capitulo 6

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Jason e Charlie navegaram pelo lago sem maiores problemas. O aparelho na lancha começou a emitir um som agudo e vibrações fortes na água, indicando o caminho para a caixa. À medida que o som ficava mais intenso, eles avistaram, quase no meio do lago, o que parecia ser um bote de 1,70 metros com uma enorme caixa preta com cadeado em cima. No entanto, a caixa não estava completamente na superfície; apenas a tampa e a alça eram visíveis, submersas parcialmente na água.

— É aquela ali? — Charlie perguntou, apontando para a caixa enquanto tentava manter o equilíbrio na lancha.

— Parece que sim — respondeu Jason, sem tirar os olhos do objetivo.

A lancha balançou violentamente, quase derrubando Jason na água.

— O que foi isso, Jason? — Charlie perguntou, com uma mistura de curiosidade e medo.

— Cala a boca, imbecil! Não foi nada — retrucou Jason, irritado, tentando manter a calma enquanto pegava a caixa e passava para Charlie anexa-la no Jet Ski.

— Pra que isso cara? — disse Charlie.

De repente, a lancha foi atingida novamente, desta vez com o dobro de força, e Jason foi jogado na água. Ele se debatia, tentando segurar o lado da lancha enquanto gritava para Charlie.

— Anda logo, seu inútil! Me tira daqui! — Jason berrava, o pânico evidente em sua voz.

— Claro, Jason, claro... — respondeu Charlie, estendendo a mão para ajudar Jason a sair da água. Mas então, ele viu uma sombra passando rapidamente por baixo da lancha. Algo grande e ameaçador. Ele congelou, hesitando.

— Charlie, se você não me ajudar, eu juro que quando eu sair daqui eu te mato! — Jason gritou, mas sua voz foi cortada por um grito de dor quando algo o mordeu com força, puxando-o para baixo da água. — SOCORRO! CHARLIE, ME AJUDA! — Jason gritava, sendo puxado novamente para baixo, o desespero e o medo dominando seu rosto.

Charlie, em estado de choque, observava a água ao redor se tingir de vermelho. O sangue se espalhava rapidamente, confirmando seus piores temores. Ele sabia que Jason tinha sido atacado por algo grande, algo que não deveria estar naquele lago.

De repente, Jason emergiu novamente, ensanguentado, tentando desesperadamente subir a bordo.

— Charlie! Por favor, me ajuda! — Jason implorava, seu corpo tremendo de dor e medo.

— Ok, Jason, estou indo... — respondeu Charlie, ainda em choque, mas quando estendeu a mão, viu um tubarão enorme surgir na água. O animal agarrou Jason novamente, sacudindo-o violentamente e arrancando uma de suas pernas.

Jason soltou um grito agonizante antes de desaparecer debaixo d'água mais uma vez. Charlie tentou puxá-lo de volta, mas quando finalmente conseguiu, Jason estava gravemente ferido, a perna direita completamente dilacerada. O sangue jorrava, manchando a água de vermelho. Ao ver o estado de Jason, Charlie se afastou e vomitou no lado direito da lancha.

— O que foi isso? — Charlie perguntou, ainda em estado de choque, enquanto tentava recuperar o fôlego.

— Você não vai acreditar... mas foi um tubarão — respondeu Jason, com a voz fraca, lutando para permanecer consciente.

— O quê? Mas estamos em água doce! — Charlie exclamou, incrédulo.

— Escuta, seu lesado, existem tubarões de água doce também... e os de água salgada podem se adaptar. Agora, vamos voltar para a casa... — Jason respondeu, sua voz falhando enquanto ele perdia mais sangue.

— Não seria melhor eu te levar para o hospital? — perguntou Charlie, a preocupação evidente em seu rosto.

— Não... precisamos avisar os outros... — Jason insistiu, determinado.

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