Capítulo 17: memórias.

5.6K 458 2K
                                    

Dois capítulos em três dias? Como vocês são bem-alimentados hahaha

Espero que vocês gostem desse bebê aqui, que foi escrito com muito carinho e pensando em cada surto de vocês. Não se esqueçam de votar no capítulo e comentar muito para fazer com que nossa história suba nos rankings e cresça cada dia mais, ok?

Sem mais demora, pode dar play na marcha nupcial, o #CasamentoDoAno chegou.

Tayler Callahan

"Droga, eu poderia me perder em um piscar de olhos
Droga, eu não consigo superar seu corpo
Não consigo tirar meus olhos de você, amor
Deixe-me te amar, amor
Me deixa te tocar onde você gosta
Me deixa fazer isso por você
Te dar toda a minha atenção
Mergulhar naquele oceano de seu amor,
Me deixa mostrar o quanto eu quero você."

- Porra, porra, porra - É a única palavra que eu consigo expressar no momento em que fecho a porta de madeira do meu quarto atrás de mim.

Respiro fundo, tendo que reunir todo o autocontrole em cada gota do meu corpo para evitar dar meia-volta, segurar aquele cara pelo pescoço e, no mínimo, expulsá-lo daqui a pontapés. Desço o olhar para minhas mãos, que seguram o blazer que eu vestia mais cedo, elas estão trêmulas e eu comprimo as unhas curtas contra minha própria pele, tentando me concentrar na ardência que isso causa para evitar tomar uma decisão que eu vou me arrepender para sempre.

Se eu fizer o que realmente tenho vontade de fazer, posso nunca mais ter uma chance com a Amber, porque afinal, o desgraçado parece ser realmente importante para ela. Ainda mais agora, que, pelo que Jade me contou ela não está falando com Thomaz e o melhor amigo dela mora do outro lado do país, prestes a ser pai.

Solto a peça de roupa sobre o sofá, retirando a camisa social de dentro da calça e abrindo os botões para conseguir respirar melhor. Me sinto ligeiramente sufocado. Deixo os sapatos sociais em um canto, me livrando das meias em seguida. Depois, me movo até a garrafa de whisky no canto da pequena antessala e encho um dos copos até o limite. Dispenso o gelo e dreno metade do líquido em um único gole, sentindo meu peito arder conforme o álcool se espalhava por cada célula do meu ser.

Meu cérebro de merda insiste em reprisar as imagens que eu presenciei no corredor: sua mão na cintura dela, a outra enrolada nos cachos em sua nuca, os corpos colados, a boca dela vermelha e inchada. Deus, somente Ele sabe a dificuldade que eu tive em manter a melhor expressão neutra em meu rosto e não socá-lo ali mesmo. E, como se não fosse suficiente, a minha imaginação fértil ainda insiste em criar imagens novas, dele em seu quarto, deitando-a sobre a cama, beijando seu corpo macio e delicado.

Viro o restante do líquido caramelo em minha boca, engolindo de uma vez. Talvez, se eu estiver bêbado o suficiente não vou conseguir pensar nisso. E ainda sim, por mais enfurecedora que a situação seja, como eu sou a porra de um adolescente de quinze anos quando se trata dela, somente a lembrança dos seus lábios vermelhos tocando os meus naquele banheiro e a sensação de suas coxas aveludadas contra as pontas dos meus dedos é capaz de fazer o meu pau tornar-se duro como pedra em minhas calças.

Estou terminando de encher o copo pela segunda vez quando ouço batidas suaves contra a porta. Estremeço. Reservei a porra do andar inteiro para que eu pudesse estar sozinho com ela, então só consigo pensar em duas opções no momento: ou se trata de algum funcionário do hotel, ou Amber Collins está batendo em minha porta nesse instante. E eu espero de verdade que seja a segunda opção.

Equilibro o whisky na mão esquerda conforme caminho até a porta. Minha respiração está pesada e entrecortada. Evito usar o olho mágico, gostando da sensação de adrenalina quando meus dedos encontram a maçaneta fria e eu giro-a, deixando que a iluminação do corredor adentre meu quarto.

Wrong OneOnde histórias criam vida. Descubra agora