Capítulo 5

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Mika

- pq ainda não é seguro fia, daqui a pouco vc vaza

- você é muito otário mesmo hein - falei sentando no sofá na frente dele

Ele ficou me encarando um bom tempo e depois levantou pra pegar uma cerveja mas voltando da cozinha ele soltou um "que porra"e quando olhei pro mesmo a barriga dele estava sangrando, no mesmo lugar da facada. Então ele pegou uma caixinha no armário e sentou ofegante.

- o que aconteceu? - perguntou

- fica na tua ai

Que cara filha da puta. Fechei a cara e fiquei encarando, primeiro ele pegou um fio grosso de náilon e uma agulha grossa passando o fio pelo buraco. Nem fodendo que ele ia fazer isso. Enquanto ele removia os pontos que abriram eu fiquei ali olhando aquilo incrédula.  Ele era loko não é possível.

- você nem lavou as mãos, pelo amor de Deus, para - falei - você nem sabe fazer isso, melhor a gente ir num médico

- claro que sei porra, não é a primeira vez que isso acontece

- e das outras vezes você que costurou? Ta loko? - ele assentiu e eu fui sentar do lado dele - deixa eu limpar isso pelo menos, pode infeccionar

- e por acaso vc manja?

- não e nem você mas eu tenho uma amiga que faz medicina - falei nervosa - deita ai no sofá ou no chão, onde tem panos aqui?

- na gaveta da cozinha

Ele deita no chão e eu vou correndo ali pegar os panos e acabo pegando água e um pouco de sal. Eu volto, coloco as coisas no chão, tiro meu tênis sentando ali com ele e olho praquela ferida aberta. Não era uma ferida grande mas tava sangrando muito e era funda.

- pode arder um pouquinho - passo um pano de água com sal no lugar e ele aperta meu braço - desculpa e para de ficar apertando meu braço, eohen que negócio chato

- você precisa costurar isso logo

- o que? Eu não consigo pq vc não vai no médico?

- consegue fazer porra nenhuma também, frouxa pra caralho - ele fala e eu aperto o machucado dele - filha da puta

Depois de limpar os ferimentos dele peguei a agulha, prendi o cabelo e passei pela pele dele. Dava muita agonia e era uma sensação muito estranha, ele só ficou me olhando mas de vez em quando xingava e gemia um pouco de dor. Quando terminei de costurar a pele dele me sentia muito estranha diferente delee que se sentia novinho em folha apenas passou um anti-inflamatório e continuou andando como se nada tivesse acontecido já eu fiquei olhando minhas mãos sujas de sangue sem acreditar no que tinha feito.

Depois de passar um tempo olhando bem as mãos Fui guardar todas as coisas peguei da casa dele na cozinha e quando voltei ele estava deitado no chão dormindo eu não sabia o que fazer então decidi ir pra casa, já tinha passado por muita coisa naquela noite e minha cabeça estava um caos.

Fui andando pelas ruas pensando nesse VN, o cara aparece do nada e é todo grosso e insensível mas toda hora eu tava pensando nele. Espero que seja coisa passageira.

Por trás da M4  - LIVRO 1Onde histórias criam vida. Descubra agora