Wrong One

Capítulo 07: convivência.

Primeiro capítulo de 2021 aqui estamos yeahawwww. 

O maior capítulo de WO até agora, com mais de 13 mil palavras. Cheio de cenas gostosinhas para vocês e umas piadocas no meio também, porque até eu já estava cansada de sofrer rsrsrs Espero que gostem, foi de coração, como sempre. Amo vocês!

Sem textão por hoje, só queria dedicar esse capítulo como presente para a Belle. Feliz aniversário princesa, continue sendo essa mulher incrível e iluminada. Aproveite ♡

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Amigos. Só amigos. Suas palavras penetram o fundo da minha mente. Um arrepio percorre todo meu corpo, da ponta dos meus dedos dos pés até o último fio de cabelo em minha cabeça. Eu pressiono os olhos, lembrando de quantas vezes eu fantasiei com um momento parecido, em que eu e Tayler estaríamos próximos assim novamente, em que ele diria que me amava e então beijaria minha boca da forma como somente ele sabe fazer. Foram muitas, posso te garantir. Mas nenhuma delas tinha tudo que essa situação envolve. 

Respiro fundo, clareando meus pensamentos turvos e influenciados por sentimentos que eu não deveria ouvir mais. É isso, ele está me dando a oportunidade perfeita para agarrar o meu prêmio, e eu quase me sinto decepcionada por ter sido tão fácil. Eu conheço Tayler, ou achei que conhecia, pois para mim, esse nosso joguinho de gato e rato iria durar mais um tempo. Achei que ele pelo menos testaria as águas antes, teria certeza que eu não recuaria e colocaria um ponto final em tudo.

- Não foi esse o combinado - Sussurro, tentando não quebrar a bolha de tensão que se formou entre nós. 

Meu coração salta em meu peito quando seus dedos sobem por meu braço, traçando um caminho até meu ombro. Há um leve roçar de pele enquanto ele contorna as pequenas flores tatuadas em meu braço.

- Combinam com você. Na verdade, eu não consigo imaginar algo que não combine com você Amber. Tudo em você brilha, assim como deveria ser.

"Não mais que seus olhos". É o que eu penso, mas minha voz não é capaz de admitir. Eu me sinto presa neles, hipnotizada, como sempre me senti. Há pequenos pontos iluminados pela luz escassa que chega do jardim, deixando suas íris num tom de azul vivo, do qual eu não consigo me desvencilhar. 

Minha cabeça se inclina para o lado conforme ele espalha a mão direita, segurando meu maxilar. Todo meu corpo vibra em antecipação. Sua outra mão se espalma na base de minhas costas, o polegar roçando a pele nua entre minha blusa e o jeans da parte debaixo. Tudo que minha mente consegue captar é o foco de calor entre esse mínimo contato. 

- Tayler... - Eu planejei dizer o seu nome como uma repreensão, mas tudo que sai é uma súplica. 

Me sinto ridícula. Patética, para dizer o mínimo. Eu estou implorando para que ele me beije. Estou quase de joelhos, clamando para que ele diminua a distância entre nós e pressione meu corpo mole e trêmulo contra o seu duro e febril. Que ele me beije da forma como costumava fazer, sem cuidado, agressivo, e que sacie todos os desejos ocultos que eu deixei respirar nesse momento. Estou me humilhando com apenas o som do seu nome saindo por minha boca.

Tayler se inclina em minha direção e eu fecho meus olhos em antecipação, entreabrindo os lábios para garantir a ele que é isso que eu quero. Sua mão que estava em meu pescoço desliza até minha nuca, enrolando-se em meus cachos. Meu estômago se revira em prazer. Quando sua boca pressiona um ponto sensível em minha garganta, não consigo reprimir o gemido que me escapa.

Estou me desfazendo como gelatina no verão. Estou à mercê de seus braços e suas vontades. Ele pode fazer o que quiser comigo. Eu não ligo. Nem lembro quem sou, não lembro de aposta, não lembro do meu ex-namorado e muito menos lembro de tudo que Tayler me fez. A única coisa que queima em minha mente é o desejo por ele. Por sua boca na minha e nada mais.