus! Bem, isto é só um sonho. Nada de real por isso não me preciso de preocupar. Num é?
Eu voltei a virar e olhar para o sofá. Eu tenho de dormir. Devem ser 5 da manhã. Amanhã, vai ser um novo dia em cheio e melhor. Espero eu.
Adormeci.
Eu corria pelo campo cheio de florzinhas brancas. Eu gargalhava enquanto fugia. Ela não me pode apanhar. Ela tinha asas e conseguia voar como uma borboleta. 'Eu amo-te e vou-te apanhar!' Ela dizia enquanto voava até mim. Mas eu corri velozmente pelo lindo campo cheio de florzinhas brancas que estavam a começar a ficar pretas. Eu olhei para trás e não a vi. O céu azul estava a ficar cinzento as flores já se encontravam todas pretas. 'Onde estou?' 'Mamã!' 'Penny!' 'Eu amo-vos!' 'Onde estais?' 'Não me podem deixar morrer! Ajudem-me!' Eu estava perdido no mundo preto.
Quando senti uma luz a bater-me nos olhos. Acordei assustado e transpirar. Olhei para a Penny, que não se encontrava a meu lado. Onde é que ela está?
"Penny!" Gritei assustado e preocupado.
"Eu estou a sonhar! Isto não é realidade!" Eu dizia a mim próprio.
Levantei-me e sai da cozinha para o jardim à procura da Penny, que não se encontrava em lado nenhum.
"Penny!" Gritei.
"Penny! Onde estas?"
Ela não me pode ter deixado! Ela não faria isso!
O Cookie também não se encontrava em lado nenhum.
Onde estarão?
Foi as traseiras da casa. E vi Penny a brincar com o Cookie. Deixei escapar um profundo suspiro, o que fez com que eles vissem a minha presença.
"Olá Harry!" Disse Penny com um sorriso fantástico.
"Au-au-au-au!" Disse Cookie quando veio ter comigo.
"Olá! Eu andei à vossa procura! Deixaram-me preocupado!" Disse com uma voz bruta.
"Desculpa!" Diz Penny e olha para os seus pés.
"Não faz mal! O que interessa é que estais bem e que eu vos encontrei. Temos de ir à casa da minha tia buscar a chave."
"Isso vai ser quando?" Pergunta Penny.
