Capítulo 05: avessos.

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Hey! Demorei um pouco, eu sei :( Mil perdões por isso! Eu sempre estou avisando lá no meu twitter @/urreakyles sobre as atts e no geral quando elas saem, então se vocês querem ficar preparados, me sigam por lá.

Esperam que recebam esse capítulo com muito carinho. Tem muito da relação Amber e Tayler aqui, mas também, quero que vocês compreendam a importância das outras relações. Entendam a visão dele, o quanto ele cresceu durante esses dois anos e tudo pelo que ele passou. Deixem Tayler Callahan guiar vocês pelo lado avesso dessa história ;)

Tayler Callahan:

A luz do corredor se acende assim que eu atinjo o último degrau da escada, alcançando o segundo andar da casa em que fui criado.

Eu me assusto, saltando um pouco para o lado, alarmado pela mudança repentina de luminosidade. Meus olhos ardem e eu pisco rapidamente, na intenção de me acostumar com a claridade do ambiente. Quando decidi vir para cá, dirigindo atordoado pela rodovia vazia na madrugada, realmente achei que conseguiria ser silencioso e não acordar ninguém ao entrar em casa.

- O que aconteceu? - É a primeira coisa que minha mãe pergunta, apertando os olhos inchados pelo sono e segurando o roupão com uma das mãos. Seus cabelos loiros estão presos em um coque desleixado e ela usa pantufas cinzas nos pés. Ao longe, posso ouvir os roncos do meu padrasto ecoando pela fresta da porta, que logo é encostada quando ela cruza o corredor, se aproximando de mim.

- Nada demais - Suspiro, mas sei que minha mãe é capaz de reconhecer o tremor em minha voz e perceber a vermelhidão em meus olhos. Dou de ombros, tentando sustentar a mentira - Só senti vontade de dormir em casa, foi um dia cansativo.

- Certo - Ela balança a cabeça, a desconfiança nítida em seus olhos, antes de esticar a mão livre até minha bochecha e acariciá-la. Me aconchego em seus dedos, aproveitando o carinho. Eu estive aqui algumas horas antes para o jantar, não faz sentido algum ter ido até LA e voltado para dormir, ela sabe que há algo de errado. Será que ela consegue sentir o rastro pegajoso das lágrimas que rolaram por ali alguns minutos antes? - Fico feliz que você tenha vindo para cá. Se quiser conversar, Emma tem aula de natação amanhã cedo, eu gostaria de companhia enquanto espero.

É estranho pensar que antes, a qualquer sinal de que algo fosse dar errado, meu primeiro pensamento era fugir para o mais longe possível dessa casa. E de minha mãe. Naquela época, eu achava que todos os meus problemas tinham origem nesse lugar. Fui injusto e imaturo durante muito tempo, demorei para perceber que, esse lugar era a fonte da resolução de tudo que me fazia mal. Sofri e fiz sofrer a pessoa que mais me ama incondicionalmente, que daria sua vida por mim sem pensar duas vezes. Hoje, tento compensar o tempo perdido. E não porque acho que seja uma obrigação e faça "para limpar minha consciência", mas sim porque eu a amo, e quero retribuir todo amor que ela me dá. Não só ela, como meus irmãos também. Até meu padrasto, que sob a nova ótica, consigo perceber que não quer nada além do bem de todos nós, inclusive o meu, que fui um grande imbecil com ele por muito tempo.

É pensando nisso, e no fato de que, eu realmente preciso dos conselhos de minha mãe nesse momento que eu assinto, beijando a palma de sua mão.

- Eu quero ir - Sorrio - Faz tempo que não vejo a pestinha nadando.

Seus olhos brilham com humor, mas ela torce a boca num gesto repreensivo, enquanto fala:

- Não chame sua irmã assim Tayler - Seus dedos escorrem por minha bochecha, traçando o caminho por meu braço esquerdo, desenrolando a manga erguida sobre meu ombro.

- Não chamar a pestinha de pestinha? - Sorrio e ela aperta as unhas levemente sobre minha pele, piscando os olhos para mim - Tudo bem, vou tentar. Mas quanto a senhora, volte a dormir, está tarde.

Wrong OneOnde histórias criam vida. Descubra agora