NEVER.H.S.
Já estava farta de o ouvir gritar. Aí, que raiva!
"Epah! Podes-te calar! Estas me á por maluca como tu!" Grito. Mas eu sei que ele não me ouviu porque ele está a gritar mais alto que eu.
Uma luz entra pelo quarto.
Luz?
Mas isto não tem janelas.
Eu estava num canto mais escuro do quarto.
Comecei a rastejar até de onde vinha a luz.
A porta está aberta!
Tenho de fugir.
Mas não posso sair assim. Tenho de planear algo.
Fechei a porta. Para ele não reparar que ela não se encontrava aberta. E fui para o meu canto.
1. Tenho de sair daqui às escondidas,
2. Tenho de encontrar alguém que nos ajude,
Quem? Quem nos pode ajudar?
Joane! A Tia do Harry! Eu acho que ela me pode ajudar!
3. E ajudar o Harry.
Ele parece já se ter calado.
Já não era sem tempo.
Eu corria num lugar escuro e sem saída.
"Onde estas?" Gritava e chorava.
"Penny! Penny! Por favor, volta!"
Olhei para trás. Vi uma sombra.
"Penny?" Chamei.
Ela apareceu.
Era a Joe.
Eu afastei-me e comecei a chorar.
"Harry! Harry! Harry!" Ela chamava-me.
"Não! Não! Não! Não!" Dizia e afastei-me até cair num buraco escuro.
Acordei assustado.
"Não! Não! Não!" Gritei.
O que se passa comigo?
Quem sou eu?
"Quem sou eu?" Pergunto e olho-me.
As minhas mãos estão com feridas de eu partir coisas. As minhas roupas rasgadas. O meu cabelo está todo desarrumado. O meu rosto tem sangue, feridas, os meus olhos estão vermelhos e tenho as maiores olheiras. Estava magro.
"Quem sou eu?"
"Porque me fizeste isto?"
"Penny! Penny!" Grito e corro até ao quarto. Abro a porta mas ela não se encontrava lá.
A Joe levou-a?
Não pode ser!
"Penny! Penny! Penny! Penny!"
"Nãooo!" Gritei e cai de joelhos.
Eu corria com todas as minhas forças que eram poucas. Eu não comia há mais de 1 mês e 2 semanas.
O Cookie estava comigo.
Nos corríamos pela rua abaixo. As pessoas que passavam por nos olhavam, para nós como se fôssemos extraterrestres.
Hey, eu tinha-me esquecido da policia que anda atrás de nós!
Merda!
Começamos, abrandar eu não tinha forças para mais. E o Cookie parece que também não.
Só nos faltava andar mais 6 casas. Começamos a andar.
As pessoas estavam sempre a olhar para nos. Será que me conheceram?
Merda!
É melhor andar rápido.
Começamos andar mais rápido e já nos encontrávamos à frente da casa da Tia Joane.
Será que o Harry deu pela minha falta?
Acho que não! Ele só foi uma vez ao quarto.
Toquei à campainha.
"Sou eu a Penny! Venha rápido preciso da sua ajuda!" Quase gritei.
Ela abriu rapidamente o portão e arregalou os olhos ao ver a minha apresentação. Maravilhosa imagino.
"O que se passa Penny?" Pergunta ela.
"E o Cookie é melhor não entrar por favor."
"S-sim!" E prendo-o na perna de um banco de jardim que se encontrava, no alpendre.
"Entra! Entra!"
Entrei.
"Su, trás um chá para a Penny por favor!" Ela quase gritou à pobre empregada.
"O que se passa?" Ela diz e manda-me sentar no sofá.
"Eu não sei! Eu estive 1 mês e 2 semanas presa num quarto. O Harry só grita. Não para de gritar. Eu consegui fugir porque uma vez quando ele entrou no quarto deixou a porta destrancada e consegui. Temos de ajuda-lo!"
Ela começa a chorar. Parece saber o que se passa.
"O que se passa, Joane?" Pergunto preocupada.
A empregada chega à nossa beira.
"Tem aqui o chá, minha senhora." Diz e coloca a bandeja na mesa que se encontrava à minha frente.
"Obrigada, Su!" Digo.
"Oh Harry! Oh Harry!" Ela chora e leva as mãos à cabeça.
"O que se passa, Joane?" Pergunto novamente.
"Eu não te sei explicar. São memórias do passado. Sempre que o Harry volta aquela casa fica assim. Maluco. Ele não está mentalmente bem. Tem memórias escuras do passado. Sobre a Joe."
Joe?
Quem é?
"Quem é a Joe?" Pergunto.