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Gustavo me levou pra jantar em um restaurante, nada muito chique ou cheio de mimimi porque eu pedi, prefiro mil vezes algo mais simples do que essas frescuras.
Era um restaurante perto da praia do Leblon mesmo, um lugar com uma vibe bem legalzinha, eu amo.
Fizemos o pedido e começamos a conversar sobre coisas aleatórias, como, porque eu vim morar aqui, sobre o que eu achei do colégio, das pessoas que conheci hoje, em fim, até então só assunto chato. O garçom trouxe nossos pedidos e eu agradeci mentalmente, tava me roendo de fome já poxa.

Guto: Mas iai, cê não namora nem nada do tipo né? É que não quero correr o risco de apanhar por aí por ter te chamado pra sair - Sorriu sem graça

Dandara: Relaxa, ainda não encontrei ninguém digno - Falei convencida, mas em tom de brincadeira e ele riu.
Continuei comendo meu jantar bem feliz quando percebi que ele me olhava quase que sem piscar
- Que foi? Minha boca tá suja? - Perguntei já passando a mão na boca, se minha mãe tivesse aqui iria morrer de vergonha de mim, certeza

Guto: Não pô, tô olhando como tu é linda, mesmo comendo desse jeito aí - Sorriu e eu revirei os olhos
- Tô brincando, relaxa - Sorri de lado

Dandara: Você já sabe da minha vida toda agora me conta, o que você faz da vida além de estudar? - Perguntei já olhando o cardápio pra ver o que seria minha sobremesa

Guto: Por enquanto nada, fiz 18 no final do ano, devia está trabalhando na empresa do meu pai mas reprovei por falta ano passado e vou ter que repetir o 3° ano

Dandara: Que azar heim, podia tá livre daquela palhaçada a essa hora - Chamei o garçom pra pedir a sobremesa e fiz o meu pedido e logo ele escolheu o dele também

Guto: Nem tanto, se eu não tivesse reprovado provavelmente não teria te conhecido hoje - Corei, poxa por que eu tenho que ser tão emocionada? Já quero pegar ele, que inferno

Assim que terminamos de comer a sobremesa e depois de eu muito insistir pra dividirmos a conta saímos de lá e fomos andando pelo calçadão da praia até onde o carro dele estava estacionado.
Antes que eu entrasse no carro ele me puxou pela cintura e foi logo me beijando, iiih rapidinho de mais, acabei beijando também, não vou negar que ele me deixou com curiosidade.
Ele beijava com pressa, o que me dava uma certa agonia, me faltava até ar, gosto de beijar lento, acho gostosinho, mas pelo menos tinha pegada. O beijo foi esquentando e eu queria ir até o fim, mas sei lá, não com o Gustavo, ou pelo menos por enquanto, digamos que nem sei ainda se eu curtir ficar com ele, se eu curtir conhecer ele, e se ele é digno de ser meu primeiro.

Dandara: Guto... - Falei entre o beijo e parece que ele se empolgou mais ainda
- Guto para - Consegui empurrar ele

Guto: Que foi? Desculpa, me empolguei pô, você não quer?

Dandara: Na... Quer dizer... Quem sabe um outro dia... É... Vamos? - Caramba, eu nem sabia que gaguejava assim

Guto: Claro pô, fica tranquila morena, precisa ficar nervosa não, tá tudo certo - Falou abrindo a porta do passageiro pra eu entrar e eu corei de vergonha, que droga, nesses momentos eu só queria ser que nem a Luisa.

Logo estávamos em frente a minha casa, ele desceu do carro e novamente me beijou, depois de alguns minutos nos despedimos e eu entrei, sabia que Luisa a essa hora tava dando horrores pro macho dela e não tava aqui em casa, então subi pro meu quarto, tomei um banho, coloquei um pijaminha, me joguei na cama e apaguei.

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A semana passou voando e finalmente estávamos no sábado, desde a terça, que foi o meu primeiro dia de aula, eu e Gustavo ficamos umas três vezes, a foda-se até que é legal ficar com ele, o problema é convencer ele que eu não quero transar, caramba qual a dificuldade dele perceber que eu sou virgem?!

Do Morro Ao AsfaltoOnde histórias criam vida. Descubra agora