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São Francisco, 2014

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São Francisco, 2014

Talvez eu tivesse exagerado ao retornar para São Francisco, tudo bem que não sou uma vidente para saber que ele estava namorando, Dick tinha todo o direito do mundo de seguir em frente, mas e quanto a mim? Os meus sentimentos não deviam ser levados em consideração também? Donna havia ficado ao meu lado durante todo o tempo que precisei ficar na torre Titã, ajudando-me a se distrair sob o fato de que o casal estava a poucos metros de mim, tentei mostrar ao máximo que isso não me incomodava mesmo que eu sentisse meu coração se apertar com a mera lembrança deles abraçados se beijando, mas eu precisava seguir em frente.

Estava nesse momento fazendo uma festa ao redor da fogueira, Troy estava sentada ao meu lado tomando uma cerveja me oferecendo um pouco que eu prontamente recusei, só fazia menos de um mês que eu havia perdido meu bebê e ainda estou sob efeito dos medicamentos que tinham me passado, não queria misturar as coisas. Pelo canto do olho vejo que eles estavam abraçados juntos e suspiro dando uma mordida no sanduiches que eu tinha, vejo um adolescente se aproximando, pelo o que Donna me informou aquele era Jericó, filho do exterminador que eles estavam fazendo amizade para saber onde o pai estava, eu sabia que aquilo não poderia acabar bem.

- Durante quanto tempo ainda vai tomar a medicação? - Olho para Donna que tinha perguntado em voz baixa para que não fossemos ouvida. 

- Pelo menos mais um mês ou até minha ansiedade diminuir mais. - Suspiro olhando para a fogueira. - As vezes eu acordo durante a madrugada gritando por ele, pedindo que ele traga nosso filho de volta, mas nenhum dois voltam para mim.

- Ah Aly. - Ela passa o braço pelo meu ombro me abraçando de lado. - Isso vai passar, logo não vai mais lembrar dele.

- Esquecer o Dick talvez, mas esquecer meu filho? - Olho para ela dando um sorriso triste. - Não esquecerei ele nem se passar mil anos.

- Eu sei...

A festa rolava enquanto trocávamos conversas bobas ao redor da fogueira, eu conseguia sentir que estava sendo observada, mas eu não queria olhar para ele no momento. Foi nesse momento de diversão que Jerico começou a falar da sua família, ele contou que seu pai era um herói de guerra que participou de uma projeto chamado C.O.L.M.E.I.A, só aquela menção já deixava bem claro de quem ele era filho, e que o plano deles estava indo pelo caminho certo.

- E o que ele faz agora? - Dick pergunta olhando para o jovem que responde fazendo sinais de libra.

- Ele não sabe. - Respondo o traduzindo para dá um descanso para Dawn. - Eles não se falam, eles não moram juntos há alguns anos.

Sorrio para ele oferecendo conforto apertando levemente sua mão, Jerico explicou o motivo de não ver mais o pai, que logo depois do exercito eles começou a trabalhar com um homem chamado Wintergreen, e dava para ver pelo olhar dele que isso doía profundamente nele, já que por causa desse trabalho do pai, ele tinha perdido a sua voz, a parte mais triste era que a perda da presença do pai tinha causado uma ferida enorme nele. Na manhã seguinte descobrimos quem era Wintergreen, e entramos num acordo de que iriamos deixar Jerico de fora já tínhamos conseguido o que queríamos, mas eles tinham sido informados e pelo visto teríamos que continuar usando o garoto para achar o pai, mais usar uma criança, fingir que era amigo dele era errado demais.

Apoio-me na parede olhando pela janela da sacada da torre com os meus pensamentos longe, o plano não era ficar aqui mais tempo que o necessário, mas agora eu tinha me comprometido com Donna e não deixaria eles ferrarem aquele menino. Dick apareceu com Jericó na torre e nos explicou que o garoto tinha um poder, pelo visto ele podia entrar no corpo de uma pessoa controlando ela, parecia que ele tinha herdado esse poder das drogas que o pai usou durante o exercito, era uma coisa extraordinária, mas ao mesmo tempo assustador.

🏹

- Você já contou para ele? - Viro-me encontrando Dawn parada na porta do meu quarto me olhando de braços cruzados.

- Contei o que para quem? - Pergunto confusa sentando na cama.

- Contou para Dick sobre os remédios de ansiedade e os anticoagulantes. - Fico desconcertada com o que ela falou. - Ele sabe?

- Não, ele não sabe. - Levanto rapidamente puxando ela para frente e fechando a porta logo atrás dela. - Como sabe disso? Você está me espionando?

- Não, você deixou isso no balcão da cozinha. - Mostra-me os frascos do remédio e xingo tirando eles da sua mão. - Eu não quero o seu mau, Alyssa.

- Não parece.

Afasto-me dela indo para a cômoda colocando as pílulas no meio das minhas calcinhas onde sei que ninguém vai mexer além de mim, a platinada senta na minha cama e olho para ela cruzando meus braços, não queria que isso chegasse aos ouvidos do Grayson então terei que responder cada pergunta dela e pedir para guardar segredo.

- O que você quer saber?

- Desde de quando tem ansiedade? - Suspiro sentando na poltrona ao lado do meu espelho.

- Desde de 6 semanas atrás. - Respondo a mesma já sabendo qual será sua próxima pergunta. - Ele não sabe e eu gostaria que continuasse dessa forma.

- Tudo bem, não iria mesmo violar sua privacidade, mas para que os anticoagulantes?

- 6 semanas atrás caí numa armadilha e acabei sendo capturada pela Arlequina. - Sorrio sem graça vendo que o entendimento passar pelos seus olhos. - A palhaça é bem sádica assim como o namorado, passei seis horas nas mãos dela, os cortes ainda estão cicatrizando, mas as vezes ainda tenho alguns sangramentos.

- Meu deus, Dick teria indo atrás de você se tivesse descoberto. - Concordo sabendo que ela estava dizendo a verdade. - Por que não contou?

- Ele tem a vida dele aqui, não sou mais problema dele. - Levanto de onde estava a olhando. - Eu gostaria que não contasse a ele, isso é apenas problema meu.

- Claro, mas sabe que se ele souber ficará bastante chateado com você.

Concordo sabendo que ela estava certa, mas como eu tinha dito esse era um problema meu e ele não precisava saber de tudo que acontece comigo, porque sou eu que ainda sinto dores em meu tórax por causa dos socos que tinha recebido, das contrações que meu ventre fazia que me fazia gemer de dor por que ele estava mostrando fisicamente que eu poderia não ser mais capaz de gerar uma criança por causa do trauma que havia sofrido, tudo isso era problema meu porque eu era a única que sabia como é conviver com essa dor.

Nota da autora: Sei que o capitulo foi pequeno dessa vez, mas estou saindo de um bloqueio criativo dessa fanfic e da fanfic de The flash, mas prometo que vou atualizar as duas mesmo que de forma lenta, espero que entendam. 

Beijos e até o próximo capitulo.

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⏰ Última atualização: May 28, 2022 ⏰

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