➹ 1x04

2.2K 176 12
                                        

Aquele homem no meu banheiro só iria abrir a boca se fosse para falar com a Rachel e como sempre Dick estava sendo protetor, mas não iria ajudar em nada essa proteção, conseguimos então convencer ele para que aquela conversa acontecesse, era neces...

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Aquele homem no meu banheiro só iria abrir a boca se fosse para falar com a Rachel e como sempre Dick estava sendo protetor, mas não iria ajudar em nada essa proteção, conseguimos então convencer ele para que aquela conversa acontecesse, era necessário mesmo que nem eu estava gostando de tudo aquilo; depois de um tempo Dick entrou no banheiro com Kory e fico vendo aquela interrogatório, não era o melhor momento e nem lugar para aquilo, mas é o único jeito para termos uma resposta descente.

Descobrimos que a mãe de Rachel estava viva, Ângela Azarath, que estava presa em um hospício para manter as duas longe uma da outra, já que a mulher não concordava com a "missão divina" do pai de Rachel, pelo menos parecia ser uma pessoa sensata, mas nem por isso iriamos arriscar a sua segurança mesmo que reunir mãe e filha fosse a coisa mais emocionante que existisse ainda assim era um grande risco. Fico olhando ela sair revoltada da sala e por um momento parecia a versão adolescente de Grayson saindo com raiva da mansão, uma coisa que ia acontecendo com muita frequência depois dos seus 15 anos; suspiro olhando para Dick que parecia irritado, uma replica quase perfeita de Bruce.

- Não precisava ter falado daquela forma com a garota.

- Que forma? Apenas falei a verdade. - Ele me olha fixamente. - A verdade doí, mas é necessária.

- Eu conheço esse discurso Richard, não banque uma de Wayne para cima de mim. - Kory nos observa com atenção, mas nem ela iria conseguir parar aquela discussão. - Estou cansada de limpar a merda que você sempre faz, por isso eu fui embora.

- Ninguém pediu para voltar e nem para limpar as merdas que faço!

- Ninguém mandou você vim para a porra do meu apartamento! - Levanto do sofá apontando para seu rosto. - Seu babaca!

- Alyssa...

Saio de lá antes que possamos falar algo que poderia nos magoar como já fizemos anos atrás, esse sempre foi o problema, talvez estivéssemos fardados a brigar dessa forma sempre que estivermos juntos; estava olhando pela janela do meu quarto quando batem na porta chamando a minha atenção, suspiro sem virar para saber de quem se tratava, não estava mito no clima para bater papo.

- Caí fora!

- Eu não sou o Grayson para falar assim comigo. - Olho por cima do ombros para Jason. - Bruce disse que vocês estavam brigados, mas nunca imaginei algo assim.

- Assim como? Ódio reprimido?

- Sei lá, vocês brigam pro besteira. - Reviro os olhos. - Parecem crianças e olha que eu sou o mais novo dos três.

- Se você não tivesse trazido ele para a droga desse apartamento isso não estaria acontecendo. - Falo com a voz firme. - Existe uma boa razão para não termos mantido contato, uma razão que devia ter ficado no passado.

- Tá bom, agressiva. - Ele ergue as mãos em defesa. - Se acalme Smith.

- Estou calma. - Dou de ombros voltando a olhar para a janela.

- Merda!

Escutamos o grito de Dick e saímos correndo do quarto, parece que Rachel e Gar tinham usado o aplicativo para chamar um carro e ido para o hospício escondidos o que tinha nos deixado surpresos, só tive tempo de jogar a mala com o meu uniforme ao porta malas e saímos atrás deles; Passar o resto do dia na estrada com Dick não era a melhor coisa, mas não tínhamos muitas opções, chegamos no local e aproveitamos a oportunidade para entrar lugar, parecia que eu estava novamente no asilo Arkham, que maravilha.

Entramos com calma as instalações quando uma coisa chamou nossa atenção, uma cadeira de rodas apareceu com uma pessoa adormecida, franzo a testa tentando distinguir de quem se tratava.

- Gar?

- Não se preocupem, ele só esta tirando um cochilo. - Viramos ao ouvir a voz de uma mulher e percebemos que estavamos cercados.

- Dick! Kory! - Chamo a atenção deles mostrando nossas companhias.

- Estamos com a garota também. Não quero matar nenhum deles, - Mantenho os olhos fixos em Gar que agora tinha uma arma apontada para sua cabeça. - Mas, se vocês se mexerem, darei a ordem.

- Kory, espera. - Olho para eles. - Canos de gás, vai queimar todos nós.

Trocamos olhares por um momento, sabíamos o que tinha que ser feito, mas era tão chato abrir mão de uma situação, penso olhando para Dick que concorda, suspiro deixando meus ombros caírem deixando eles me levarem. Sou levada para uma sala onde eles me prenderam numa cadeira, arregalo os olhos tentando me soltar, mas logo sinto um liquido entrando na minha corrente sanguínea deixando meus músculos dormentes fazendo com que eu feche os meus olhos lentamente.

Abro os olhos sentindo o meu corpo todo queimando por dentro, com esforço começo a levantar do chão percebendo que estava usando o meu uniforme de caçadora, resmungo caindo sentada no chão tentando de todo jeito tirar aquela mascara que sufocava.

- É inútil fugir do passado, senhorita Smith. - Olho ao redor tentando achar a dona daquela voz.

- Eu não quero voltar para aquela época.

- Claro que vai. - Reviro os olhos antes de soltar um gemido de dor. - Não pode mudar seu passado, senhorita Smith. De uma forma ou de outra, ele sempre volta.

Com esforço levanto do chão dando passos vacilantes de um lado para o outro, a porta é aberta e dois enfermeiros entram me derrubando no chão, quando tentam me injetar outra substancia acerto uma joelhada nas costelas do que estava em cima de mim e uma cabeçada no seu companheiro, aproveito para acertar a cabeça de um na parede até que ele fique desacordado, ok, menos um; respiro fundo antes de pegar o numero 2 usando uma chave de braço nele o deixando sem ar.

- Se não abrir eu vou quebrar a droga do pescoço dele! - Grito com raiva e em seguida a porta se abre. - Obrigada.

Saio daquela sala ainda em passos lentos, minha cabeça estava bagunçada, mas eu sabia que tinha que seguir em frente para conseguir encontrar o restante do pessoal antes que venham atrás de mim; ando escorada nas paredes quando bato de frente com algo, levanto o rosto encontrando os olhos castanhos de Dick por trás da mascara de Robin, suspiro aliviada segurando o seu rosto com as mãos, sabia que ele estava debilitado assim como eu, mas pelo menos estavamos bem e éramos fortes.

- Você está bem?

- Estou Aly, e você? - Concordo com um aceno rápido. - Vamos achar os outros.

Juntos fomos andando nos apoiando nas paredes, céus esse lugar parece a droga de um labirinto, Dick tenta abrir uma porta só que estava fraco demais, caio no chão fechando os olhos ignorando o seu chamado, eu só queria descansar; sinto alguém me puxando pelos cabelos, arregalo os olhos vendo que estou sendo arrastada por uma estrada, tento me soltar, mas a visão de minha mãe na minha frente fez com que eu soluçasse, o que é isso?

- Foi culpa sua! - Tento fugir, mas ela puxa meu cabelo com força. - Se não fosse por você, eu estaria viva.

Uma coisa de metal se choca contra o meu corpo fazendo com que eu gemesse de dor, engulo em seco e percebo que estou no meu quarto na mansão Wayne, levanto cuspindo sangue e um chute nas minhas costelas me deixando sem ar.

- Eu odeio você! Tudo isso é sua culpa!

Já não conseguia mais ter forças para aquilo, apenas deitei no chão deixando ela descontar sua raiva em mim, afinal tudo era mesmo minha culpa, minha mãe estava certa, foi minha culpa... suspiro fechando os olhos deixando a solidão me levar.


Old FriendsOnde histórias criam vida. Descubra agora