6.Piercings

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P.O.V. SUGURU NIRAGI

Terraço do colégio, Tóquio antes da Borderland.


O sinal da primeira aula tocava

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O sinal da primeira aula tocava. Ding dong. Como um passe de mágica, logo todos estavam em suas respectivas salas. É terapêutico cabular aula, é a primeira vez que faço isso, no entanto, parece libertador finalmente ter paz. Àqueles adolescentes são energéticos, barulhentos, certamente os invejo por tão facilmente serem tão caóticos. Despreocupados , se movendo lentamente com os hormônios a flor da pele. Uma vida de miséria, hoje e para sempre, a menos que eu mude.

O céu azul, as poucas nuvens que o enfeitavam me davam o prazer de interpretá-las como os objetos abstratos que são. Sem sentido, completamente aleatórias.

Quero ser um programador. Portanto, sabia que é impossível gerar um número aleatório por meio de um programa? Um número, uma foto, um rosto, qualquer coisa. Podem parecer perfeitamente aleatórias, mas máquinas não trabalham de maneira abstrata, o oceano de zeros e uns, equações complexas demais para humanos, mas terrivelmente simples para uma máquina. Resultavam em seus números aleatórios, mas com toda uma lógica por detrás. Banco de dados, mesclagem.

Essa é a beleza do mundo real, então. Sensações. Reflexão, caos. Hyori disse, é tudo caótico e selvagem. Reprimir algo assim não é saudável. Por mais retraído que eu seja, seguir esse conselho cabe apenas a mim.
O sol fraco esquentando minha pele, confortável, fecho os olhos, ao menos assim o mundo parecia nítido.
Quando eu simplesmente não o enxergava, era mais fácil de entender. Sono, Que tipo de aluno medíocre nunca dormiu durante a aula? Faz parte da experiência.

Era o primeiro período da aula de história novamente, segunda mais uma vez. Um mês depois do fim das férias. Será que senhor Yoshida vai sentir minha falta? Bom, não é como se houvesse alguém que se importa o suficiente comigo naquela classe, fora Shimura, que a essa altura provavelmente estava apenas brincando com outro alguém ou causando um tumulto.

Ela me convida e se atrasa? Porra Hyori.

Posso me lembrar de suas palavras nitidamente.

“Vamos cabular aula juntos! Vai ser divertido, e você se livra daqueles babacas. Fique no terraço, quero te mostrar uma coisa.”

Uma coisa… Ela sabia que me deixar curioso era a melhor forma de me obrigar a fazer isso. O que será? Ela vai me beijar? Me dopar? O que quer que seja, essa psicopatinha tinha minha aprovação.

Dez minutos, vinte minutos, e ela finalmente aparece, a mochila vermelha mais estufada que o normal, carregava muitas coisas, provavelmente alguma porcaria. Seus cabelos bagunçados e a cara de quem não dorme há três dias eram algo típico. Sim, essa era Higashikata Hyori, usando maquiagem apenas para tentar disfarçar as olheiras escuras.

— Você demorou. O que eu ganho te esperando aqui?

Ela arfava, parecia com pressa. Sentou-se à minha frente, colocando uma mecha de cabelo para trás da orelha em uma tentativa falha de parecer mais apresentável.

Yandere ヤンデレOnde histórias criam vida. Descubra agora