Capítulo 5

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A manhã seguinte chegou trazendo consigo um ar de ressaca e cansaço, lembrança da noite anterior que, apesar de ter sido um momento de descontração, deixou seus sinais no corpo e na mente de todos. A casa, agora silenciosa, parecia abrigar o peso das emoções que todos carregavam. A festa havia sido um alívio temporário, mas a realidade não demoraria a bater à porta.

O primeiro a se mover foi Robert, que se revirava na cama, a cabeça latejando. Ele suspirou pesadamente e, com esforço, se levantou, sentindo os músculos doloridos. Caminhou até o banheiro, esfregando o rosto enquanto tentava afastar a névoa do sono. O som da água corrente parecia oferecer um breve consolo, mas logo foi interrompido por um ruído que fez seu coração disparar.

Peter, que dormia na sala após ter sido o último a apagar as luzes da festa, acordou sobressaltado. Seu coração disparou ao ouvir o som, e ele, instintivamente, se levantou, sentindo uma pontada de dor nas têmporas. Passou a mão pelo cabelo desarrumado e caminhou rapidamente até o telefone.

Isabelle, que também acordara com o som, saiu do quarto com os olhos semicerrados, ainda carregando o cansaço da noite anterior. Ela olhou para Peter, que já estava pegando o fone, e cruzou os braços, sentindo que algo estava prestes a acontecer.

— Que inferno é isso tão cedo? — murmurou Jason, arrastando-se até a sala, o rosto marcado pela ressaca. Ele olhou para o telefone com desconfiança.

Peter ergueu o fone e levou-o ao ouvido, esperando ouvir as instruções que, ele sabia, não seriam boas.

A voz robótica e fria, a mesma que haviam ouvido antes, soou do outro lado da linha:

"A caixa". Vocês terão que buscar a caixa de suprimentos. Ela foi deixada em um ponto no lago. Essa caixa contém itens essenciais para a sobrevivência e será crucial que vocês a obtenham. Lembrem-se, o tempo é limitado. Boa sorte.

— E quem foi o escolhido? — perguntou Tim tenso.

— Eu me ofereci para isso — respondeu Jason, com um brilho de superioridade nos olhos. Charlie, visivelmente empolgado, foi designado como parceiro de Jason para a missão.

— Isso deve ser interessante de assistir — comentou Peter que sorriu ao olhar para Tim.

Enquanto Jason e Charlie se preparavam para a tarefa, Tim sentiu um peso ser retirado de seus ombros. A ideia de ter que buscar a caixa não era algo que ele estava ansioso para enfrentar. Jason parecia confiante e decidido, e Charlie estava ansioso para ajudar e demonstrar seu valor.

— Boa sorte, Jason! — gritou Tim, tentando ser encorajador, mas sua voz o traía, revelando um tom de insegurança.

Jason acenou para Tim com irrelevância e se dirigiu para a lancha, acompanhado por Charlie. A lancha estava amarrada ao cais, pronta para partir. Charlie estava equipado com um colete salva-vidas e uma expressão de entusiasmo, enquanto Jason, com sua postura arrogante, parecia mais preocupado em mostrar sua habilidade do que realmente com a missão.

Enquanto isso, Jim estava em seu escritório, preparando-se para um dos momentos mais críticos do projeto: a liberação dos tubarões. A expectativa estava no auge, e Jim estava animado para ver a reação dos tubarões em seu novo ambiente.

— Lory! Lory! Vem rápido! Vou abrir os portões das jaulas. Se você não vier agora, vai perder o melhor momento — chamou Jim, com um tom urgente na voz.

— Ok, ok, já estou indo — respondeu Lory, apressando-se para atender ao chamado de Jim.

Lory seguiu Jim até o local onde as jaulas estavam armazenadas. O espaço era um grande corredor dividido em duas seções, com portas de ferro robustas e uma estrutura projetada para evitar qualquer fuga. O corredor dava acesso ao lago, e as jaulas estavam parcialmente suspensas na água, com a parte superior aberta para a entrada dos tubarões.

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